No Correio da Manhã de ontem um dos seus cronistas habituais, o politicamente correcto q.b., João Pereira Coutinho fez o que podia pela imagem conservador e liberal que ostenta na lapela escrita. Resultado: uma idiotice útil à intelligentsia nacional.
Com este tipo de escrita mantém-se o dois em um, do agradável e do útil que confere honras de escrita nos jornais nacionais: a imagem de democrata sólido, conferida pelo antizalazarismo aprimorado, aliada ao retrato irrisório de uma oposição canhestra e incompetente e por isso em foto-maton. Daí o elogio rasgado ao autor do ensaio em recensão: "brilhante", diz o escriba Coutinho, imbuído numa preocupante miopia suspeita.
A "pobreza do tempo de Salazar" mesmo em início de regime, porque não demarcada nem contextualizada, é assim objectivamente associada ao próprio Salazarismo, culpado daquele flagelo e sem referência alguma ao republicanismo que a criou e alimentou, vinda de um século XIX ainda monárquico e principal responsável pela calamidade social. É que este Coutinho parece que já o foi...monárquico, entenda-se. Viva o rei!
Enfim, para desvanecer estes preconceitos de origem porque razão não consultam estes escribas um manual antigo e já conhecido que além da propaganda do regime de Salazar também apresenta factos e mais factos contra os quais estes argumentos esquerdizados deviam soçobrar ?
Daqui, on line, pode ler-se o que era o regime de Salazar quanto à pobreza e medidas curativas tomadas para a debelar, nesse tempo:
O que me custa um pouco, mas só um pouco enquanto não faço o esforço para compreender estes pequenos trambiqueiros do verbo escrito, é perceber porque escrevem assim. E só encontro uma explicação: se não fosse assim não teriam onde escrever. E isso, compreende-se: há que ganhar a vidinha nem que seja como as da vida.
Quanto ao assunto do livro incensado, aqui fica uma notícia da época, precisamente do dia seguinte, 5.7.1937. Lá vem a expressão de Salazar nos momentos a seguir ao atentado: "bem, vamos à missa". E foi:
269 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 201 – 269 de 269"De onde lhe viria tanto poder? E se em vez de poder se trata de autoridade, de onde viria esta?"
De Deus nosso Senhor. Deus escolheu Salazar e deu-lhe força imensa. Tanques e g3.
Rb
"Valerá a pena referir a mó atada ao pescoço?"
Demagogia, agora.
O José é que se meteu nessa alhada procurando defender aquilo que não tem defesa.
Por mim peço desculpa de ter provocado a isso.
As guerras trazem consigo necessariamente a morte de inocentes, crianças incluídas. Isso é uma coisa. Outra, bem diversa, é o genocídio de raças, tribos, grupos, etc.
O que Hitler, Pol Pot, Estaline e outros fizeram é bem diferente. Comparar o incomparável é demagogia.
Hmm uma coisa é uma criança que é apanhada no combate. Isso é uma coisa.
Outra coisa é matar indiscriminadamente, sabendo que elas lá estão. E outra ainda é fazê-lo com a intenção de aterrorizar.
Desculpe, mas isso não tem defesa possível.
Demagogia é negar o contrário. E por aqui me fico porque não há vantagem em sequer discutir isto.
Não creio que o José acredite verdadeiramente no que diz. E, se acredita, também não é coisa que se resolvesse assim ou que tenha, sequer, muitas resoluções.
Por causa dessas diferenças é que existem os crimes contra a Humanidade. E nem todas as guerras o são, apesar de se tornar difícil a distinção em certos pontos.
Concluirei apenas dizendo que ficou demonstrado quão facilmente se justifica matar crianças consciente e friamente em nome de "salvar vidas".
E que num mundo onde já ninguém declara guerra a ninguém, onde, de facto, parece que vivemos numa guerra permanente contra entidades nebulosas, a perniciosidade devia gelar a alma de quem está.
E tudo se faz em nome do liberalismo que é a idologia mais que dominante: suprema.
Crimes contra a humanidade são uma aberração jurídica. Ficará para outra conversa. E poderei indicar quem diz tal com propriedade.
V. agoa parecia uma daquelas feministas histéricas a falar
ehehehehe
Que coisa mais idiota- um berreiro demagógico com chantagem emocional e uso depalavras espantalho iguais às dos comunas
Mas quem é que defende num regime em que a prepotência não é lei e quem a praticar pode cair em desgraça, a mortandade de crianças?
Ninguém aqui nem em parte alguma.
A questão é mesmo essa- nos regimes que v. quer fazer passar por bons, não só não se cai em desgraça como nem pode haver crítica a actos que fazem parte integrante do pesamento e ideologia dos que mandam.
V. ainda vai ser recrutado pelo BE. Essa do liberalismo ser o responsável pela bomba atómica tem mesmo muita piada.
As Mortáguas ainda lhe roubam a ideia.
Nos tais regimes onde não há hipocrisia a coisa é que só termina à bomba e por intervenção externa.
Isso faz toda a diferença. E nem sei como não nota que acaba sempre a tropeçar no moralismo que invoca.
A sua lógica política é sempre a mesma à dona de casa- "ai, c´horror que maus que são os capitalistas e piores ainda os liberais.
E ainda me acusam a mim de defender piores só por não serem nem capitalistas nem liberais"
E isto depois tem a justificação ainda mais básica que tudo é capitalismo, incluindo o seu oposto porque até o oposto foi inventado pelos capitalistas liberais. Antes de o serem.
Quais são os regimes que eu quero fazer passar por bons?
E a Shoah do povo eleito, não foi chantagem emocional?
Ahahaha!
Vá-se catar.
Os opostos aos liberais que criaram os outros que é melhor nem dizer.
V. fala assim. Inventa dicotomias para arrumar o adversário na pior delas e ainda justificar que o adversário criou tudo o resto.
E depois fica de fora da coisa, apenas com o dedinho esticado e a berrar que nem uma mulher
":O))))))
Está a ver?
Como os outros fazem, v. não faz.
Paleio de mulher. Uma peixeirada que até parecia a maluka da Maria João Marques a falar
":O))))))))))))
Criaram quais?
Diga lá, V. que tem paleio de homem e que até bate em carteiristas.
Fale direito.
Quanto a moralismos, estamos conversados.
Vale tudo desde que seja para matar ditadores.
No povo eleito é que se não pode tocar que isso é crime contra a humanidade.
O problema é que os nazis também eram liberais. Também eram pela liberdade e igualdade - dos alemães, claro está.
V. quer a filosofia para ter na prateleira.
Repete chavões como os extremos tocam-se e nem pensa como se explica tal coisa.
Pois agora já sabe como.
Quanto a história, poderá saber muito dos medievais, mas o resto aprendeu no Canal História.
Fique lá nos monstrinhos que mais vale.
Sempre pode dizer que apanhava pokemons antes de ser "cool"!
Ahahaha!
Mas afinal o que e um liberal? Parece-me que aqui ha quem va na recente moda de chamar Esquerda a extrema-esquerda, liberais a socialistas, fascistas a centro-dreita, etc.
Em Portugal os jornalistas ja nao chamam sequer extrema-esquerda ao PCP e ao BE. Sao apenas Esquerda.
No Brasil, quem ouvir o Bolsonaro percebe que e um candidato de centro-direita. No entanto, para os jornalistas trata-se de extrema-direita.
Agora chamam liberais ao Macron ou a Clinton. Tretas. Liberais foram a Tatcher, o Reagan ou o Cameron.
Sera o partido de Direita que esta no poder na Austria extrema-direita, populista, autocratico, neo-qualquer coisa? Quer reduzir a despesa do Estado em 10 mil milhoes, e reduzir impostos. Isto para mim e liberalismo. Mas liberal e o Macron sabe-se la porque.
Acrescento que o liberalismo classico nunca trouxe atrelada a cartilha dos costumes. Aquilo tinha si moral puritana que e totalmente contraria a divorcios a vontade do fregues, lgbts e mudancas de sexo. Isso e recente, e vem da malta das Ciencias Sociais. Ainda estou para perceber como conseguiram por os partidos tradicionais de Direita pela Europa fora e ate parte do partido Republicano a apoiar isto.
Liberais somos todos, ó Zephyrus. Hoje em dia somos todos.
Nascidos e criados nele.
Da wiki:
Liberalism is a political view based on liberty and equality.
Liberdade e igualdade.
Depois se é clássico, neo, nacional-socialista ou comunista, é conforme bate a contradição.
Tanto dá para raças superiores como para pulverizar criancinhas-ditador.
Mas em última análise, vale tudo, desde que seja em nome da liberdade ou da igualdade, ou das duas.
Ha 20 anos, como seria visto um candidato como o Bolsonaro? Seria tratado como alguem de extrema-direita? Nao seria.
Ha 20 anos, quando o catolico Guterres mostrou resistencia as tentativas "LGBT" ninguem o chamou de homofobico ou nazi na comunicacao social. Nem sequer se prestou muita atencao ao assunto. A larga maioria da classe politica nem sequer pensava que 12 anos depois aprovaria o casamento "gay". Havia um consenso social amplo: o casamento e entre um homem e uma mulher. E duas criancas devem ter um pai e uma mae. Se um candidato qualquer de Direita ou Esquerda viesse a publico dizer isto seria algo expectavel. Nao haveria polemica. Pelo contrario, a polemica viria se afirmasse o contrario. Como se muda radicalmente a opiniao publica em menos de uma geracao? Hoje em dia, que nao defende a nova moral, e ridicularizado pela comunicacao social. Sao os mesmos jornalistas que ridicularizariam quem ha 20 anos defendesse o casamento gay.
Como chegamos entao a um ponto em que se mudam valores imutaveis ao longo de seculos ao sabor dos ventos? Ou passamos a chamar liberais a quem e socialista e ninguem contesta.
Eu respondo. O Diabo mora no jornalismo. Tem um poder excessivo sobre as massas, maior que nunca. E fazem algo perverso, que vem da malta das Ciencias Sociais. Manipulam a Linguagem para manipular o pensamento das massas. Que fazer?
E os seus clássicos, não ridicularizavam quem não defendia a (suposta não) moral deles?
Socialismo é liberalismo, meu caro. Abra a pestana.
Sempre em nome da liberdade ou da igualdade, ou das duas.
Dá para tudo. Mas não fui eu que inventei, ao contrário do que dizem por aí...
Mas o Diabo mora na Linguagem.
Igualdade? Mas que tipo de igualdade? De direitos? De deveres? Ontologica? Na "essencia"?
Por exemplo. Dizem a boca cheia que um homem e igual a uma mulher. Igual? Como? Do ponto de vista cromossomico sao diferentes. Neuroanatomico. Anatomico. Fisiologico. Endocrino. Sendo biologicamente distinto, sera os padroes de comportamento iguais. Nao sao. Os padroes de comportamento expectaveis numa mulher sao diferentes dos padroes masculinos.
Repare que nao dizem, homem e mulher tem os mesmos direitos e deveres. Nao. Dizem que sao iguais. Isto muda tudo a abre portas perversas.
Pois abre, que é dizer: escancara. Ora vê como compreende.
E se pensar mais um pouco vai ver que com a liberdade é a mesmíssima coisa.
Sendo certo que a desigualdade e a opressão que impedem sempre a plena liberdade e igualdade, vão sempre encontrá-las em alguém.
Nos sub-humanos, nos burgueses, no ditadores. E aí, vale tudo. Até bombas atómicas.
E há sempre alguém.
O caraças é quando esse alguém é díficil de encontrar.
Aí, é óbvio que os que impedem a plena igualdade e liberdade são os que não são libertários e igualitários o suficiente.
De maneira que o melhor é ser sempre mais libertário e igualitário que o próximo. E de preferência denunciá-lo logo.
É que bala na nuca do outro é bala que não entra na minha... E quem diz bala diz bomba atómica, bomba incendiária ou fósforo branco.
Ou câmara de gás, if that's your poison.
Ahahahaha!
O relativismo...mesmo o moral. Já sei onde está: no bloco de esquerda...ahahaha.
ahahahaha
Vim agora de jantar fora e já me ri com o "tem paleio de homem e até bate em carteiristas"
V. é um bacano que eu curto muito e sei que é suficiente homem para se lhe poder dizer que às vezes parece uma esganiçada
":O))))))
Beijocas
Ainda não li o resto da conversa com o Zephyrus
Portanto, resumindo- o Mujah é contra a desintervenção do Estado na economia por causa dos costumes.
A lógica é essa. Afinal o capitalismo é mau por causa da libertinagem de costumes.
Como se toda essa lógica fracturante não viesse do dogma da igualdade e esse dogma não tivesse obrigatoriamente de acabar por restringir liberdades individuais. O politicamente correcto é uma merda porque é a última forma de ditadura que a escardalhada arranjou para virar o mundo às avessas em nome da cagotaria lumpen que desencantou. Os tais LGBT e até as fufas que agora são as feministas dos tachos.
Quem desmontou muito bem a incompatibilidade entre Igualdade e Liberdade foi o Soljenitsin.
Mas v. até tem razão num detalhe que nada tem a ver com retirar Estado da economia- é um facto que a judiaria neotonta deu uma boa forçinha para esse mundo às avessas e ainda dá.
Precisamente porque também precisam das causas das minorias a que se agarrarem. O mais cretino foi um trostkista que ainda tomam por guru de "Direita"- o Rothbard.
Esse estava tão in na altura que já falava no que agora o BE adoptou como causa- a possibilidade dos filhos colocarem os pais em tribunal e "divorciarem-se" da família.
E defendia, tal como a outra maluka da Ran, o direito de despejo dos embriões do útero- em nome da liberdade da propriedade.
È um facto que a subversão da tradição foi feita por estes neotontos ateus/marranos que adaptaram o dogma da propriedade da posse de terra ou de mercadoria para a liberdade de se fazer o que bem se entende. Porque acima deles não estava Deus, estava o Atlas da carga dos outros empatas que acham que ainda carregam.
Portanto, por aí, sim, até o entendo.
Agora fazer disto um chavão e chamar capitalismo liberal a tudo, é panca à feminista. Essas também têm de meter luta de sexos até na escolha de um gelado.
E os comunas andam com o liberalismo na boca porque chamarem-lhe coisa de burgueses era chato, uma vez que mais burgueses que eles são é difícil- só têm causas de dondocas.
Olhe- a liberdade que me agrada é da ordem da do José- a de expressão. E por isso é que nunca ficámos histéricos com a cena dos wikileaks nem com tretas aparvalhadas de respeitinho por legalidades como esta do segredo de justiça que só importa invocar quando lhe estraga a novela.
forçinha?
devo ter bebido um copo a mais
":O+
Que excelente debate. Parabéns aos intervenientes.
Desculpar-me-ão os restantes comentadores, que respeito, mas, dado o meio em que nasci e pela educação recebida, a que se juntou uma pitada de republicanismo, bastante monarquismo e muito salazarismo, vejo-me obrigada a concordar com tudo quanto Muja e Zephyrus escreveram. Hoje. Porque noutros debates e seguindo a mesma linha de pensamento, também costumo apreciar imenso o que escrevem Miguel D, Anjo, Foca, Floribundus, Bic laranja, Vivendi e outros mais.
Sou conservadora em pràticamente tudo. Acho que ninguém, salvo raríssimas excepções, deixa de ser influênciado pelo meio em que nasceu e cresceu e, por extensão, pela educação recebida. É o meu caso.
Especialmente para os leitores e comentadores deste insubstituível Blogo, aqui ficam para saborearem e/ou meditarem uns pedacinhos de sabedoria romana, que acredito serem do V/ agrado:
DO NOR FORGET:
MAN NEEDS LITTLE
TO LEAD A HAPPY LIFE
Marcus Aurelius
IT IS GOD
WHO CAN TANSFORM THE
LOWEST INTO THE HIGHEST
WHO HUMBLES THE PROUD
AND CAUSES THAT WHICH
IS IN DARKNESS
TO BECOME LIGHT
Horace
EVERYWHERE
CHANCE REIGNS
JUST CAST OUT
YOUR LINE AND
WHERE YOU LEAST
EXPECT IT
THERE WAITS A
FISH IN THE SWIRLING
WATERS
Ovid
NOTHING IS TOO HARD
FOR HIM
WHO LOVES
Cicero
IF YOU ARE WISE
YOU WILL MINGLE
ONE THING WITH
THE OTHER:
NOT HOPING WITHOUT DOUBT
NOT DOUBTING WITHOUT HOPE
Seneca
HE LIVES DOUBLY WHO
ALSO ENJOYS THE PAST
Marcus Martial
NOT HE
WHO HAS LITTLE
BUT HE WHO
DESIRES MUCH
IS POOR
Seneca
MONEY HAS NEVER YET
MADE ANYONE RICH
Seneca
THE MISER
DOES NO ONE
ANY GOOD
BUT HE TREATS
HIMSELF WORST
OF ALL
Publilius Syrus
Eu sou contra o governo pela hipocrisia e pelo sofisma.
Salazar deu o exemplo fazendo a revolução sem revolucionar nada. Mudou os princípios.
Como uma árvore que se passa a dar água pura em vez de veneno. Há árvores melhores e piores. Mas pode-se podar quanto se queira, se se rega com veneno, o fruto há-de ser sempre podre.
Governar em nome da liberdade e da igualdade é uma mentira.
Mas o contrário não ser contra as liberdades nem a justiça.
Tanto faz que se tenha uma democracia parlamentar como uma ditadura: e até dou de barato que, nessas circunstâncias específicas, a ditadura seja sempre pior.
Uma ordem que se fundamenta em princípios liberais é sempre uma ordem opressiva que tende a um banho de sangue, mais tarde ou mais cedo.
E, se reparar, toda a filosofia política após o liberalismo gasta o tempo a tentar conciliar as contradições que lhe são inerentes.
E tem consequências porque é um conflito sem fim.
Era isso que não havia dantes. Poderia haver injustiça e tirania, e tudo o mais que é próprio do homem, bom e mau, mas havia uma visão realista que conferia uma certa estabilidade que hoje é uma miragem.
Não se tinha elevado um sofisma demagógico a ideologia suprema.
É esse o problema.
E a ordem em nome da liberdade e da igualdade há-de sempre atrair os hipócritas e os intrujas como a luz atrai as traças.
E eu julgo que a grande diferença de Salazar foi essa: ele não foi para lá governar em nome da liberdade e da igualdade.
E isso muda tudo.
Permite - a quem quer, claro - deitar fora a hipocrisia e demagogia de que nem o político honesto pode prescindir no regime que temos!
É que mesmo que queiram, hoje em dia, não podem deixar de ser hipócritas e demagógicos! Senão vão logo de vela. Nem terminam o mandato!
É uma coisa completa e intrinsecamente pervertida. E vem directamente daí: desses princípios de liberdade e igualdade que são os do liberalismo e que são contraditórios, os dois entre si e cada um em si mesmo.
1- Salazar não mudou os princípios. Quanto muito restaurou-os. Por isso é que foi um verdadeiro português. Por perceber o mais profundo da nossa tradição.
Não revolucionou nada.
2- Ninguém aqui esteve a defender a ideologia liberal e essa nunca foi a questão em jogo.
V. é que confunde tudo e depois ainda tem a lata de chamar ignorantes em História aos outros
":OP
A cretinice da Liberdade nos neotontos é uma treta de puro egoísmo e vem das filosofias utilitárias inglesas.
A treta da falsa liberdade da escardalhada, em matérias de costumes, é uma adopção dessa ideia para poderem agarrar para a causa totalitária jacobina que tudo legisla em nome de engenharias sociais, o egoísmo hedonista moderno.
Com a gigantesca diferença que os neotontos não querem legislar e tornar obrigatório para todos aqueles dogmazinhas idiotas que nem para a família deles usam, e os cretinos dos comunas querem obrigar todos os outros a acatar socialisticamente o mundo às avessas em nome do progresso e da bondade moral das causas
Eu, por acaso, também acho que eles têm uma panca igualitária mas é de outra forma.
Acho que até são optimistas em relação à natureza humana e também acreditam no fim da História feito Paraíso terreal com todos livres a lixarem-se alegremente uns aos outros.
Mas sem Estado- só com cenas privadas- até a justiça.
Ou seja- a utopia neotonta é uma anormalidade mafiosa. Totalmente inviável e isso nada tem a ver com aquilo que defendi- liberdade de expressão e associação, liberdade de voto, e liberdade económica.
E nem sequer acho que isto deva ser exportado. Estou-me absolutamente nas tintas para o que cada país usa para si.
Porque os tempos históricos não são iguais e não se pode terraplenar o mundo em nome de conceitos abstractos.
Quanto ao capitalismo, Vs. confundiram tudo desde o início.
Não passa de um fenómeno que é princípio do lucro e interesse próprio aplicado através da ciência financeira.
Tem o seu lugar. Cabe à política ordená-lo, como a tudo o mais, no sentido do interesse comum.
Em última análise, é um fenómeno que se poderá explicar pela diferença natural entre os homens - pois haverá sempre diligentes e indigentes.
Mas não é uma ideologia política, e a crítica do capitalismo não é a crítica do liberalismo e vice-versa.
É o liberalismo político que é intrinsecamente pervertido.
É o liberalismo que permite e favorece a degeneração do fenómeno capitalista, como permite e favorece a degeneração de tudo o resto.
V. que é o doutor por excelência em História, explique-me lá esta frase:
«E, se reparar, toda a filosofia política após o liberalismo gasta o tempo a tentar conciliar as contradições que lhe são inerentes.»
Onde? Onde é que o "liberalismo" governou e existiu como forma política de governo?
Conte lá. Onde?
Onde é que essa teoria chegou a ser levada à prática?
Força, mestre que eu já deixei os gambozinos e sou toda ouvidos para ver se aprendo alguma coisa de História consigo.
Ah o capitalismo nasceu da Ciência financeira?
Que engraçado. E vão ser os ignorantes dos políticos a legislarem uma cena que nem sabem como funciona ou o que é?
Comuna, v. é comuna e agora até é cainesiano
":OP
Como tudo é capitalismo, v. só se pode confrontar com as únicas realidades em questão-
A dos socialistas compagnos de route dos comunistas e o resto que não quer isso, de mil maneiras.
E foi assim desde as consequências das loucuras dos comunistas milenaristas no século xvi, XVII e por aí fora, às experiências á la Fourier em Inglaterra e ao comunismo levado à prática na URSS.
Isso sim- foi teoria levada à prática. Com uso de dinheiro e de finança- com capitalismo- porque isso é como o mundo vive desde que se acabou a troca directa ou o canibalismo.
V nem entende que tudo isso nasceu das descobertas e do alargamento do mundo.
E foi com esse alargar que se inciou a globalização e ela repetiu-se agora com novas tecnologias e, como é óbvio, com a necessidade de um outro tipo de capitalismo que já podia ser coisa de rotas da seda e assim.
A finança foi a forma de prosperidade de todos. A começar pelos Médicis banqueiros nas cidadades Estado do que ainda nem era Itália, a tudo o resto.
E essa necessidade é impensável de travar a menos que v. acredite que a panca do aquecimento global e mailos PANS e vegans de todo o mundo, consiguem fazer a cabeça a toda a gente e convencê-la do benefício de regresso à Pré-História.
O Capitalismo nasceu da Ciência financeira"? Ma qué qu´é isso, meu irmão?
Bem, vou abrir outro postal para a discussão, metendo Salazar e Marx ao barulho.
Eu não disse que nasceu. Disse que consiste no princípio do interesse próprio aplicado através da ciência financeira.
Diga-me como é que um capitalista ou alguém tenha qualquer negócio faz, sem aplicar essa ciência...
Mas Vs. têm algum negócio? Sabem do que falam, porventura?
Acham que é possível gerir qualquer negócio maior que uma mercearia de bairro - e mesmo esse - sem os instrumentos dessa ciência?
Sem contabilidades, sem orçamentos, sem distinguir despesas operacionais e de capital, sem câmbios se for internacional, sem perceber o que é um crédito e o que é um débito, sem nada?
Mas que é que Vs. imaginam que é isso?
V. não sabe o que diz.
Usa palavras vazias ideológicas e nem sabe História.
Ainda não me respondeu à pergunta:
Justifique e explique lá esta sua afirmação:
««E, se reparar, toda a filosofia política após o liberalismo gasta o tempo a tentar conciliar as contradições que lhe são inerentes.»
Repito a minha pergunta:
Onde? Onde é que o "liberalismo" governou e existiu como forma política de governo?
Conte lá. Onde?
Onde é que essa teoria chegou a ser levada à prática?
Devolvo-lha: diga-me uma forma política de governo que, desde aí, se não tenha fundamentado na liberdade e igualdade de um determinado grupo.
Um só.
Se v. percebesse o mínimo, entendia que quem se apropriou desses conceitos foram os psicopatas da Revolução Francesa.
E aquela tara da Igualdade, Liberdade, Fraternidade, acabou num banho de sangue entre eles e depois foi exportada à força napoleónica e republicana para os outros.
Jacobinismo vem do totalitarismo iluminado republicano.
Escaparam-lhes os do Norte. Os ingleses correram com o Cromwell e sempre tiveram uma tradição de liberdades parlamentares muito entranhada que dispensa dogmas contraditórios com casamento de Liberdade com Igualdade por lei.
Igualdade, como fundamento a partir de onde?
Como?
Força, explique lá essa puta dessa frase do "a partir daí"
A partir daí de onde?
Eu só conheço historicamente o "daí" da Revolução francesa e do jacobinismo exportado por invasão.
Explicar o quê?
V. já explicou tudo.
É daí mesmo.
E os psicopatas não se apropriaram dos conceitos.
Limitaram-se a levá-los às últimas consequências.
Porque a psicopatia está nos conceitos, desde logo.
São esses conceitos que levam à psicopatia e à sociopatia.
Porque são contraditórios - anulam-se a si próprios. E, portanto, levam quem os segue a anular-se a si próprio.
Daí que depois se diga que a liberdade tem de ter regras.
Ora, obrigadinho!
Mas isso toda a gente sempre compreendeu desde sempre. Porque governar é isso. E sempre foi.
E dizer que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade do outro é paleio obscurantista para significar que dar liberdade a uns é sempre tirá-la a outros - e governar sempre foi, e sempre será isso: autoritariamente tirar a liberdade a uns e dá-la a outros, conforme as circunstâncias e o entendimento de que possui a autoridade.
Mas não se pode dizer que se tira a liberdade.
Pura hipocrisia. Esquizofrenismo. Socipatia. Psicopatia.
Porque quando se fala em "sociedade livre", como na Constituição, quer-se signficar uma sociedade em que as liberdades individuais estejam dispostas e distribuídas apropriadamente.
Que é o mesmo que dizer, aplicar apropriadamente as restrições à liberdade individual.
Depois o que é apropriado é que pode ser discutido e colocado em causa - e não o princípio de que governar é restringir autoritariamente a liberdade individual.
Já podem ir para o outro postal...porque me parece que há aqui muita confusão conceptual.
Então a liberdade deve ou não ser um valor?
Olhe, quem fala assim e diz que a Liberdade é uma patranha que os "nossos donos" iventaram para nos controlarem, é o Euro2Cent.
Só que diz isso em latim e com muito mais piada. Ele até acha que o Liberalismo começou com os free-traders da Guerra de Troia.
Também podia citar o S. Jerónimo em latim para acrescentar estilo à ideia que quer fazer passar:
Homo mercator vix aut numquam potest Deo placere
A Liberdade é um conceito mas não é auto-referncial. É medianeiro- serve sempre para qualquer coisa. E esse fim é que importa.
O que encanita nos neotontos é que usam a palavra em termos abstractos- como os comunas usam a igualdade. Só que igualdade é diferente- serve para isso mesmo. Já com ser-se livre tem de se saber de quê e para quê.
Já agora, ó Mujah- algo me diz que concordou comigo com a cena do "vir daí, da Revolução Francesa" porque nem sequer tinha daí algum físico para citar.
Porque, se tivesse, podia ter dito que veio da América dos Founding Fathers- até foi primeiro
":OP
Mujinha, num tipo normal eu ficava sensibilizado com a tua preocupação para com as crianças mortas. Porem, vindo dalguem que tem por farol o Assad da Síria ou a rapaziada do Irão que matam criancinhas por desporto, pá, dizia, não fica a bater a bota com a pedigota e soa mesmo, mesmo, mesmo, a aldrabice argumentativa.
.
Rb
Bom, antes disso, já eles já tinham andado a preparar terreno para os (ainda mais) psicopatas em França durante a regência, com o John Law, por exemplo.
"Escaparam-lhes os do Norte. Os ingleses correram com o Cromwell e sempre tiveram uma tradição de liberdades parlamentares muito entranhada que dispensa dogmas contraditórios com casamento de Liberdade com Igualdade por lei."
Exacto. Os ingleses correram com os puritanos, que foram para os EUA. A Igreja Anglicana e mais catolica que protestante. Integrou influencias do calvinismo e rejeitaram a obediencia ao Papa. Os EUA nascem com elites protestantes que nao gostam la muito do nosso Continente... e trata-se de um protestantismo que tinha rompido com o anglicanismo. Mais fundamentalista que os catolicos no que diz respeito aos costumes.
Entretanto os puritanos que partiram odiavam a Europa. Tal como a malta que foi para a Africa do Sul, dos Paises Baixos, os Boers. Odiavam a Europa.
Mas eu gostaria de dizer que isto da Liberdade trouxe muitas das guerras que temos nos dias que correm. Vejamos.
Um judeu presta culto ao Sabado. Neste dia nao quer trabalhar. Nos dias importantes para os seus rituais nao quer trabalhar. Um muculmano por sua vez tem o Ramadao. Nesse mes nao pode ter um horario de trabalho digamos "Ocidental". E temos outras comunidades religiosas minoritarias muito antigas alem destas que referi. Ora quando se diz que a lei e igual para todos no Ocidente, isto cria problemas de integracao. Um judeu pode ser obrigado a trabalhar ao Sabado. Um Muculmano pode ser obrigado a ter um trabalho incompativel com o Ramadao. Um catolico praticante pode ser obrigado a trabalhar em dias santos.
Na Idade Media os judeus em Portugal tinham um estatuto especial. Tinham leis proprias para a comunidade e viviam em judiarias. Eram uma especie de Estado dentro do Reino. O rei D. Manuel I acabou com isto. Expulsou-os ou obrigou a conversao. A Rev. Francesa mais tarde tambem acabou com estes estatutos especiais. E a Industrializacao. No Medio Oriente, estas comunidades viviam em relativa liberdade no Imperio Otomano. Tal como viveram debaixo de califados.
Onde quero chegar. O Estado moderno parido pela Revolucao Francesa pode ser incompativel com a liberdade ao impor o dogma da Igualdade. So reconhecendo a diferenca se podera atingir a Igualdade. Ora o resultado pratico que temos tido e a guerra que conduza a estados homogeneos. Ou o genocidio.
No entanto, apesar de tudo, os paises com Common Law sao mais flexiveis. Por isso nao vemos no Reino Unido os problemas que ha em Franca. Sim, tambem existem em Inglaterra. Mas numa dimensao inferior. Isto porque num pais com Common Law e Estado mais pequeno e mais facil acomodar minorias.
Portanto, tudo visto por alguns prismas, as ideias de Liberdade e Igualdade trouxeram a morte, o genocidio, a guerra. A saga continua actualmente no Medio Oriente e no Ocidente com as comunidades de imigrantes muculmanos.
Vejamos o caso dos ciganos.
Das tres grandes etnias que viveram no nosso territorio, os ciganos sao a unica que sobreviveu. As outras ou integraram-se ou abandonaram o pais. Falo dos judeus e dos mouros.
A mim nao me choca que os ciganos queiram viver fora do sistema. Ou queiram ser nomadas. Ou andem a vender nas feiras sem pagar impostos. Por mim, ficavam com o passaporte. Sao e continuarao a ser cidadaos portugueses. Mas se querem "sair do sistema" tudo bem. Mas perdem os direitos de usufruto do Estado social portugues. Os que quiserem ficar no "sistema" tem os mesmos direitos e deveres do restantes cidados. Os que quiserem ficar fora, podem andar pelas feiras a vender sem pagar impostos, podem andar a negociar o que quiserem e viver no nomadismo. Mas nao terao direito a habitacao social ou a prestacoes sociais. E pagarao algo pelo acesso ao Servico Nacional de Saude. Um seguro, por exemplo. Esta proposta chocaria as massas, mas reparem como aceitando a diferenca estou a dar mais liberdade a uma comunidade.
Por exemplo.
Que acontece a um notario que rejeite casar dois homens? Vamos supor que um catolico praticante por conflito de consciencia, ou um judeu ortodoxo, ou um muculmano, no exercicio da sua actividade profissional, se negam a casar dois homens ou duas mulheres. Que sucederia? Suspeito que sera punido. Ora mais uma vez vemos a perversao do dogma da Igualdade. Um homem nao deveria ser obrigado a praticar um acto que fere a sua consciencia. Mas no estado jacobino tal acontece. A Igualdade acaba assim por ser perversa...
Nisto do casamento civil entao temos pano para mangas...
Enviar um comentário