sábado, setembro 09, 2017

O retrato do desleixo e incompetência do Estado: "não tinham ordens"...

Uma das vítimas da tragédia de Pedrógão ( perdeu um filho de cinco anos)  fala ao Expresso desta semana ( mais um exemplo de óptimo jornalismo do Expresso, neste caso concreto). É uma jurista da câmara de Figueiró dos Vinhos e por isso conhece o meio e as circunstâncias em que o incêndio devastador ocorreu.

E diz assim, para envergonhar quem governa, nomeadamente o primeiro-ministro A. Costa  e quem manda ( os responsáveis da Protecção Civil e bombeiros locais): falhou tudo. Esse mesmo responsável pela Protecção Civil foi agora apanhado pela onda de jacobinismo que invadiu a administração pública e o Estado: pelos vistos acumula cargos indevidamente. Isso vai provavelmente lixar o indivíduo. A morte de 66 pessoas, não. É coisa de somenos.


Entretanto a actual procuradora-geral distrital de Lisboa, também cronista do Expresso pelo sistema de contactos, deu em palpitadeira sobre as causas dos incêndios.
Não se contentando em aventar hipóteses, arrinca o palpite definitivo neste artigo no Expresso de hoje, a lembrar os tempos das certezas do MRPP:


12% das causas dos incêndios deve-se aos bêbados e atrasados mentais. O resto é a mãe-natureza a operar. Quem lhe disse tal coisa? A autoridade de quem escreve no Expresso há muito...e está habituada a ler estatístico processual.
O que choca neste palpite não é apenas a ignorância que se deve presumir porque evidente. É o ar de certeza de dedo em riste. Isso é que choca.


Questuber! Mais um escândalo!