Ao ler isto, vindo do teatro, agora com direito e honra do palco do D. Maria II, pago por todos os contribuintes...
...lembrei-me disto que tem já 45 anos em cima mas é um primor de simbologia e analogia. É tudo do tempo do PREC que começou mais ou menos em finais de Setembro de 1974 e se prolongou...até hoje, agora em modo soft e travestido de marxismo cultural.
O processo foi de tal modo eficaz que nem as próprias vítimas se apercebem da lavagem ao cérebro que foram sofrendo ao longo das últimas décadas.
Obviamente este blog não pode deixar de ser reaccionário para tal mentalidade...e com muito gosto, diria o publicitário!
A sequência, mais ou menos cronológica, toda recortada de revistas Vida Mundial entre Outubro de 1974 e Agosto de 1975, tem a ver com a violência, política e estética e que se entrecruza nesta abordagem marxista da sociedade, já alegremente "a caminho do socialismo e da sociedade sem classes", propósito afirmado solenemente numa Constituição que temos desde Abril de 1975, apenas podada da última noção para não se tornar demasiado evidente como desiderato.
A extrema-esquerda que temos e de que aquele encenador Rodrigues, no D. Maria II é apenas mais uma expressão luta por estes ideiais.
A democracia que julgamos ter nem sequer tem vontade de tornar claro que tais propósitos se destinam a destruir a própria ideia democrática, substituindo-a pelo totalitarismo esquerdista e que aliás despreza profundamente, na praxis, os conceitos que agora brande como bandeira.
O totalitarismo, hoje, aparece por via dessa extrema-esquerda dos blocos e livres, joacines e mamadous mais estes encenadores de pacotilha a quem dão prémios por isso e toma facetas inequívocas como a extrema intolerância, servindo-se e instrumentalizando noções como o feminismo e o racismo.
Em Março de 1975 o teatro disponível para o público ver tinha peças tão interessantes como as indicadas: "Uma no cravo, outra na ditadura"; "Pides na grelha", um must que remete logo para esta "Catarina e a beleza de matar fascistas" e mais o apelo ao sequestro e morte simbólica de um juiz fascista; "Fulgor e morte de Joaquin Murieta"; "Cerimonial para um combate"; "As espingardas da mãe Carrar" e para findar o verdadeiro palco deste doidos: "A gaiola das malucas"...
A estética de violência latente do PREC de 1975 é a mesmíssima da peça do encenador Rodrigues.
Falta apenas quem o denuncie como tal a fim de se saber o que é o verdadeiro objectivo do celerado.
O apelo ao rapto de um juiz tem este lado estético, aliás proclamado pelo palerma do encenador, como "ironia".
Evidentemente que não teria coragem para liquidar fisicamente o tal juiz; apenas manifestou a intenção simbólica, escondendo-a numa improvável "ironia".
É uma ironia deste estilo, bem característico e simbólico a dar para o realismo fantástico:
Também é dessa época, do começo do PREC...
Por falar em sexismo e racismo, nestas consultas deparei com este texto acerca das mulheres africanas :
Sobre isto é que nem um artigo sequer há por aí. Ou sobre a condição das mulheres islâmicas, aqui também aflorada...
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