sábado, março 21, 2020

Mata-bicho 4, reforçado: o Público patético

Editorial de hoje do director do jornal Público.


O Público é um jornal que vende muito poucos exemplares, sendo um jornal falido porque não gera receitas capazes de suportar as despesas. É por isso subsidiado pela entidade patronal, a SONAE.
No tempo de Belmiro de Azevedo este avisou algumas vezes que não aceitaria muito mais tempo o défice crónico e a incapacidade em gerar lucro do jornal.
Os herdeiros do magnata da distribuição alimentar em Portugal não deram sequência a tal ameaça implícita e mantêm artificialmente o jornal falido para dar largas a panfletos deste género, publicado hoje e repetido já noutras edições porque o que esta antiga directora faz no jornal é escrever sobre André Ventura e o partido Chega, a fim de elucidar os leitores sobre o seu entendimento político. Nunca lhe ocorreu escrever sobre o BE ou o Livre porque evidentemente acapara tais partidos e ideologia. E por isso faz política, assim, despudoradamente travestida de jornalismo opinativo:


O Público, além disso é um jornal medíocre, com suplementos ilegíveis como o Fugas ou o Ypsilon verdadeiros compêndios da inépcia solerte do diletantismo pretensioso. Já tentei ler os artigos e não consigo pegar em nenhum. Pura e simplesmente não compreendo como se consegue escrever daquele modo, com excepção de uma ou outra página ( do MEC, por exemplo, sobre gastronomia e afins).

Por outro lado o jornalismo dito de "reportagem" ou de cripto-ensaio ou mesmo de apontamento biográfico segue invariavelmente o mesmo esquema de sempre.
As jornalistas, quase todas, acham que não precisam de perceber minimamente os assuntos sobre que escrevem se conseguirem entrevistar pretensos especialistas que lhes colmatem eventuais falhas e asneiras. Todos os artigos do género são escritos seguindo este guião: arranjam o assunto, telefonam e perguntam sem perceberem, escrevendo sem entenderem.
Fazem lembrar o dito de Frank Zappa sobre o jornalismo rock ( vai no original): "most rock journalism is people who can't write, interviewing people who can't talk, for people who can't read."

Por exemplo, hoje aparece o perfil da actual directora-geral da Saúde, uma senhora dr. formada em Medicina em 1980 e com um vasto percurso de direcção disto e daquilo que me suscita grandes reservas depois de ouvir a sua prestação televisiva por estes dias, com gaffes sucessivas e uma singeleza simpática mas pouco reconfortante para quem precisa de informação rigorosa ou simplesmente correcta.


O que é que um leitor precisa saber num artigo destes que não possa saber noutros lados?  Ou mesmo aqui, o currículo que até impressiona, particularmente a passagem por Macau...
Um leitor de jornal precisa saber algumas coisas que um mentor daquela nunca poderia elucidar. Mas é precisamente o professor Jorge Torgal, também ele um inacreditável perito e que disse ainda há pouco coisas extraordinárias que é a fonte de informação privilegiada do jornal para traçar o perfil da actual directora-geral da Saúde, substituta do inenarrável George.

O tal Torgal disse há oito dias ao mesmo Público , com aquele ar de quem engoliu o garfo da praxe, o seguinte:

Jorge Torgal: “Fechar as escolas é ajudar e justificar o medo que não tem razão de ser”.

E mais: Há dias dizia ao Jornal de Notícias que havia “um pânico completamente desproporcional à realidade” e que a covid-19 era menos perigosa do que a gripe. Mantém esta opinião?
Mantenho e ela até se acentua.

E ainda mais: É possível fazer alguma previsão de quando poderemos atingir o pico da disseminação da doença?
Neste momento é imprevisível, o que é mais uma razão para não encerrarmos as escolas.

Este professor Torgal é um especialista na matéria. Médico, professor, com muita experiência nestes assuntos, aparentemente: o Professor Jorge Torgal foi eleito duas vezes Presidente da European Society of Mycobacteriology (1988-1989 e 1998-1999) e preside à Associação Portuguesa de Epidemiologia.

Por isso se torna motivo de grande, enorme perplexidade o teor daquelas afirmações.

Como é que se torna possível acreditar nestas pessoas e ter confiança nelas, durante esta crise que atravessamos? Como?!

O jornal Público em vez de esclarecer e mostrar quem são estas pessoas, de onde vieram efectivamente e quem representam na realidade, faz-lhes retratos delicodoces sem sentido algum a não ser o que não seria preciso ter.

Por mim o Público pode mesmo falir...acabar. É um órgão de informação nocivo e desinformativo.

E que continuarei a ler enquanto existir...

Sem comentários:

Megaprocessos...quem os quer?