quarta-feira, janeiro 22, 2014

A Direita que sobrou

Este número de O Jornal, de 12 de Janeiro de 1979, traz uma entrevista com José Hermano Saraiva. É dos poucos que fala a linguagem antiga e não se modifiou intelectualmente para se integrar no novo regime. A televisão foi o seu salvo-conduto porque já antes de 25 de Abril de 1974 o era, com O Tempo e a Alma, programa que gostava de ver.
José Hermano Saraiva é um dos poucos exemplos, como figura pública, da Direita que (re)conheço. 


ADITAMENTO:

Para entender melhor o regime de Salazar talvez seja útil juntar estas páginas extraidas do livro de memórias de José Hermano Saraiva- Álbum de Memórias 5ª década, anos 60- editado pelo jornal Sol em 2007. Nelas se podem ler alguns factos e circunstâncias, contados por quem as viveu e com a linguagem apropriada.



E mais estas duas sobre o abortado "golpe das Caldas" em 16 de Março de 1974 cujos protagonistas não merecem honras de Panteão. Na verdade, não merecem honras nenhumas porque toda a gente se esqueceu destes militares cujo estatuto é abaixo de herói...



E já agora mais sobre o 25 de Abril de 1974 tal como contado por um José Hermano Saraiva ausente no Brasil e regressado pouco tempo depois. O que relata é o país após a Revolução, com certos antigos apaniguados de casaca nova e esquecidos de um passado recente.



Sobre a manipulação da informação televisiva torna-se evidente o seu uso pelo regime. Não obstante, durante o consulado de vários primeiros-ministros democráticos, após o 25 de Abril, tal maniopulação não foi menor nem sequer tão transparente. Naquela altura sabia-se o que o regime gastava e depois a arbitrariedade passou a ser norma de conduta e que varaiva consoante a cor política que assentava maioria.

A prova virá a seguir...

Questuber! Mais um escândalo!