Ética ou filosofia moral é, na filosofia, o estudo do conjunto de valores morais de um grupo ou indivíduo.[1] A palavra "ética" vem do grego ethos e significa caráter, disposição, costume, hábito, sendo sinônima de "moral", do latim mos, mores (que serviu de tradução para o termo grego mais antigo, significando também costume, hábito).
A ética em Portugal é uma puta. Vai com todos os que lhe paguem pelo serviço e não é séria na sua profunda imoralidade de vender o corpo ao manifesto em troca de rendimentos moralmente viciosos. O putedo degrada quem o pratica e não é valor neutro em nenhuma sociedade, desde a antiguidade. É um anti-valor e nenhum pai ou mãe deseja para uma filha tal destino.
Tal como a actividade de prostituição, em Portugal, não está criminalizada, mas suporta o crime de lenocínio, ou seja o dos chulos que a exploram, também a ética nacional não tem suporte criminal.
Ninguém é punido por faltas de ética...facilmente transformada em modelo legislativo que legaliza tais práticas. Até em códigos, frutos dessa mesma ética.
Ninguém é punido por faltas de ética...facilmente transformada em modelo legislativo que legaliza tais práticas. Até em códigos, frutos dessa mesma ética.
A corrupção existente em Portugal assente sempre neste modus vivendi, neste costume e nesta ética travestida de puta.
A ética poderia não ser uma puta em Portugal, mas é, cada vez mais porque se torna o refúgio do vício secreto da esperteza saloia de quem não quer ser chulo mas alimenta tal putedo.
A prova? Todas estas situações apresentadas nas publicações de hoje mostram o lado ético dos procedimentos envolvidos.
Repare-se então se a ética aqui mostrada é consentânea com o conceito grego de "ethos", moral ou apenas revela os costumes correntes.
Primeiro, no Público de ontem, o artigo do juiz Manuel Soares, a fustigar, com "gatilho fácil" demais, um "menino bonito" da magistratura e a dar pontapés em cães mortos que deviam ter sido enxotados há muito do ambiente judiciário. Há muitos, muitos anos, tiveram oportunidade para tal, no tempo de um solicitador já falecido, mas a ética reinante impediu o efeito...
O juiz Rangel é um pobre diabo que aparece agora como bode expiatório dos males acumulados pelos sucessivos conselhos superiores de magistratura que têm aparecido há cerca de uma dúzia de anos a esta parte. Desde o processo Casa Pia que tem sido um estendal de putedo, dificilmente concebido antes.
O bordel alargou-se e o modo como se cooptam juízes ou conselheiros políticos denota uma ética tributária do tal costume que ameaça inundar o sanctum sanctorum do STJ, também já infectado de há uns anos para cá. Basta ler a lista dos que lá estão e saber como alguns lá foram parar...
Agora, leia-se isto, muito recente, de ontem mesmo e que explica um modo de infecção:
Como é que isto é possível?! Que ética é esta?!!!
Neste artigo da revista Sábado o director escreve sobre um fenómeno italiano e que explica a ética que então existia por lá e demorou tempo a extirpar no caso particular que assumiu foro de escândalo e só acabou com o passar do tempo.
Isto mostra que a corrupção pode ser apenas um estado de espírito ético, uma entrega ao vício da prostituição intelectual perversa.
Agora, mudando para o campo mais vasto do bordel mais alargado e sofisticado da política. É tudo da Sábado de hoje:
E a miríade de casos concretos de putedo em alta escala e generalizado, traduzido em concessões, ajustes directos, contratações, usos de dinheiro público como se fosse de quem o atribui, representando uma ética governativa que se apresenta no mínimo escandalosa e injustificável segundo uma moralidade média aferida pelo padrão do homem médio português que trabalha e ganha o pão do dia a dia de acordo com critérios que de certeza repudia estes que envolvem dinheiros do Estado.
Nenhum cidadão no uso do seu juízo médio cometeria estes actos de delapidação de dinheiro se o mesmo lhe pertencesse.
Por exemplo: o carro de Estado e de serviço do ex-presidente Cavaco Silva. O carro é um Mercedes série S, 420 CDI, um diesel com mais de dez anos e que lhe foi atribuído segundo os tais critérios éticos das leis e regulamentos que temos.
O carro terá dado o berro e foi preciso colocar um motor novo. Se fosse um particular que decidiria? Comprar um novo e pagar o dobro ou arranjar um motor novo continuando com a carcaça velha? Aparentemente até parece racional e ética, a escolha. Mas...porque razão é que um ex-presidente se deve julgar com direito a um Mercedes classe S? Porquê?!!
Não lhe serve um utilitário com preço inferior ao valor do motor do Mercedes?
Confesso que não entendo uma única razão plausível e moralmente aceitável para esta ética travestida. Nós somos um Estado pindérico que deve as penas aos passarões europeus que nos emprestaram dinheiro para nos salvarmos de uma bancarrota. Somos um país em constante risco de falência, de pobres que se armam em ricos com o dinheiro alheio. É esse o nosso estatuto.
Isto, para mim, é o pleno reflexo de uma ética de putedo.
E as que se seguem são de bradar aos céus, ainda mais!
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