sábado, janeiro 19, 2013

O nosso Parlamento já vem de longe...

Para se aquilatar melhor o que António Barreto quer dizer com as discussões no Parlamento e que no seu entender para nada servem, perante o clima que ali se vive e respira, talvez seja melhor recuar ao tempo de Dezembro de 1976. O O Jornal de 31 de Dezembro desse ano faz uma resenha eloquente.

É ver o que dizia então o deputado da UDP- um Bloco de Esquerda avant la lettre-, na pessoa de Acácio Barreiros, pouco tempo depois filiado no PS ( e na Maçonaria pela certa) e deputado com lugar seguro na lista, para a reforma devida. É ler a linguagem usada pelo então bloquista, salvo seja e que poderia ser usada também pelo então militante Jorge Coelho que foi desse partido antes de se tornar ministro e administrador de quase-monopólios.
O nosso Parlamento será semelhante a algum da Europa civilizada? Não. Nem na Itália se viam coisas destas.

8 comentários:

Floribundus disse...

o 'Berreiros' fez escola. deixou escumalha à altura dum socialismo indigno de figurar no Zimbabué.

andam os contribuinte a sacrificar-se para alimentar aquelas bestas com menos utilizade que qualquer burro que se preze e que não tem culpa do modo indelicado como o tratam.

a udp tinha outros intelectuais como por exemplo o major tomé e um gajo que antes de ser deputado corria com malas de senhora na mão devido aos
gritos de 'agarra qu é ...'

felizmente sou apenas um estudioso. não aceito qualquer 'nome artístico'

a disse...

E no entanto a UDP criou o lema que podia ser o deste blogue: «só mudam as moscas». Com pena vossa que não tenha sido o MRPP. Entretanto seria bom que fossem dando algumas propostas de como o vosso capitalismo nacionalista nos vai salvar todos. É que eu também sou português, não se esqueçam.

josé disse...

"só mudam as moscas" é muito mais antigo que a UDP. Só mostra que a sabedoria é coisa que não abunda nos que são contra o "vosso capitalismo nacionalista".
Provavelmente prefeririam o socialismo internacionalista" mas não se sabe bem com quem. Albânia já era. China de Mao já foi. Coreia do Norte está para ir porque este rapazola que herdou o trono comunista foi educado na Suíça. Cuba já deixa sair cidadãos desde que tenham passaporte.

Nem estas simples evidências chegaram para lhs mostrar a realidade do tal socialismo internacionalista.

muja disse...

Não há "capitalismo nacionalista".

Nem outro qualquer. Há capitalismo e pronto. O que havia eram pessoas que consideravam que o dito capitalismo tinha necessariamente de estar subjugado ao interesse do resto dos compatriotas cujos destinos estavam à sua responsabilidade. O resto era bom-senso e desassombro.

Porque em matéria de evidências não as há mais esclarecedoras: a quem serviu e serve melhor o socialismo internacionalista que ao capitalismo?

Ou não fosse a esmagadora maioria dos intelectuais socialistas internacionalistas oriunda desse mesmo capitalismo... Não é portanto de espantar que assistamos agora ao regresso dos filhos pródigos à origem.


JC disse...

Eu não sei como é que o "nosso capitalismo nacionalista" nos vai salvar.
Aliás, não sei mesmo como é que vamos ser salvos desta embrulhada em que a "esquerda dos amanhãs a cantar" nos meteu e nos anda a meter desde o 25 de Abril de 1974.

a disse...

Certo que não foi a UDP que criou o lema, mas que o usou numas eleições aqui há uns anos.
Eu sou um observador. E neste blogue leio o que diz e que se resume a explicar-nos como temos sido enganados desde o 25 de Abril. E também já consegui perceber que é pela propriedade privada e que é nacionalista.
Portanto apenas peço que seja mais concreto nas propostas para o país. E quando digo país é todos mesmo e não só meia dúzia de corporações e capitalistas protegidos pelo Estado.

josé disse...

Nacionalista, eu? Para além de não saber o que isso é, ainda me interrogo o que quer dizer.

Capitalistas somos todos, os que não acreditam no socialismo colectivista de Estado. E quem é que ainda acredita nessa aberração?

Lura do Grilo disse...

As coisas são o que são. Esta tralha esquerdista cheia de vácuo na cabeça ainda não percebeu que as utopias matam mas eles ainda adoram Sartre e as múmias do Kremlin.
Depois classificam os outros não fiéis e usam a técnica de Mao: "10 a 20% são contra-revolucionários: ide e matai".

O Público activista e relapso