José Miguel Júdice, o próspero advogado da firma PLMJ, é também um observador e comentador político de há décadas. Atravessou os corredores do poder, filiou-se e deixou o PPD, e entrou nos "negócios".
Lembro-me de ainda há poucos anos, precisamente em plena época cavaquista do poder político dos anos noventa, ter recuperado a sua casa de família em Coimbra, a Quinta das Lágrimas e ter dito numa entrevista de jornal que tinha gasto todo o dinheiro que tinha na obra.
Actualmente, José Miguel Júdice é um dos mais notáveis advogados da nossa pequena terra e com o proveito a condizer com a fama.
A PLMJ de Júdice e associados é uma das principais firmas de advogados portugueses, provavelmente com toda a justiça do mérito, mas com alguns aspectos que nunca ficaram esclarecidos. Por todos, o célebre caso da avença com a Parpública ( Estado=Orçamento nacional) no caso da privatização frustrada de parte da GALP, em que a firma ficou a receber uma conta calada, verdadeiramente, porque nunca se chegou a saber quanto era nem Júdice alguma vez o esclareceu cabalmente. Tal negócio com o Estado, denunciado pelo Público e por um deputado do PS no Parlamento, na altura do governo de Santana Lopes, ficou assim mesmo: em águas de bacalhau quanto a transparência exigível e imperativa.
É por isso e por outras razões extraordinário que José Miguel Júdice venha agora publicar um livro, na altura da efeméride dos 30 anos da morte de Francisco Sá-Carneiro em que aproveita para descascar o regime político que tivemos nestes últimos anos, apontando do dedo acusador da incompetência política a...Cavaco Silva. O mesmo que Júdice apoia agora para a presidência da República... veja-se lá! Uma cuspidela na sopa? E então, seria a primeira, deste advogado-símbolo da prosperidade e "pogresso" cavaquista?
E o que diz de Cavaco este corajoso e bravo Júdice que apesar disso não consegue explicar aquele assunto? Coisas simples, directas e quanto a mim, inteiramente correctas.
Júdice faz o retrato arrasador do cavaquismo e aponta algumas das razões porque estamos como estamos, na miséria. E não só económica, mas principalmente ética e que permite que haja fenómenos como o acima apontado.Lembro-me de ainda há poucos anos, precisamente em plena época cavaquista do poder político dos anos noventa, ter recuperado a sua casa de família em Coimbra, a Quinta das Lágrimas e ter dito numa entrevista de jornal que tinha gasto todo o dinheiro que tinha na obra.
Actualmente, José Miguel Júdice é um dos mais notáveis advogados da nossa pequena terra e com o proveito a condizer com a fama.
A PLMJ de Júdice e associados é uma das principais firmas de advogados portugueses, provavelmente com toda a justiça do mérito, mas com alguns aspectos que nunca ficaram esclarecidos. Por todos, o célebre caso da avença com a Parpública ( Estado=Orçamento nacional) no caso da privatização frustrada de parte da GALP, em que a firma ficou a receber uma conta calada, verdadeiramente, porque nunca se chegou a saber quanto era nem Júdice alguma vez o esclareceu cabalmente. Tal negócio com o Estado, denunciado pelo Público e por um deputado do PS no Parlamento, na altura do governo de Santana Lopes, ficou assim mesmo: em águas de bacalhau quanto a transparência exigível e imperativa.
É por isso e por outras razões extraordinário que José Miguel Júdice venha agora publicar um livro, na altura da efeméride dos 30 anos da morte de Francisco Sá-Carneiro em que aproveita para descascar o regime político que tivemos nestes últimos anos, apontando do dedo acusador da incompetência política a...Cavaco Silva. O mesmo que Júdice apoia agora para a presidência da República... veja-se lá! Uma cuspidela na sopa? E então, seria a primeira, deste advogado-símbolo da prosperidade e "pogresso" cavaquista?
E o que diz de Cavaco este corajoso e bravo Júdice que apesar disso não consegue explicar aquele assunto? Coisas simples, directas e quanto a mim, inteiramente correctas.
"O livro, que também reproduz excertos de uma conferência dada por Júdice em 1981, quando se filiou no PSD, serviu para o autor reflectir sobre "o que falhou" nas últimas três décadas. E as falhas, que provocaram a "destruição do edifício" que Sá Carneiro tinha começado a construir, não são notórias apenas nos governos de Cavaco, mas também no Bloco Central, na governação de António Guterres e de Durão Barroso.
Contudo, Júdice dedica grande parte do capítulo A herança desbaratada a Cavaco, notando que, a partir de 85, as mudanças no PSD aproximaram-no do PS e dissiparam o legado de Sá Carneiro. Ao ponto de o PSD, nos dias de hoje, se apresentar como um partido "feudalizado, com militantes criados aos milhares para as trocas políticas". "Cavaco Silva fez um partido de consumidores e abdicou da bipolarização", afirma Júdice ao PÚBLICO, qualificando ainda o Presidente como "um grande político, que não é ideólogo, e que olha para a sociedade civil com uma certa suspeição". Entre 85 e 95, com duas maiorias absolutas, o então primeiro-ministro "aumentou o peso do Estado e apresentou-se como um líder autoritário, não permitindo a libertação da sociedade civil, como Sá Carneiro sempre defendera".
Ou seja, "desperdiçou" 10 anos: "Teve poder e tinha dinheiro a rodos. Se o Estado tivesse emagrecido, se ele tivesse alterado a lei laboral e libertasse a sociedade civil, hoje estaríamos melhor." "Com Cavaco teria podido ser diferente", lê-se no final do livro. Não foi."
Contudo, Júdice dedica grande parte do capítulo A herança desbaratada a Cavaco, notando que, a partir de 85, as mudanças no PSD aproximaram-no do PS e dissiparam o legado de Sá Carneiro. Ao ponto de o PSD, nos dias de hoje, se apresentar como um partido "feudalizado, com militantes criados aos milhares para as trocas políticas". "Cavaco Silva fez um partido de consumidores e abdicou da bipolarização", afirma Júdice ao PÚBLICO, qualificando ainda o Presidente como "um grande político, que não é ideólogo, e que olha para a sociedade civil com uma certa suspeição". Entre 85 e 95, com duas maiorias absolutas, o então primeiro-ministro "aumentou o peso do Estado e apresentou-se como um líder autoritário, não permitindo a libertação da sociedade civil, como Sá Carneiro sempre defendera".
Ou seja, "desperdiçou" 10 anos: "Teve poder e tinha dinheiro a rodos. Se o Estado tivesse emagrecido, se ele tivesse alterado a lei laboral e libertasse a sociedade civil, hoje estaríamos melhor." "Com Cavaco teria podido ser diferente", lê-se no final do livro. Não foi."
5 comentários:
judice e sapatilhas andaram pelo 'ppd das 3 chaminézinhas' reduzidas a uma por causa da crise.
o homem da 'quinta das lágrimas'
anda muito lacri-mijante.
diziam na minha aldeia alentejana
«nem ladrão só,
nem puta só»
os outros são sempre culpados
Pois!!!!!!!!!!!!
Ás vezes, da-mos de comer, e mordem a mão.
Esta guerra da aventalada, ainda vai dar muito que falar!
Hoje, anda tudo muito calado com o Sr.Embaixador, passou em rodapé, como aliás passam muitas noticias importantes!
Quem não está atento...
Mas... só agora -tarde e a más horas- é que "aparece" o livro?
Porque será?!!!
(encomenda?)...
Boa pergunta Camilo!!!
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