quarta-feira, novembro 17, 2010

A Maçonaria dispensou um dos seus?

DN:

O Director do Serviço de Informações Estratégicos de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, demitiu-se. A decisão está relacionada com os cortes orçamentais do SIED.
Esquisito, isto. Em véspera de uma cimeira em que os espiões contam, o indivíduo que passou os últimos vinte anos no sector da espionagem caseira e fora de portas, "bate com a porta", deixando um serviço que estava da dependência directa do primeiro-ministro. O barco a afundar-se?
Tem 44 anos, licenciado em Direito, suposto especialista em questões de segurança ( dá conferências) e um currículo que passava por entender que o SIS devia poder fazer escutas.
Entretanto, há outra currículo alternativo. Este, muito importante e que vai redefinir o futuro deste iniciado:

No centro do templo, coberto de panos negros e sob a luz de um candelabro, está um caixão. Lá dentro, um lenço branco manchado de vermelho tapa o rosto de um homem. A cabeça está virada para Ocidente e emoldurada por um esquadro aberto e por um ramo de acácia. A porta do templo abre-se e o mestre-de-cerimónias faz ajoelhar o maçom que entrou de costas na sala. Tudo está preparado para o fazer subir mais um degrau na ordem secreta. O mestre experto aproxima-se e cruza a espada com o bastão do mestre-de-cerimónias acima da cabeça do candidato, formando um esquadro. Ouvem-se, em sequência, as pancadas de três malhetes. “De pé e à Ordem, meus irmãos”, diz o venerável da loja. De uma mesa próxima, em forma de triângulo, exige-se o juramento que o maçom faz de imediato: “Eu, Jorge Jacob Silva Carvalho, de minha livre vontade, na presença do Grande Arquitecto do Universo e desta Respeitável Assembleia de Mestres Maçons, juro e prometo solene e sinceramente nunca revelar a qualquer profano, ou mesmo a qualquer Aprendiz ou Companheiro, os segredos do Grau de Mestre.”

Há muito que o actual director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), a secreta que actua fora de Portugal, disse estas palavras num templo da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP). E reiterou, como se faz sempre nos 33 graus maçónicos, os pactos secretos de silêncio e auxílio: “Renovo a promessa de amar os meus irmãos, de os socorrer e ir em seu auxílio. Se alguma vez me tornar perjuro que, segundo o castigo tradicional, o meu corpo seja cortado em dois e que eu seja desonrado para sempre e que não fique de mim memória junto dos maçons.”

Após o compromisso, o venerável mestre colocou-lhe a espada sobre a cabeça e informou-o em voz alta que a partir de então passava a ter poderes para “comandar” os companheiros e os aprendizes, os dois degraus inferiores da maçonaria. Seguiram-se mais golpes de malhete cruzados com a sequência de palavras de um rito escocês com séculos que lhe passou a contar novos segredos: os cinco pontos perfeitos da mestria, um toque, duas palavras e quatro sinais. O Sinal de Socorro foi um deles. “Se alguma vez te encontrares em grave perigo, chama os irmãos em teu socorro, com o seguinte sinal: atira o pé direito para trás, com o busto inclinado, ergue ambas as mãos acima da cabeça, tendo os dedos entrelaçados, as palmas viradas para cima, e exclama: A. M. O. F. D. V!” Hoje, aos 42 anos, Jorge Silva Carvalho, espião requisitado ao Serviço de Informações e Segurança (SIS) e ex-chefe de gabinete de Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema das Informações da República Portuguesa (SIRP), já está a meio dos altos graus da maçonaria (que vão do 4.º ao 33.º) e é apenas um dos responsáveis de topo dos serviços secretos portugueses que fazem parte da GLLP e do Grande Oriente Lusitano (GOL), as duas principais correntes maçónicas portuguesas.

Questuber! Mais um escândalo!