quarta-feira, janeiro 29, 2014

Cheguem-se para trás e leiam o livro de Camilo Lourenço.


Camilo Lourenço que se apresenta como "jornalista económico e docente universitário" publicou este livro que merece ser lido. Escrito em linguagem corrente e sem peneiras, é uma espécie de libelo acusatório contra aqueles que nos conduziram ao longo das últimas décadas a três bancarrotas e mesmo assim não despegam do poder.

Uma das ideias do livro é esta que também já tenho escrito por aqui, uma vez que é uma das minhas interrogações existenciais: " Bem podem dizer que o PIB cresceu não sei quantos por cento, que aderimos à Europa, que somos periféricos, etc. Não basta! Como o tempo que tivemos e com o dinheiro que nos demos devíamos estar agora no grupo dos países mais ricos da Europa. E não estamos. Porquê? "
Camilo Lourenço afiança que " Vai perceber isso nas páginas que se seguem".
Já folheei e comecei a ler porque o livro se lê de um fôlego e custa pouco mais de uma dúzia de euros, se houver desconto. Apesar de uma ou outra ideia que não me parece correcta ( como a de escrever que "afinal foi a democracia que(...) deu pensões a quem nunca contribuiu para a Segurança Social", o que não me parece verdadeiro  uma vez que tal benefício social é do governo de Marcello Caetano), ou as ideias feitas sobre o Estado Novo ( é fruto da linguagem dominante e que até influencia até quem deveria ficar de pé atrás) mas, como disse,  vale a pena ler.

Para além daqueles que Camilo Lourença incita a afastarem-se, com o título explícito "saiam da frente!", faltam outros que estão na penumbra mas têm tanto ou maior responsabilidade que estes. Vou citar um. Só um: Proença de Carvalho.



Na pág. 27 aparece uma surpresa. Ao ver a imagem, pensei: conheço isto...e de facto conheço, porque fui eu que digitei a imagem, em Outubro de 2012. Pode ver-se aqui, mas suspeito que a imagem foi "picada" de outro lado insurgente. Não interessa e é apenas uma curiosidade que me apraz. Não tem direitos de autor e acho bem que se divulguem estas imagens para que " não apaguem a memória". Se se respeitar o mínimo ético de se indicar de onde se tirou a coisa, ainda melhor.


Questuber! Mais um escândalo!