sexta-feira, abril 20, 2018

José Sócrates: a arrogância sem fim de um grande mentiroso.


Observador:

O antigo primeiro-ministro José Sócrates anunciou esta sexta-feira que a sua defesa vai constituir-se assistente no processo relativo à divulgação das imagens dos interrogatórios judiciais e acusou o procurador Rosário Teixeira e o juiz Carlos Alexandre de serem os principais responsáveis da divulgação dessas imagens. Sócrates diz que o caso é “uma patifaria” com “motivação política”.

Tal como Lula, Sócrates que ainda nem chegou à fase de entrar no presídio que previsivelmente o espera, escouceia por tudo e por nada que lhe possa trazer qualquer benefício imaginário na embrulhada monumental em que se meteu e que já é pública e notória.

Não há memória na história nacional das últimas décadas, de um trafulha com esta dimensão institucional e tendo em conta aquilo que já se conhece como facto indesmentível. Pois não desarma, não tem um pingo de vergonha sequer e aproveita o mínimo pretexto para vilipendiar os órgãos de justiça e os seus titulares, sem nenhuma reacção oficial de quem de direito.
José Sócrates e o seu advogado inacreditável têm todo o palco mediático desde o início deste processo para se mostrar e dizer o que querem e bem lhes apetece, tendo insultado vezes sem conta, os magistrados, sem reacção alguma da parte destes.

Uma vez que lhe correu sempre bem tal procedimento, continua na mesma senda criminosa, sem emenda, contando sempre com o beneplácito de uma imprensa servil e em alguns casos ( DN e JN e a TVI) canina.

Há arguidos neste processo que nem uma palavra disseram em público depois de o serem. Há arguidos cuja responsabilidade é eventualmente maior ( Ricardo Salgado) e nada dizem. José Sócrats vive porém desta exposição permanente, sendo isto o que o alimenta na sua defesa. Faz dessa exposição a sua defesa mediática, no julgamento que o mesmo provoca nesse patamar.

Esta ignomínia agora lançada é apenas mais um episódio dessa farsa que aparentemente vai continuar, sem reacção dos visados.

Até um dia em que alguém institucionalmente decida dizer basta. O Bastonário da Ordem cala-se; o presidente do STJ cala-se duas vezes ( é presidente do CSM); a PGR nem fala. O presidente da República, garante das instituições faz que não vê e passa ao lado, porque também é amigo chegado de Ricardo Salgado. E assim por diante, porque José Sócrates é de um partido, o PS; habituado, relapso e vergonhoso neste tipo de procedimentos, com total impunidade, desde o tempo da Casa Pia.

Pode ser que um dia o Povo acorde. A SIC, pelos vistos já acordou...e resta saber porquê.

Ontem o Observador deu à luz esta notícia:

 "Offshore de Manuel Pinho recebeu cerca de 1 milhão do saco azul do GES entre 2006 e 2012 - 500 mil quando era ministro."

 O director da SIC e Expresso, o catatua Costa, disse na tv que este facto era dos mais graves dos últimos anos da democracia.

Pinho foi ministro de Sócrates. Pino y Lino, como dizia o outro cujos negócios ainda nem foram investigados. Sócrates está tão enfarinhado nisto que nem sequer sobra uma pequena dúvida pelo que já se sabe e a SIC foi revelando, a par do folclore das imagens do interrogatório, inteiramente desnecessárias, mas que servem para certos hipócritas rasgarem as vestes. Entre esta seita está a actual ministra da Justiça, casada com um cripto-fundador do PS e cuja ruína do partido os afectaria irremediavelmente. Por isso já veio tal ministra pronunciar-se miseravelmente, violando o princípio da separação de poderes. A senhora já não é magistrada, é ministra e não tem que informar o público que ocorreu um crime. Devia estar muito caladinha, mas não está.
Quando o actual presidente do Sindicato do MºPº, António Ventinhas, numa declaração avulsa disse algo parecido e nem tão explícito, acerca do mesmo processo, caiu o carmo e o rato em cima do mesmo, exigindo procedimento disciplinar ( que foi instaurado e arquivado) e pedindo quase a prisão preventiva do magistrado.
Agora, com esta ministra antiga magistrada não se mexe sequer uma palha.

Enfim, tudo isto tresanda. E a PS, como habitualmente, fazendo suspeitar que estará para breve a politização do caso, ainda mais acelerada.

22 comentários:

Ricciardi disse...

A justiça nao funciona bem. Está moralmente podre e corrupta.

Hoje um juiz 'condenou à liberdade' um pedofilo com 80 crimes de pedofilia dados como provados.

Há juízes claramente comprados. Ou então não tem condições mentais para ajuizar.

Na verdade o MP se, provavelmente, em sintonia com o juiz do processo, enviam informação , de forma manifestamente ilegal, para alguns órgãos de comunicação social. O intuito é servir os verdadeiros corruptos.

Os verdadeiros esfregam as mãos. De felicidade. Dão trela e incentivam notícias que denigrem a imagem de Sócrates e, quando se vai à ver, a acusação tem indícios que podem ser usados para qualquer pessoa deste pais.

Eu acho bem que o josezinho reaja a isto. Mostra que tem fibra.

Rb

Ricciardi disse...

https://aspirinab.com/penelope/funcao-decorativa-da-lei/

O pessoal que faz das leis papel higiênico tem de responder pelo crime de desobedicencia.
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Rb

Ricciardi disse...

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/joao-quadros/detalhe/socrates-ao-vivo-no-ministerio-publico?ref=HP_Destaquesopiniao2
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"O que me preocupa é o primeiro episódio. É estranho, porque: ou apanhámos uma parte má do filme ou aquilo tem cenas em que parece haver indícios com pouca substância por parte do Ministério Público. Fiquei assustado porque há momentos em que o MP anda ali meio a patinar. Assusta-me, porque não me apetecia nada que Sócrates se safasse e processasse o Estado. Além de um Novo Banco, lá teríamos nós de pagar um novo Sócrates. Seríamos o novo Carlos Santos Silva do "engenheiro". "
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Rb

Ricciardi disse...

Eu não sou simpatizante do partido, muito menos do político Sócrates.

Mas já percebi há muito tempo que o que lhe estão a fazer não é justiça. É fazer dele o bode expiatório para que os verdadeiros corruptos passem indelevelmente pelos pingos da chuva.

Rb

foca disse...

Ricci
Percebes muitas coisas pá
Isso é bom
Afinal o que interessa é ser feliz, mesmo na ignorância e idiotice

Ricciardi disse...

Deus deu-me este dom, foca, que queres, pá?
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Rb

joserui disse...

Que bandalho! Nesta fase já não sei o que é mais surpreendente, se o facto de ainda existirem indivíduos a apoiá-lo, se o bandalho propriamente dito.

josé disse...

O gajo é doido. Já o disse há muito. Doido e há por ali qualquer coisa que pode explicar a doidice: garrafas de vinho em envelopes.

josé disse...

Quem é que se lembra de meter garrafas de vinho em envelopes? Um maluco.

Hugo disse...

Maravilhoso este último comentário José :-) é completamente doido. Para além de mitómano notam-se também outros traços preocupantes de personalidade (os de carácter então...) ... efectivamente parece que há ali mais qualquer coisa do que só vinho... Um desespero estranho... Ainda que o vinho seja, ao que parece, de pacote.
E insultar um juíz não é crime?

A Mim Me Parece disse...

A mim parece-me que este "emplastro" que não despega daqui procura nos envelopes não garrafas de vinho, mas o mesmo que o seu inenarrável patrão procurava neles: o óbvio!

lusitânea disse...

Que o Sócrates arranje uma candidatura a "Presidente" como ensinou o Lula...

José Domingos disse...

Pelas reacções, o pinto de suza, deve ser bipolar, sem ofensa aos ditos, o homem, fica possesso. Acho curioso, os advogados de defesa, calados, como que a dar-lhe corda, por outro lado, como é que aparecem estes indivíduos aqui, neste mau filme.
Quem sugeriu serem advogados do dito, quem paga os honorários, e quem são eles efectivamente, estão a mando de quem, terão aventais a tapar as "vergonhas", um deles, até tem um temperamento parecido com o constituinte, será coincidência.
Os "camaradas" do ps desde o tempo do mário xuxa, de má memória, acham que são os donos do país, inclusive dos impostos, autentico proxenetismo, a bem do fim da austeridade.
Em quarenta anos, três bancarrotas, criadas por dois artistas, com passados, no mínimo curiosos, com o mário xuxa, no dizer de Marcelo Caetano, um insignificante advogado de província, vindo para a politica, com uma mão á frente e outra atraz e acaba os dias com uma fortuna colossal.
Curioso.

jkt disse...

Pedido / recurso / decisão / esclarecimento /reclamação
Assim até 2030

jkt disse...

«acham que são os donos do país»

Todos assim "acham".

JS está revoltado porque foi o único a ser apanhado!
Também ficava, é chato. O roubo é costumeiro, típico...
Ser "apanhado"... não lembra a ninguém!
Neste sentido é manifestamente injusto.

Unknown disse...

O problema não é este pilha-galinhas, muito possivelmente um caso clínico, o problema é o caldo de cultura que permite a um mais que comprovado vigarista e gatuno aparecer com estes "números" perante o "respeitável público" , sem pudor e sem vergonha - perante a impotência (?) de um sistema daquilo que aqui passa por "justiça" e que se deixa "tourear" de uma forma inconcebível, que roça o ridículo.
Mas, repito, o problema é o rebanho abúlico e ruminante : todos nós.

Manuel Pereira da Rosa disse...

No tempo da "ignorância" havia uma disciplina do terceiro ciclo obrigatória para todas as alíneas diferenciadoras do acesso ao Ensino Superior que se chamava: "Organização Política e Administrativa da Nação". Sempre que era referida escrevia-se: Nação com letra maiúscula. Quanto a rebanhos o lider sempre se considerou como um carneiro condutor obediente a essa soberana perfeitamente caracterizada. Agora somos conduzidos por pastores que não percebem nada de rebanhos nem da sua sobrevivência. Afinal é Povo ou povo

josé disse...

Se era por causa da maiúscula, o Povo já a tem.

Maria disse...

Estou totalmente d'acordo com a divulgação dos interrogatórios judiciais relativos ao Processo Marquês. Não estava à espera, mas acho muito bem que os divulguem. Pelo menos assim os portugueses menos informados ficam a saber pela voz dos próprios a massa imunda de que os implicados são feitos.

Aliás quase todas as revelações trazidas à luz naqueles interrogatórios já eram do conhecimento público através dos jornais, portanto não se percebe qual o espanto dos indignados. É só a fazer de conta para ver se os ingénuos acreditam nas aldrabices dos incriminados. Naturalmente que só quem está metido directa e também indirectamente nesta rede corrupta de dimensões monstruosas, pode por puro cinismo indignar-se.

Hoje consegui a ver - finalmente - na SIC, creio que na sua totalidade, numa peça de várias horas, a investigação levada a cabo por jornalistas competentes e honestos, feitos de um modo rigoroso e isento, sem esquecerem pormenores importantes e reveladores que nos permitem avaliar objectivamente os conluios e mil safadezas em que esteve metida gente importante e influente da sociedade, grandes banqueiros incluídos, em comandita com o ex-primeiro ministro e seus associados políticos e amigos íntimos, que permitiram arquitectar e pôr em prática com a maior das descontracções e liberdades uma rede de corrupção desta ordem de grandeza sem que ninguém, polìticamente falando, os quisesse denunciar e travar. E quem é que estava dentro desta rede de corrupção gigantesca e de crimes políticos e económicos? Perante o que já se sabe, toda a classe política estava dentro dela porque mancomunada com todos os políticos de todos os partidos - PS e PSD, mas também do CDS - e inclusivamente da extrema esquerda já que esta é parte integrante do sistema, assim como com banqueiros e outras personalidades influentes da sociedade. Perante o que se viu e vê, só é admissível que lògicamente se chegue a esta conclusão.

Espera-se que quem foi directamente culpado deste descalabro económico e financeiro de dimensões bíblicas, que atingiu gravíssimamente os portugueses assim como as instituições públicas, mas também privadas, que o Estado tinha a estrito dever e mais, a obrigação de proteger, mas intencionalmente não o quis fazer, venha a ser responsabilizado e punido severamente. Ou caso isso não aconteça estaremos a viver não num Estado de Direito, mas num Estado equiparado às piores e mais corruptas ditaduras africanas do século passado.

Milhentas corrupções e outros tantos crimes políticos e económicos praticados pela classe política, que têm vindo a ser cometidos perante a quase indiferença e alheamento do povo, que já nem lhes liga dada a multitude e contínua sucessão dos mesmos, é o que tem vindo a passar-se desde o 25 de Abril de 74 até ao presente sem que nada seja feito por quem tem poder e legitimidade para acabar com este estado miserável de coisas. E não obstante felizmente parece os ventos estarem a mudar. Mas e estarão de facto?

Esta foi uma brilhante e longa investigação levada a cabo por jornalistas de muito mérito. Excelentes jornalistas, estes, que a elaboraram e concluíram. E louvados sejam os juízes e procuradores que tal permitiram. Estão todos duplamente de parabéns.
(cont.)

Maria disse...

Uma pergunta: mas então os juízes e procuradores podem ser difamados, humilhados, ridicularizados até ao limite do suportável pelos corruptos implicados no Processo, incluíndo os seus advogados, muitos daqueles a aguardar julgamento, mas os autores de corrupções monstruosas e de fraudes gigantescas e de tráficos de influência de toda a ordem e feitio, não acham nada bem que eles, juízes e procuradores, se defendam no caso com as únicas armas de que têm ao seu dispor e que agora e finalmente puseram em prática, ainda que indirectamente, já que directamente essa defesa lhes está interdita e é pena, revelando aos portugueses as ofensas graves sofridas pelos arguidos. Ofensas ademais consideradas crime contra quem é devedor da máxima educação e do maior respeito.

Outra pergunta, que já fiz várias vezes à mesma pessoa: como é que o Dr. Ricardo Salgado se deixou enlear nesta rede mafiosa de alta corrupção e crime económico, inimaginável de puder ter lugar neste País de gente outrora honrada, há pouco mais de quarenta anos? Pertencendo ele a uma família que conheci e pela qual justamente por isso sempre nutri enorme consideração e respeito e atendendo à posição social e prestígio grangeados pela sua família durante o Estado Novo e até antes deste pelos seus antecessores, repito a pergunta que não me canso de fazer:

por que motivo o Dr. Ricardo Salgado não pensou duas vezes, ou vinte ou cinquenta, antes de resolver meter-se em negócios sujos com políticos da pior estirpe sem pitada de vergonha nem integridade nem lisura nos métodos e nos actos? Terá sido por ingenuidade? É duvidoso. Por ganância? Custa a acreditar. Por confiar totalmente no próximo, como acontecia no Regime Anterior, em que havia absoluta honestidade nos actos e na palavra dada fosse por quem fosse, particularmente pelos agentes políticos mas também pela sociedade em geral, esta seguindo o exemplo que vinha de cima e por ele (e eles) praticado e incentivado? Terá sido isto. Se ele puder e quiser, que responda.

Maria disse...

Leia-se " de poder ter tido lugar"

Unknown disse...

Portugal é o país em que a máfia vem nos jornais e nunca vai presa...

O Público activista e relapso