sexta-feira, janeiro 21, 2011

O manifesto da parolice

Daqui:

"A situação que se vive na Justiça, nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança é sintomática de uma das piores doenças que atravessam o regime: a degradação, por via política, dos outrora chamados corpos especiais do Estado. Magistrados, militares e polícias são alicerces essenciais do Estado de Direito. Aquilo a que temos assistido é um crime contra o País.
Governos com uma indisfarçável vontade de manipulação do chamado ‘poder de Estado’ estão a amordaçar e a desmantelar esses corpos especiais.
As magistraturas estão a caminho de uma funcionalização que trará uma factura de custos insuportáveis para o Estado de Direito.
Forças de Segurança como a PSP e a GNR estão a caminho de uma insustentável pauperização e a PJ tem sido alvo de sistemáticas tentativas de controlo político, bem patentes na forma como não lhe tem sido consentida uma política séria de renovação de quadros, condições de remuneração compatíveis com o risco do trabalho de investigação e uma real modernização das suas estruturas.
Mesmo assim, os níveis operacionais são de recorte elevado e a independência da instituição e dos seus quadros à prova de bala. Assim tivéssemos mais cinquenta instituições com tamanho músculo e inteligência… O caminho do Governo, porém, não é esse, mas a eliminação pura e simples de tudo o que escape ao seu controlo. Eduardo Dâmaso | Correio da Manhã | 21.01.2011"

Compare-se o pequeno texto de Eduardo Dâmaso, sobre o mesmo assunto que este saloio que aqui fica em baixo, também trata. O primeiro equaciona o problema dos "corpos especiais" na função público, focando a perspectiva histórica, a situação dos profissionais que fazem parte de funções do Estado que são importantes e têm obrigatoriamente de ser tratadas de modo integrado e sem demagogias baratas como é o caso deste fulano que escreve semanalmente no Expresso. O texto que assina, sobre esse assunto é do mais básico que se pode ler e contém todos os clichés da conversa de taxista sobre os "privilegiados. "
Seria bom que indivíduos deste tipo explicassem o que fizeram na vida para alcançar este estatuto de tudólogos que de nada percebem a não ser umas larachas inconsequentes sobre o que lhes parece. Distorcem factos, deturpam a realidade, asneiram com frequência sobre aquilo que escrevem e acabam por dar uma imagem de si mesmos que só muita condescendência permite se lhes dê, ainda, alguma importância. E esta apenas porque sendo lidos por outros parolos influenciam a opinião pública. Só por isso.

Clicar para ler.



1 comentário:

José Carvalho disse...

É a diferença entre a análise séria e o roncar grosso.
Já ouvi pessoal das tascas, entre dois copos, dissertar e argumentar melhor do que este artista costuma fazer do alto da sua jactância militante.
- José Carvalho

O Público activista e relapso