No outro dia o director do Público, um indivíduo em quem cheguei a acreditar por me parecer razoável e minimamente inteligente, desiludiu-me de vez. Com a proposta de censura por causa de um autarca de Ovar, do PSD, ter desmentido e acusado a Direcção-Geral de Saúde de desinformação, o director do jornal encrespou-se contra o mesmo e defendeu publicamente a censura porque não se deveria pôr em causa esse poder do Estado ao "pôr em causa a seriedade das autoridades de saúde".
Descobriu agora que afinal é preciso mesmo pôr em causa, sempre que merecem. Este indivíduo depois de tantos anos de jornalismo ainda não percebeu o básico e essencial da profissão: informar. Que é diverso de tentar formar de acordo com uma visão do mundo e da sociedade, obrigando-se ao exercício diário de manipular o que coloca no jornal para conformar tal visão. Tal implica a adopção de noticiar sempre de modo enviesado, através da escolha de títulos, de colaboradores e de artigos de opinião em barda que enlameiam as notícias com a visão idiossincrática de quem as escreve.
É isso que o director do Público tem feito, imitando o jornalismo de partido, grupo, facção ou ideologia. É o anti-jornalismo e a opção pela propaganda, muitas vezes ( no caso das causas, fracturantes) em modo panfletário. Miserável!
Na edição de hoje aparece com isto que o desmente e transforma em mais um palerma que anda por aí por ver andar os outros:
Na mesma edição um artigo de um especialista, um "cientista" que já andou nas inteligências artificiais e agora é da área de ficção científica. Obviamente tem carradas de razão naquilo que escreve e é um bom alerta:
Depois desta incursão na ficção científica voltemos à terra e ao mais recente caso de incompetência, diletantismo e incrível manifestação de ignorância em quem não se deveria admitir tal coisa, num caso destes que causa manifesto alarme social. Nem contar sabem, com os sistemas informatizados...
Entretanto, notícias fascinantes do mundo da Ciência, no caso da Inteligência Artificial:
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