quarta-feira, setembro 06, 2017

O jacobinismo nunca dorme

Jornal Económico:

Nem só das dúvidas relativamente ao paradeiro das verbas angariadas para apoiar as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande se fazem as notícias sobre as dificuldades que estas pessoas têm tido para serem apoiadas.

A SIC Notícias emitiu hoje uma reportagem que conta a história de um casal de idosos da aldeia de Nodeirinho que garante ter tido um prejuízo de 16 mil euros. No entanto, e de forma a disponibilizar-se para ressarcir esta verba, o Ministério da Agricultura terá, de acordo com este casal, informado que para receber valores acima de 5 mil euros é preciso estar colectado nas Finanças como produtores agrícolas
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13 comentários:

joserui disse...

Quase o mesmo assunto na Associação Transumância e Natureza, que para mim é das mais valorosas do país: "(…) a total indiferença por parte das autoridades competentes, nomeadamente a Proteção Civil e os Bombeiros que não chegaram sequer a aparecer no teatro de operações em tempo útil ou preparados para o que decorria.
É ainda de referir que a atuação pontual dos meios aéreos não ajudou, em nada, o combate, convertendo-se mais em gasto de tempo e de recursos do que no meio de combate pesado e eficaz que se esperava. "

joserui disse...

O país anda à sua sorte em tudo o que não dê para gamar.

osátiro disse...

Estas "autoridades" portugueses são execráveis..tal o desprezo, cinismo com que tratam os seres humanos mais necessitados

Kaiser Soze disse...

http://www.vidas.pt/a_ferver/detalhe/miguel_relvas_festeja_aniversario_entre_amigos.html

O José também esteve lá?

josé disse...

Com a Judite jornalista? E com o Jorge Coelho?

Expatriado disse...

Passam hoje 43 anos desde o último grito de portugalidade em África. 7 de Setembro 1974 em Lourenço Marques, Moçambique.

Que disseram ou publicaram as rádios, TVs e jornais dos milhares de mortos a partir de 11 de Setembro?

Depois de Victor Crespo ter desarmado a população branca, voltaram à carga com mais uns milhares de mortos a 20 de Outubro.

Tudo programado pelo PCP às ordens da URSS.

Moçambique serviu de ensaio para o que se viria a passar em Angola.

José. Tem alguma referência a essa época nos seus arquivos?

Floribundus disse...

« No último mês, e só a título de exemplo nada exaustivo, registei estes "patrocínios" de peças jornalísticas, devidamente identificados em várias publicações.

"A jornalista esteve alojada a convite do Sapientia Boutique Hotel"
"Esta reportagem foi realizada com o apoio de Azores Airlines e SATA"
"A jornalista esteve alojada a convite do White Exclusive Suites & Villas"
"O jornalista viajou a convite da TAP"
"A jornalista viajou a Kingston [Canadá] a convite da Frulact"
"O repórter viajou a convite do Turismo de Alicante e da Costa Branca"
"A jornalista viajou a Fez a convite do turismo de Marrocos em colaboração com a Solférias"
"O jornalista viajou a convite da Brisa"

Floribundus disse...

Observador.

‘Eu sei, eu sei: os milhões doados para alívio das vítimas de Pedrógão, de que o PS apressadamente se apoderou para distribuir como se fosse a generosa origem do dinheiro, estão em parte incerta; o relatório sobre Pedrógão foi atrasado para depois das eleições autárquicas, que o PS não brinca em serviço nem deixa que 66 mortos lhe atrapalhem pretensões eleitorais; a ministra da Administração Interna pede relatórios atrás de relatórios sobre o que corre mal – no caso, as refeições próprias de alturas de más colheitas na África subsaariana dadas aos bombeiros – como se não lhe coubesse antecipadamente garantir que uma ou outra coisa, pelo menos, corresse bem. E um quilométrico etc.

Mas deixem-me voltar ao caso dos cadernos de atividades que foram retirados por coação do ministro Eduardo-‘frígida’-Cabrita e a sua Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Porque, com a recomendação da CIG, iniciou-se a tentativa de institucionalização daquilo que as crianças do sexo feminino não podem fazer.

Em 1917 as meninas tinham de ser prendadas, não podiam correr como os rapazes nem subir às árvores, tinham de saber bordar e tocar piano, usavam roupas que lhes tolhiam os movimentos, desporto só, com sorte, ténis. Em 2017, as meninas não podem vestir cor de rosa (atenção, um menino transgénero pode vestir cor de rosa para se afirmar menina, mas as miúdas têm de escolher azul ou uma cor neutra), as princesas foram guilhotinadas e joguem futebol feminino faz favor.

Os espartilhos colocados às meninas mudam mas permanecem afiados. Jamais deixar a meninada escolher cores e atividades e brinquedos, com toda a liberdade conforme os gostos, desde o karaté à ginástica rítmica. Melhor negar o direito às miúdas de usufruírem de qualquer divertimento associado ao universo feminino. (Horror! Repitam mantras satânicos para vos proteger desse pavor que são TODOS os comportamentos femininos.)’

josé disse...

"José. Tem alguma referência a essa época nos seus arquivos?"

Sobre o que se passou depois de 7 de Setembro? Só jornais da época.

Expatriado disse...

José. O 7 de Setembro aconteceu durante e logo apos a chamada 'conferência de Lusaka', onde 'despacharam' o território para a área de influência dos sovietes nas costas de todos quantos viviam em Moçambique. Soares chefiou a delegação portuguesa com o seu braço direito Almeida Santos que, apenas um par de dias antes, 'garantiu' ao chegar ao aeroporto de LM, que tudo estava a correr bem em Lusaka e que todos iam poder ficar por lá, se quisessem, após eleições livres.

A 7 de Setembro o Radio Clube de Moçambique foi tomado como forma de protesto contra a falta de palavra (traição) do governo(?) em Lisboa que até mandou as tropas recolher aos quartéis. Foram 3 dias de protesto sem graves incidentes até ao dia 11 onde apareceu um alferes Comando a dar a chave "Galo Galo, finalmente amanheceu" aos microfones do RCM como sinal para o ataque à cidade. Ataque esse preparado durante a ocupação da rádio e incentivado por estudantes universitários e pelos famigerados (advogados) Democratas de Moçambique. Nenhum lá ficou...

Ouvi dizer que a imprensa em Portugal foi parca, e parcial, nos relatos desses eventos. Por isso pergunto se tem alguma coisa no arquivo e se pode fazer uma avaliação dessa época onde já se usava a 'novilíngua' comuna para rotular quem se lhes opunha.

O livro "Aqui Moçambique Livre" de Ricardo Saavedra descreve o que se passou.

josé disse...

Tenho colocado aqui alguns recortes dessa época, particularmente fotos e reportagens do que se passou com as negociações da chamada "descolonização exemplar" que Mário Soares sempre quis e apadrinhou sempre, sendo por isso um dos principais responsáveis.

Aliás, mandou lá o seu braço-direito para o caso, o advogado de Moçambique Almeida Santos, tornado Sombra do regime e nº 2 do PS.

Almeida Santos fez-se acompanhar por outros, mormente Vasco Vieira de Almeida, advogado que ainda tem banca montada em Lisboa e viveu nos últimos anos muito à custa da parecerístida vendida a peso de ouro ao Estado e por isso paga por todos nós.

Este regime, escavando um pouco tem o aspecto de uma cloaca.

Expatriado disse...

José. Faz muitos anos, enquanto andei Expatriado pelo mundo, que leio o seu blog. Gosto do que leio e da maneira frontal com que expõe as matérias que analisa. Retornado (serei o ultimo?) ao desconhecido torrão natal, continuo a lê-lo com imenso gosto.

Quanto ao assunto que, eu, trouxe aqui neste 7 de Setembro, pesquisei 'Ricardo Saavedra' no Google e encontrei este artigo do Observador (7/9/2014).

http://observador.pt/opiniao/mocambique-7-de-setembro-de-1974-os-dias-fim/

Uma muito breve resenha dos acontecimentos, mais clarificada pelos comentários ao artigo.

Expatriado disse...

Errata

A pesquisa no Google foi "Aqui Moçambique Livre" e não 'Ricardo Saavedra'

O Público activista e relapso