domingo, março 23, 2014

Ups, olha quem fala de burlas...

SIC-N

Num jantar em Coimbra, o coordenador do Bloco de Esquerda acusou o governo de pretender transformar o país num paraíso para burlões.

Este Semedo, antes de acusar quem que seja de pretenso burlão deveria esclarecer a burla que o BE pretende impingir ao país.

Deveria esclarecer o eleitorado que pretende cativar com o que o antigo "coordenador" dizia nem sequer há muitos anos e que não julgo se  tenha alterado ideologicamente, porque seria uma revolução na mentalidade... 
 

O que dizia Louçã em 2005 a este propósito? Isto:


"O BE é um movimento socialista ( diferenciado da noção social-democrata, entenda-se-nota minha) e desse ponto de vista pretende uma revolução profunda na sociedade portuguesa. O socialismo é uma crítica profunda que pretende substituir o capitalismo por uma forma de democracia social. A diferença é que o socialismo foi visto, por causa da experiência soviética, como a estatização de todas as relações sociais. E isso é inaceitável. Uma é que os meios de produção fundamentais e de regulação da vida económica sejam democratizados ( atenção que o termo não tem equivalente semântico no ocidente e significa colectivização-nota minha) em igualdade de oportunidade pelas pessoas. Outra é que a arte, a cultura e as escolhas de vida possam ser impostas por um Estado ( é esta a denúncia mais grave contra as posições ideológicas do PCP). (...) É preciso partir muita pedra e em Portugal é difícil. Custa mas temos de o fazer com convicção."

18 comentários:

Floribundus disse...

os deputados deviam ser responsabilizados como qualquer zé polvinho

foca disse...

Ainda por falar em burlas
O Tózero hoje está ofendido com os politicos que enganam os eleitores durante as campanhas.
Disse-o enquanto prometia devolver os salários aos funcionários publicos, não cortar os 2000 M€ que faltam para chegar ao défice acordado (pelo camarada Pinóquio).

Anibal Duarte Corrécio disse...

Estes Semedos são inúteis. Parasitas do capitalismo.

Choldra lusitana disse...

Faltou a vozearia histérica da actriz de teatro da "banlieu" coimbrã Catarina Martins para abrilhantar o jantar. Em qualquer sítio decente do mundo esta parelha não tinha lugar nem para serventia numa estrumaria dum zoo. Em Portugal são o que são: epígonos do inquisidor-mor Louçã,continuam com o dedo em riste a acusarem todos de corruptos e burlões. Bem mereciam um bom par de estalos e serem enviados,com urgência,à procedência.Donde,aliás,nunca deviam ter saído.

muja disse...

Bem mereciam um bom par de estalos e serem enviados,com urgência,à procedência.Donde,aliás,nunca deviam ter saído.

Talvez. Em todo o caso já se tentou isso e agora estamos aqui.

O que deveria acontecer era essa gente ser confrontada com o âmago das ideologias que defendem, no práctico e concreto.

Era o suficiente para desacreditar 90% deles, porque nunca sequer pensaram nisso. Nunca lhes ocorreu. Só sabem falar no geral, no abstracto, que é o que é passível de ser posto em cassete.

Se lhes perguntarem - então mas o que é que aconteceria ao café de Fulano, à loja de Cicrano ou à oficina de Beltrano, se pudessem levar a vossa avante e obtivessem o poder? Como era?

Engasgam-se. Tergiversam. Coçam-se. Vão tentar levar a coisa outra vez para o abstracto, para a "economia", para os "princípios". Ahaha

Experimentem. É uma comédia.

Maria disse...

Esta Catarina Martins é uma autêntica peixeira nas atitudes e no modo de falar. Por vezes até parece que quer espancar os opositores quando os interpela nos debates da Assembleia.

Quando há tempos escrevi aqui que a deputada H. Apolónia tinha sido muito mal-educada ao dirigir-se ao primeiro ministro a propósito de uma qualquer decisão por ele tomada que a incomodava mais do que a conta, o modo e as palavras por ela proferidas mais pareciam saídas da boca de uma peixeira daquelas de faca na liga. Pois enganei-me no nome. A Apolónia até é calminha e mais ou menos educadinha (para quem milita naquela área política...), pois quem é a verdadeira peixeira é essa inacreditável Catarina Martins.
Porque será que este género de pessoas, com uma terrível tendência para o chinelo, pertence toda ela à esquerda comunista e à extrema esquerda? Mistério? Não, nada disso, as esquerdas já não nos surpreendem. Basta analisar o tipo de regime político que preconizam e o género de pessoas que luta e se desunha para o introduzir nas sociedades ainda 'livres' (e aqui o designativo é muito relativo...) de extremismos, para ser, por demasiado evidente, detectável a milhas de distância.

Zephyrus disse...

A ler:
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3774270&page=2

Zephyrus disse...

A ler:
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3774270&page=2

Choldra lusitana disse...

A Apolónia até é simpática,com aquele seu ar de adolescente que nunca cresceu,leu a cartilha mas não assimilou o conteúdo. A Martins é,pelo contrário, aleivosa e malcriada. Debita a cassete aos gritos e sem respirar. Um dia destes ainda tem uma apoplexia em plena sessão de circo,para bem de todos nós. Como é que aquilo pode ter sido actriz na vida? Se nem para vaudeville rasca servia. E,como diz o mujahedin,sem ter qualquer conhecimento da realidade. Enredam-se fanaticamente nas suas abstrações teóricas e daí não conseguem sair. E acabam enganando sempre uns idiotas úteis que vão nesta conversa "da treta" do não pagar,os ricos que paguem,etc,etc.

muja disse...

Sim, mas é preciso ter em atenção que não enganam apenas idiotas úteis.

A coisa deles pega porque, na realidade, tem por onde pegar.

Os problemas são reais - as soluções deles é que são de fantasia.

No nosso caso, porém, eles também sofrem os efeitos da mediocridade e bandalheira que nos impuseram. Não são imunes ao próprio veneno. E por isso fazem aquelas figuras de urso, e fá-las-iam ainda piores se encostados à parede ideológica.

Agora, é preciso não subestimar a doutrina. A fraude que lhe é inerente não consiste na denúncia e até na descrição dos problemas - esses têm que existir para aquilo ter sucesso; e existem.

A fraude está nas causas que eles atribuem aos problemas e nas soluções que para eles preconizam.


lusitânea disse...

Com internacionalismo na despesa e nacionalismo na receita os esquerdistas e os seus idiotas úteis não vão longe embora pelos vistos seja preciso afundarem e sodomizarem completamente toda a nação...tornando-a escrava das suas ideias traidoras e da sua política do tudo e do seu contrário..

Amélia Saavedra disse...

Desculpem, mas deve ser da minha capacidade de compreensão que é assim para o lenta... "O socialismo é uma crítica profunda que pretende substituir o capitalismo por uma forma de democracia social."... O que é uma forma de democracia social? E que ainda por cima consegue a proeza de substituir o capitalismo?
"Outra é que a arte, a cultura e as escolhas de vida possam ser impostas por um Estado"... Mas, mas não é isso que partidos como o BE e afins também pretendem fazer e fazem? Até pela via da UE já se tentou impor uma determinada doutrina educacional escolar que acabou por ser reprovada por pouco!...
Cada vez percebo menos...

josé disse...

A lógica do BE ( e a do PCP) desafiam a capacidade de entendimento do comum dos mortais:

querem o fim do capitalismo, dos bancos privados, das seguradoras privadas e das empresas privadas mais importantes ( só afeiçoam as PME, mas por enquanto e para lançar o visgo). Em substituição querem o Estado totalitário na economia, como tentaram em 1975.

Se essa gente estiver no poder, serão eles quem mandam na Economia.

Já estiveram nessa posição, em 1975 e 1976. Resultado? Uma bancarrota iminente.

As pessoas ainda assim não aprendem, porque essa gente se lhes contarem esta realidade justifica-se com " a crise internacional" ou com o facto de não terem sido eles os gestores ( foram do PS...e de facto vai dar ao mesmo) e ainda porque não tiveram o poder político total ( e têm razão, porque se o tivessem "greves, só no dia dos enganos" e a repressão policial que se seguiria seria brutal, com supressão de todas as liberdades fundamentais, como sucedeu, sem excepções em todos os regimes comunistas.

Perante este cenário real, o que fazem os portugueses? Dão-lhes votos...

jbp disse...

http://www.abc.es/espana/20140323/abci-adolfo-suarez-entrevista-201403211204.html

Há 30 anos, já este denunciava o mesmo que o José aqui denuncia.

Choldra lusitana disse...

Pois é jbp,e o Suarez saíu pela porta pequena e vilipendiado. Até uma entrevista dada a um jornal acabou censurada pelos seus directores de marketing político. E lá dizia toda a verdade:que passados 5 anos a democracia espanhola já estava descredibilizada. Por aqui nem vale a pena falar. Andamos nisto desde 1974 e ,apesar das denúncias,todos votam nos partidos do costume,BE incluído. Com a agravante que este não pretende outra coisa senão confundir os espíritos (os tais idiotas úteis porque ignorantes) ao esconder os reais motivos de quem o guia. Isto é,escondem na gaveta a palavra socialismo/comunismo do léxico político e porque sabem que onde este vicejou deu em ruína total ou logro e as mentes já estão um pouco precavidas.Ou talvez não. Assim apontam-se soluções milagrosas -como fazer desaparecer a dívida por toques de mágica- e que perante o pouco senso comum de alguns, incautos ou relapsos, o que só pode significar como o José disse em voltarmos às bancarrotas anteriores e ao período áureo da desgovernação 74-75.

muja disse...

As denúncias... Mas que denúncias?!

As denúncias podem pouco contra uma barragem mediática.

Até pode vir alguém e conseguir fazer passar uma denúnciazita aqui ou ali. Mas logo a seguir há uma inundação de desinformação ou meia-informação - que é o mesmo.

Não há hipótese.

A democracia pertence aos media, porque os media controlam a opinião pública. De certa forma, pode até dizer-se que os media são a opinião pública.
Quem controla a opinião pública, controla a democracia.

Não vale a pena dizer que os portugueses votam e não sei quê. Os portugueses votam conforme a percepção que têm da realidade. E a percepção é completamente distorcida. É atrozmente desfigurada e reconfigurada conforme o que interessa a quem tem esse poder.

Os media dizem que os comunas são democratas e a malta, claro, aceita. Fia-se. Se não for à primeira, é à segunda, à terceira, - martelam tanto quanto for necessário.

Há muitos idiotas úteis. Mas há muita gente que o não é. Mas nem todos podemos ou queremos andar em cima dos acontecimentos e gastar o nosso tempo a separar o trigo do joio. As pessoas têm vidas para viver, trabalho para fazer, famílias para criar.



Maria disse...

Inteligentemente colocado, Mujahedin. Clareza sintáctica, gudeza de espírito, pecepção exacta da realidade. Está tudo o que deve estar no seu excelente comentário para ficar demonstrada à saciedade a teia apertada qual garrote em que os democratas abrilistas nos envolveram. Teia maquiavèlicamente tecida pela maçonaria com a imprescindível ajuda da prostituída comunicação social escrita e falada, das vendidas cultura e educação e do falso regime político a soldo do mundialismo, para dela nunca mais conseguirmos libertar-nos. Só existe um processo para acabarmos com este inferno em que nos encontramos: através de uma verdadeira revolução mas desta vez encabeçada pelo povo genuíno e nunca jamais pela maçonaria apátrida e traidora.

Nada mais a acrescentar. Muitos parabéns. Uma vez mais.

Maria disse...

"... agudeza de espírito...", como é evidente.

O Público activista e relapso