Passou há alguns minutos ( são 22:15) na TVI 24 uma entrevista de Miguel Sousa Tavares a Maria José Morgado.
O grau de perguntas e de temas colocado pelo entrevistador ( com um casaco seboso de caspa) andou sempre à roda dos "processos mediáticos", sobre os quais aliás a magistrada do MºPº está impedida estatutariamente de falar.
Não obstante, uma das questões colocadas pelo entrevistador foi tão confrangedora que até dói enunciar. começou por acusar o MºPº de ser o autor da divulgação de notícias sobre os tais processos mediáticos, perguntando expressamente se " a quantidade de notícias que o Mº Pº põe cá fora" ajudaria a criar a sensação de que Portugal era um país de corruptos.
A entrevistada retorquiu-lhe repontando " como é que diz, como é que tem a certeza que é o MºPº que põe cá fora?" para ouvir o entrevistado de casaco seboso de caspa a dizer muito em modo salcede " porque são comunicados do MºPº, da PGR"...e a entrevistada replicar "Ah! Os comunicados tudo bem...", sem mais.
A observação do entrevistador teria a ver com a preocupação em resguardar da opinião pública os indiciados apontando-se a "responsabilidade dos julgamentos mediáticos".
O entrevistador, sempre preocupado com os "julgamentos na praça pública", ouviu a magistrada a dizer que isso era o pior que poderia acontecer para o MºPº e o entrevistador de casaco seboso de caspa volta a insistir em "como é que eu tenho a sensação que é o MºPº que promove esse espectáculo, nomeadamente com fugas de informação ao segredo de justiça"...e insiste que "o MºPº é o guardião do segredo de justiça e que tal está fechado à chave num computador. Logo..."
A entrevistada lá perdeu tempo a tentar explicar o óbvio que qualquer jurista básico entende: que a partir do momento em que o processo se abre a outros intervenientes processuais a informação torna-se volátil.
Nem assim o entrevistador entendeu...e a partir daqui não adianta nada continuar a comentar uma demonstração tão cabal de burrice.
Sem comentários:
Enviar um comentário