terça-feira, março 17, 2020

As regras da sensatez

Sic:


Ontem, o primeiro-ministro foi à Sic fazer um "ponto da situação" no país relativamente ao vírus biruta e foi entrevistado por este falador de telejornal.
No fim da entrevista o primeiro-ministro dirigiu-se ao falador e deu-lhe os parabéns, elogiando-o pelos apontamentos pessoais que tem dado enquanto vai falando as notícias que alguém escreveu, editou, escolheu, ilustrou e comunicou.

Vi um desses apontamentos pessoais e não me aquentou ou arrefentou. No entanto, parece que suscitou por aí um frenesim de posições contra e a favor. Por causa das posições contra aparece agora o apontamento que fica em cima, registado.

O primeiro-ministro em vez de estar calado sobre isso e dar apenas o recado que tinha para dar, politizou o discurso do falador de notícias e tornou-o parceiro de empreitada que também é política.

Rodrigo Guedes de Carvalho diz que tem 30 anos de jornalismo. É um bom motivo para não ser ingénuo.
Além disso trabalha na SIC do patrão Balsemão e as notícias que costuma falar não são isentas, inócuas ou descomprometidas como opções políticas. Não são neutras e têm um efeito seguro em quem as ouve, particularmente a poba do costume que vai com as outras.
A melhor garantia de profissionalismo isento e imparcial não se coaduna com recados de natureza espúria a tais notícias, mesmo dispensados com a melhor das intenções por causa do que já está à vista: tal atitude não é consensual e provoca fracturas desnecessárias e totalmente escusadas em momentos como este.

Portanto, quanto a mim, o jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho escusa de piscar o olho desta maneira...

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