terça-feira, janeiro 18, 2011

Oliveira da Maçada

O primeiro-ministro diz que não, mas a verdade é que Portugal foi mesmo vender dívida pública no Golfo Pérsico. O ministro das Finanças e o secretário de Estado do Tesouro estiveram hoje em reuniões no maior fundo de investimento do Mundo: o Fundo ADIA com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A comparação é irresistível:

Do Tintin e da célebre personagem Oliveira da Figueira, o comerciante português, aldrabão e chico-esperto capaz de vender areia no deserto, aos árabes.

8 comentários:

Galactus disse...

Bolas, José, o grande Oliveira da Figueira não merecia essa comparação, coitado...

JC disse...

Olhe que não, olhe que não.
Ele diz que apenas trataram de investimentos...

josé disse...

A diferença é que o Oliveira original enganava os clientes vendendo-lhes inutilidades, com artimanhas retóricas.

Este engana aqueles para quem trabalha, com as mesmas artimanhas retóricas.
Este é um mentiroso compulsivo. Aquele um compulsivo vendedor de bugigangas.

Resultado: o Oliveira original era mais genuíno, ao convencer o cliente a compra algo que julgava necessário.
Este é um apenas um falsário de esperanças.

zazie disse...

eheheheh

Joaquim disse...

Parece-me injusta a comparação para Oliveira da Figueira. Esse senhor era o que se chamava um vendilhão que levava as pessoas a gastarem o seu dinheiro iludidos com a fantasia.
Agora há quem nem sequer tenha esse talento e apenas consegue vender se quem decide a compra está a usar o dinheiro que não é seu. Ou seja uma burla em que comprador com o dinheiro dos outros e vendedor são aldrabões.
Num país sem verdadeira cultura democrática e de responsabilidade o tipo a quem ninguém comprava um carro (em 1ª ou 2ª mão) ou sequer uma camisa na feira da terrinha, mas que transmite uma aura de aldrabão impune pode conseguir vender promessas a outros que o sabem aldrabão mas contam receber a sua parte e que outros vão pagar a factura.
E assim se ganham eleições (para mim ate calha um subsídio ou um emprego na câmara, e eu nem pago nada), se tem apoio de órgãos de comunicação social dos tais «amigos», etc, etc.

josé disse...

Claro que a comparação perde em facor da personagem de bd.

Esta que nos atazana nem sequer a isso chega.
É uma realidade mais estranha que a ficção

Camilo disse...

A "esta" que nos atazana...falta-lhe um "R":
R-A-T-A-Z-A-N-A!!!

Camilo disse...

... iremos andar de... burka?!!!

O Público activista e relapso