"O escandaloso processo de desjudicialização da justiça a que hoje se assiste em Portugal constitui um perigoso retrocesso civilizacional que ameaça os fundamentos do estado e mutila a cidadania. A justiça, enquanto valor superior do estado de direito, deve ser garantida a toda a sociedade através de órgãos soberanos específicos que são os tribunais. Assim foi desde os tempos mais remotos, pelo menos nas sociedades mais civilizadas."
Este é parte do artigo no JN, de Marinho e Pinto, reeleito bastonário da Ordem dos Advogados. ( E que por isso vou passar a respeitar de modo mais consentâneo com o estatuto e o facto de ter sido eleito por maioria significativa dos advogados portugueses).
Agora compare-se com a afirmação do advogado Proença de Carvalho, produzida num suplemento recente do Diário Económico ( 24.11.2010) numa entrevista em que além disso, o advogado Proença, esportula mais uma vez a sua noção particular do que deve ser o MºPº, o poder judicial e a investigação criminal, pedra de toque das suas preocupações.
Para Proença, o MP está "feudalizado" e por isso mesmo acha que deve ser dado maior poder ao rei, perdão, rainha, do sistema. E de caminho entende que o Conselho Superior do MP devia ser extinto. Como não concebe a integração dessa magistratura no poder judicial, temos que Proença de Carvalho pretende pura e simplesmente um regresso ao sistema que existia antes de 25 de Abril de 1974, altura em que foi inspector da PJ e lá havia juizes privativos.
Marinho e Pinto navega noutras águas, porventura mais turvas se tivermos em conta que defende sempre o poder político que está. Ainda assim, está nos antípodas daquele no que se refere à desjudicialização... o que é que isto vai dar?
Este é parte do artigo no JN, de Marinho e Pinto, reeleito bastonário da Ordem dos Advogados. ( E que por isso vou passar a respeitar de modo mais consentâneo com o estatuto e o facto de ter sido eleito por maioria significativa dos advogados portugueses).
Agora compare-se com a afirmação do advogado Proença de Carvalho, produzida num suplemento recente do Diário Económico ( 24.11.2010) numa entrevista em que além disso, o advogado Proença, esportula mais uma vez a sua noção particular do que deve ser o MºPº, o poder judicial e a investigação criminal, pedra de toque das suas preocupações.
Para Proença, o MP está "feudalizado" e por isso mesmo acha que deve ser dado maior poder ao rei, perdão, rainha, do sistema. E de caminho entende que o Conselho Superior do MP devia ser extinto. Como não concebe a integração dessa magistratura no poder judicial, temos que Proença de Carvalho pretende pura e simplesmente um regresso ao sistema que existia antes de 25 de Abril de 1974, altura em que foi inspector da PJ e lá havia juizes privativos.
Marinho e Pinto navega noutras águas, porventura mais turvas se tivermos em conta que defende sempre o poder político que está. Ainda assim, está nos antípodas daquele no que se refere à desjudicialização... o que é que isto vai dar?
Em tempo: a revista consagra os "advogados do ano". Curiosamente, não aparece ninguém da Sérvulo & Associados. Proença ganhou o prémio do "contencioso". Ajustadíssimo.