Expresso:
O contrato entre o Estado e a empresa alemã Ferrostaal sobre as contrapartidas pela venda a Portugal de dois submarinos foi ontem roubado, segundo revela hoje o "Correio da Manhã".
Os documentos foram roubados do carro quando Christoph Mollenbeck, representante da Ferrostaal, jantava com um amigo em Lisboa, perto da Cinemateca.
Segundo o mesmo diário, o Audi A6 foi "cirurgicamente assaltado" e não tinha quaisquer "sinais de arrombamento". Só quando Mollenbeck e o amigo e compatriota Kai Jusec chegaram a casa é que deram pela falta da pasta e do portátil.
Dois comentários: o primeiro é o de que o segredo de justiça neste caso parece importante, pelo menos durante uns dias- mas não foi respeitado. Alguém falou ao jornal e não deveria mesmo que o segredo de justiça ainda não tenha sido decretado. Este é portanto um dos casos que impõe que o segredo de justiça passe novamente a ser regra nos inquéritos, embora deva ser ressalvada a hipótese de se manter um leque alargado de situações em que não tenha que ser assim.
O segundo diz respeito ao acto em si, muito suspeito e que deveria implicar a responsabilização do representante da Ferrostaal. A demissão, evidentemente. Não se deixam documentos importantes num carro, assim sem mais nem menos. Se fosse na Alemanha a coisa não ficaria por menos. Por enquanto...
11 comentários:
Tem toda a razão José!
Os magistrados têm uma relação muito particular com o segredo de justiça. Seria de esperar que lhes ensinassem (???) no CEJS uns rudimentos de deontologia. E seria de esperar também que os aprendessem (???) e aplicassem. Isto num país normal,claro.
Mirza: não se precipite...porque acho que neste caso o segredo poderá ter sido revelado por outras fontes. Acha que foi no DIAP que bufaram?
A quem foi apresentada queixa do furto e onde?
É por aí que é preciso saber primeiro. Ou então perguntar ao autor da notícia do C.M. Ahahahah!
José
Uma pergunta, o alemão vive cá ou veio cá ?
Por causa da notícia do Expresso, lida no Sapo, fui comprar o jornal.
Diz-se que o carro Audi A6 pertence a Kai Jusec, alemão que tem uma empresa em Portugal, na área de Sintra, dedicada a negócios na área da farmácia, indústria e energia. Agrosistema, é o nome.
O documento furtado é um original do acordo firmado nessa tarde com o ministério da Economia, relativo às contrapartidas. Um acordo de renegociação. O outro original portanto deve estar no Ministério. Nada de essencial se perdeu, nesse aspecto. Foi ainda furtado o computador pessoal do dito. Também por aqui, nada de especial.
O que resta então da notícia com tão grande impacto? Nada de especial.
Por outro lado, a participação original foi apresentada na GNR de SIntra porque o dito cujo só aí se apercebeu do furto. A GNR de Sintra ao tomar conhecimento do caso ligado aos submarinos remeteu o expediente registado como inquérito à PJ, segundo o jornal.
Ora segundo o mesmo jornal, a GNR tomou conhecimento anteontem. Ontem de manhã terá enviado o assunto para a PJ. O DIAP já terá tomado conhecimento.
Então segundo o meu palpite à la Baskerville a coisa foi assim:
A GNR tomou conhecimento do furto e comunicou à PJ de madrugada para se fazerem as perícias necessárias. Comunicou simultaneamente ao MºPº porque é assim que tem que ser ( "Imediatamente") e portanto das duas uma: ou foi a GNR a falar ao C.M. ou foi a PJ.
Quanto a mim foi a PJ...
E fizeram-no no dia de ontem. Se fosse a GNR, tinham-no feito logo.
Mas claro que são especulações e não há crime algum nisso porque o segredo de justiça só vigora depois de ter sido declarado por um juiz de instrução.
Como é óbvio não foi o caso.
E outra coisa: o C.M sabe que esta versão dos factos é plausível.
Pois,José!
Eu já Scanei tudo.
Estas "patifarias" que são crimes antes de o serem têm o seu lado lúdico.
Seria interessante que o, eventual ladrão, (ou ladroes), que o poderiam ser antes do o fazerem, divulgasse o seu "achado" no banco de trás de um Audi A6.
No minimo, uma única palavra José.
Estranhissimo!
sage niemals nie.
die Welt ist Scheisse
tchüss
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