sexta-feira, fevereiro 28, 2020

A lição de Coimbra é italiana?

Do blog  Psicolaranja...e já com mais de uma dúzia de anos, o que significa que esta lista está muito desactualizada:






É verdade que os concursos para admissão de professores na universidade são públicos e que nenhum dos nomes expostos, aliás os maiores expoentes da universidade de Coimbra irá admitir sequer a ocorrência desse vício que é o nepotismo e a falta de ética.

Eppure...isto não deixa de ser vergonhoso e até indigno.

Por outro lado, estas coisas depois evoluem...


Desde Agosto de  2016, este filho de Figueiredo Dias era assessor do gabinete do presidente do Tribunal Constitucional, ou seja, de Costa Andrade, da Universidade de Coimbra...que fora eleito em Julho de 2016 presidente daquele órgão constitucional, para ganhar uma fracção do que poderia auferir com a parecerística avulsa.

O prestígio traz um novo "sistema de contactos", conceito muito lá de casa do professor Costa Andrade.

Em tempos que já lá vão, em que aqueles rebentos todos ainda estavam na incubadora universitária,  até discorria sobre tal fenómeno...e era assim:

LUHMANN faz intervir o conceito e a teoria dos “sistemas de contacto”. Que emergem e se instalam em relação aos diferentes sistemas (judicial, administrativo, político, económico, desportivo, etc) que têm de tomar decisões, no termo de um processo que, por suposição normativa, tem de ser organizado e conduzido segundo as exigências de diferenciação e autonomia face aos sistemas-ambiente.
Por exemplo, do juiz em relação às partes e nomeadamente aos advogados; da administração pública em relação aos interessados nas suas decisões como, por exemplo, os oponentes num concurso; dos governantes face aos agentes económicos, aos grupos de interesses, associações, organizações sociais, lobies, etc.
Há sistema de contacto quando agentes dos diferentes sistemas (vg., juiz/advogado, Ministro/empresário), esbatendo ou mesmo neutralizando as fronteiras da diferenciação e autonomia, criam entre si teias de amizade, compromisso ou confiança de que emergem expectativas comuns a suportar critérios generalizados para a solução dos “casos” que venham no futuro a colocá-los frente a frente.

Que saudades! Será que Costa Andrade se lembra desse tempo?

Sem comentários:

Megaprocessos...quem os quer?