Marinho e Pinto, o boquejão habitual, já se pronunciou sobre a medida que a novel
PGR determinou no sentido de tentar perceber como ocorrem as violações de segredo de justiça em certos processos mediáticos e relativamente aos últimos dois anos. Uma auditoria que mais tarde comentarei.
E pronunciou-se zurrando, porque uma pessoa normal não se
pronuncia assim.
Disse na tv, atingindo assim uma audiência televisiva nada despicienda, que 95% das violações do segredo de justiça são imputáveis
ao Ministério Público e até adiantou uma razão concreta para tal: o MºPº tem
interesse directo em publicitar as suas teses acusatórias.
Esta acusação que configura a prática de um crime de ofensa
à honra de pessoa colectiva deve ser investigado porque Marinho e Pinto é
useiro e vezeiro neste tipo de acusações gratuitas e sem fundamento sério, a
não ser o mero palpite e o wishful thinking. Cabe à PGR apresentar a participação e não deixar passar em claro o facto vil e sujo.
Marinho e Pinto só aprenderá a fechar a boca em relação a
estes assuntos quando for condenado em pena pesada que o ensine que nem tudo se
pode dizer impunemente.
A deslegitimação do MºPº tem encontrado em Marinho e Pinto
uma das figuras de proa dessa ignomínia
que atenta ainda contra o Estado de Direito. É ainda indigna de um bastonário da
Ordem dos Advogados que assim se atribui o papel de terrorista verbal cuja
credibilidade vale o que vale. Porém, o teor destas afirmações é suficientemente
grave para constituir crime com todos os seus elementos: é uma falsidade
proferida por um responsável institucional com acesso privilegiado aos media e
que aproveita esta facilidade para insultar quem lhe apetece e vilipendiar quem
lhe apraz.
Basta!