domingo, setembro 25, 2016

"Não deixem que a verdade estrague uma boa história"...

No livro de José António Saraiva Eu e os Políticos aparece esta revelação acerca dos antepassados de Marcelo Rebelo de Sousa: teria uma bisavó pretinha que viveu sempre na machamba de Moçambique...


A revista Flash investigou e concluiu...



Afinal...havia outra e chamava-se Deolinda. De Guimarães...ora bolas. 

13 comentários:

zazie disse...

Sim, mas o artigo está mal escrito.
Se era a primeira mulher do bisavô- o pai do Baltazar Rebelo de Sousa, e esta teve 5 filhos, então não seria nada avó mas meia-bisavó.

Eles dizem: "ou seja, a existir alguma ascendente indígena seria, sim, avó e não bisavó"

Não sabem relações de parentesco

zazie disse...

Conclusão- o Baltazar Rebelo de Sousa- Governador Geral de Moçambique, tinha mesmo 5 meios-irmãos pretos angolanos!

zazie disse...

A dita investigação da Flash está uma autêntica treta. Quem escreve nem sabe o que está a escrever.

Diz que o pai do Baltazar Rebelo de Sousa teve uma relação com Joaquina Rosa da Costa que diz que era angolana.

Portanto, se era angolana e não era indígena, era uma branca nascida em Angola nessa altura?

Muito estranho e muito mal-explicado. Porque também é muito estranho nesse tempo ter-se 5 filhos com uma preta.

zazie disse...

Nessa altura as viagens eram difíceis e não se ia e vinha facilmente.

Quando havia descendência por lá, o mais natural era ser produto de relações com indígenas.

Se a mulher do pai do Baltazar Rebelo de Sousa era angolana, então é muito provável que a mãe dela fosse indígena.

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Floribundus disse...

(i) saldo global da Balança de Pagamentos – Balança Corrente + Balança de Capital – continua positivo, mas diminuiu de € 1.161,4 milhões em 2015 para € 249,5 milhões;

(ii) saldo positivo da Balanças de Bens e de Serviços aumentou, de € 1.606,6 milhões em 2015 para € 2.186,3 milhões (efeito do baixo preço do petróleo e do “boom turístico”);

(iii) défice da Balança Corrente agravou-se, de € 152,1 milhões em 2015 para € 522,3 milhões;

(iv) défice da Balança de Rendimentos agravou-se, de € 1757,7 milhões em 2015 para € 2.708,7 milhões;

(v) superavit da Balança de Capital diminuiu, de € 1.313,6 milhões em 2015 para e 771,8 milhões.

3. Três notas parecem de especial interesse em função destes números:

1ª) A Balança de Bens e Serviços (vulgo comercial), enquanto os preços do petróleo se mantiverem baixos e o “boom” turístico prosseguir – hipóteses plausíveis, pelo menos no curto prazo – deverá permanecer em zona confortável;

2ª) O rápido agravamento do défice dos Rendimentos, de € 920 milhões em apenas 7 meses – imputável à crescente presença de investimento estrangeiro e ao expressivo aumento da carteira de dívida portuguesa (pública, sobretudo) detida por não residentes – coloca totalmente em cheque o discurso político de hostilização dos detentores de capital residentes, o qual, se tiver mesmo consequência práticas, poderá levar a uma “débacle” nesta rúbrica e ao afundamento da própria Balança Global;

3ª) A redução do superavit da Balança de Capital deverá estar relacionado com o menor ritmo de investimento, tanto público como privado, fazendo com que o apelo a fundos estruturais diminua.


Publicada por Tavares Moreira

zazie disse...

Escrevi disparates, mas enfim- a mulher do pai do Baltazar seria nada no lugar da avó dele e os tais 5 eram meios-tios

Floribundus disse...

eram solteiros os que procuravam fortuna na Costa de África

havia sempre aconchego com nativas

conheci vários mulatos

no início de 50 um prof da universidade de Coimbra
desaparecido durante 20 anos surgiu acompanhado duma nativa bem preta com quem vivia.

eram ambos bilingues.
a Sra não o acompanhou no regresso ao rectângulo alegando 'foi bom enquanto durou'

josé disse...

O português típico nunca foi esquisito...

Maria disse...

Perdi um comentário pronto para seguir, sobre o tema Marcelo/bisavó preta e de outras personagens políticas e não políticas no mesmo sentido. Mais logo vou tentar re-escrevê-lo de memória, veremos como sairá mas estou certa de que já não ficará tão completinho...

Maria disse...

Vem isto a propósito de ter-se falado do facto da bisavó de Marcelo ter sido (ou não) preta. O que me parece é que o seu bisavô terá casado duas vezes. Das duas senhoras com quem casou, uma delas poderá ter tido de facto origem africana, mas não a avó de Baltazar R. de Sousa. Era do mais natural que pelos meados do séc. dezanove e princípios do vinte muitos dos portugueses que partiram para as Províncias Ultramarinas para refazer a vida, tenham acabado por constituir família com mulheres originárias desses mesmos territórios. Alguns deles com família constituída em Portugal incluíndo filhos. Isto terá acontecido muitas centenas senão mesmo milhares de vezes. O mais engraçado é que houve casos do nosso conhecimento em que as mulheres legítimas que haviam ficado em Portugal com os filhos pequenos, passados anos quando os seus maridos regressavam de vez a Portugal e à família, recebiam-nos com a maior das dscontracções e desculpando os desvarios amorosos havidos pelas terras africanas e até recebiam os enteados com bonomia quando se dava o caso destes virem estudar para o Continente. Estes, nascidos de relações extra-matrimónio eram tratados com lisura e até carinho. Os meus Pais conheceram alguns destes casais que viviam perto de nós.

Isto para dizer que se o bisavô de Marcelo teve alguma relação amorosa ou, ao que parece, tenha mesmo casado em segundas núpcias (de que poderá ter deixado descendência (ou não), o que neste caso seriam meios irmãos dos filhos do seu primeiro casamento, linhagem esta de que Marcelo, agora sim, é descendente directo) com uma senhora negra, segundo se diz angolana, terá sido pelo seu segundo matrimónio e não pelo primeiro. A Zazie terá razão no que escreveu.

O que Marcelo tem, ele próprio o afirmou num programa da TVI em directo, é ascendência judaica. Não que se note muito na fisionomia mas ainda assim há no seu nariz um tudo nada que o determina sem dúvida. E o feitiozinho gozão e agarrado ao seu dinheiro, também não deixa desmentir esta particularidade característica da raça... Mas lá qiue ele tem óptimo aspecto, lá isso tem. E em novo fìsicamente era muito interressante e de feições bonitas.

Quanto a pessoas com origem africana é o que há mais em Portugal. Por exemplo no Baixo Alentejo há muitos descendentes de africanos. Uma vez perguntei a um nosso amigo por que havia tanta gente com cabelo encrespado e alguns com feições a denotar a origem africana, disse-me isso era natural, que havia por lá muita gente com essas características. Claro que eram descendentes dos nossos compatriotas que abalaram para as nossas Províncias Ultramarinas, por lá construíram família e quando regressaram trouxeram os seus filhos e netos. E muitas das vezes enviavam-nos para estudar em Portugal, permanecendo nos Territórios até muito mais tarde. É sabido que aquando da expulsão dos judeus pelo Marquês de Pombal, bastantes foram estabelecer-se sobretudo em Angola e mas muitos deles também em São Tomé. Um dos antigos donos do Cinema Olympia e creio que de mais outro Cinema, era um judeu, de nome Pimentel Levy, que partiu para esta Província nos inícios do séc. vinte e por lá construiu família, mas sempre com um pé lá outro cá, tendo alguns dos seus descendentes regressado a Portugal e por cá ficaram. Pelo menos uma das senhoras que nós chegámos a conhecer, tinha a pele bastante escura, cabelo encrespado e feições relativamente finas mas com traços judaicos e com todos os defeitos de personalidade inerentes à raça judaica, herdados naturalmente do pai. Outro casal amigo dos meus Pais, que em Angola teve relações amorosas com duas mulheres diferentes, uma mulata outra certamente branca (ou de ascendência africana mas já algo afastada), teve filhos de ambas as senhoras, uns de pele clarinha e feições finas, outra de feições finas mas de cabelo muito ondulado e pele escura. Teve ainda outra filha nascida de uma relação que o dito senhor manteve no Brasil com outra mulher, uma senhora bonitinha, muito morena e de feições finas.
(cont.)

Maria disse...

(Conclusão)

Mas nada disto deve espantar. Por exemplo, Freitas do Amaral tem feições negróides mesmo se ele não se tenha apercebido disso ou até que nem tenha tido conhecimento de quem foram os seus antepassados com essa origem..., ou até terá. Também aquele ex-ministro (não me recordo do nome) que é tão parecido com Freitas que podia ser irmão dele, também as terá. O póprio Mário Soares tem um formato de nariz que não deixa mentir sobre as suas raízes africanas. Talvez do lado do pai. O Prof. Marcello Caetano teria tido origem indiana. Um nosso amigo um dia perguntou ao meu Pai (que o conheceu) se era assim, ao que o meu Pai respondeu que sim, que era muito possível. A filha, Ana Maria, que era muito bonita e cujas feições perfeitas faziam lembrar as misturas entre a raça indiana e a inglesa, mistura esta que produzia e produz mulheres lindas, tanto inglesas como indianas.

Winston Churchill cuja mãe era d'origem indiana e judaica e também parece que muito bonita e no entanto ele não tinha traços fisionómicos que o detectassem. Ele era ainda familiar da família Spencer (Diana de Gales). A própria Diana, ademais lindíssima, tinha um nariz ligeiramente torto que denunciava ter tido algum familiar não muito distante d'origem judaica (isto foi-me chamado à atenção por um meu familiar que percebe destas coisas).
E quantos homens e mulheres portugueses/as têm origem africana ou indiana ou mesmo timorense (Guterres e família Vaz Pinto, por exemplo, mas há muitos outros)- incluíndo muito jovens que aparecem nas televisões - quanto mais não seja pela estrutura física, pelos cabelos mais ou menos encrespados e/ou feições mais ou menos negróides? E os que tendo origem africana, indiana ou timorense, não têm quaisquer traços dos seus ancestrais e alguns até são bem bonitos/as? Umas filhas de amigos dos meus Pais, nascidas em Angola mas tendo vindo para Portugal em novinhas para estudar, eram loiras, tinham carapinha e olhos azuis. Isto mesmo acontece com a população norte-americana, australiana, inglesa, francesa, etc. Homens e mulheres lindos e lindas que nada devem a outrem de linhagem sanguínia imaculada.

Napoleão não se coibiu de casar com uma crioula, Josefina, tornada imperatriz, que parece ter sido giríssima. Um familiar meu, estudioso das diversas genealogias, um dia afirmou que algumas famílias reais europeias tinham descendentes seus produto do cruzamento das raças africana e/ou asiática. Alguns dos nossos Reis idem, aspas.
Orson Wells, um homem muito bonito, de estatura elevada e distinta e de feições correctíssimas e no entanto, segundo ouvi em directo Agustina Bessa-Luíz dizer "ele tinha sangue negro" (palavras dela). Não sei se sim ou não, mas se assim era, talvez do lado materno porque do lado paterno segundo li e pelas suas próprias palavras, o pai era irlandês "e um bêbado inveterado".

E pronto. Estas são apenas algumas das personagens, umas conhecidas, outras não, que me ocorreram relativamente a esta interessante temática.
Não reli os dois comentários, pelo que peço desculpa se houver alguma gralha ou lapso ou adjectivo repetido.

Maria disse...

Este vem mesmo a propósito do que escrevi acina sobre os traços fisionómicos de Marcelo R. de Sousa, adquiridos dos seus ancestrais judaicos. Vi há pouco a Esther(?) Mutchninsky(?) (que detém um cargo qualquer junto da comunidade judaica de Lisboa) numa reportagem televisiva, a falar sobre o Museu Judaico que irá ser contruído algures na Baixa de Lisboa. Esta senhora (que creio ter nascido na Polónia), embora em mulher, tem quase o mesmo tipo de feições de Marcelo. Não é feia mas tem um rosto peculiar. Marcelo como homem é mais bonito. Têm ambos olhos azuis e grandes e um pouco esbugalhados (buggy eyes, como os ingleses descreviam os de Churchill cuja mãe era descendente de judeus e indianos e portanto herdados dela), rosto comprido e formato muito semelhante e o nariz é pràticamente idêntico. E esta, hein?

Comparando o carácter destas duas personagens de feições próximas mas de temperamento dissemelhante, havendo naturalmente razões genéticas para isso: temos que a senhora, como boa judia que é não parece nada simpática nem acessível, enquanto que Marcelo não se distancia das pessoas comuns, é extremamente simpático e não é nada elitista.

O Público activista e relapso