Antes de 25 de Abril de 1974 os jornais diários, de notícias, ainda não tinham sido apanhados pela onda esquerdista e avassaladora do notíciário político-partidário de propaganda desenfreada e invasora.
Essa tendência que continua em evidência nos jornais de "referência", tornando-se até um modelo de jornalismo eventualmente ensinado pelos catedráticos dessa esquerda livre, nesse tempo era tendência muito esbatida, tanto pela Censura como pelo senso comum do jornalismo.
A política poderia ser interessante mas o apego salazarista ao "viver habitualmente" não suscitava grandes curiosidades sobre a governação ou os governantes no exercício do poder.
No entanto, os jornais vendiam-se e até mais que actualmente, não se ficando o fenómeno a dever exclusivamente à proliferação de fontes diversificadas de actualidades e notícias.
Os jornais nesse tempo tinham efectivamente outro interesse pelo modo como davam a conhecer as coisas e como misturavam os assuntos de " sociedade", culturais, noticiosos sobre o que se passava no mundo e à nossa volta e os cantos de divertimento.
Os suplementos dos jornais eram o lugar ideal para tal mistura em que se equacionava o bom gosto estético e o interesse cultural.
Um dos jornais que melhor preenchiam esse lugar estimado para matar a sede cultural, artística e de pura diversão era o Primeiro de Janeiro, do Porto e particularmente com o suplemento de Domingo que marcou gerações de leitores.
Ficam aqui algumas páginas a somar a outras já publicadas do suplemento de 16 de Setembro de 1973, poucos meses antes do golpe.
E em 5 de Dezembro de 1971 era assim, em reflexo da tal habitualidade sem grandes ondas. O Sr. Calisto é que a sabia toda...
Curiosamente estas fontes de divertimento gráfico tinham todas origens norte-americanas, o que deve ser um imenso desprazer para alguns pajens do reino do nunca.
6 comentários:
Tivemos um 1º Ministro, que não lhe disseram ou não sabia ou não lembrou ou não dava geito, que tinha pagar impostos sobre os rendimentos do seu trabalho.
Isto é obra . de xico esperto digo eu
Está a falar do Costa e dos seus "direitos de autor" na Quadratura?
Não perde nada pela demora...
":O))))))))
Amanhã faço a tosquia ao Costa quanto aos "direitos de autor"...
Com a lei e a jurisprudência.
Bonito, agora está mais completo "recuerdo"!
Enganei-me.
Era o corisco.
Banzé, o cachorrinho peralta, da disney (era o nome brasuca?)
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