sábado, setembro 12, 2020

A comovida de Arroios

Maria José Morgado escreveu este artigo indecente no Expresso de hoje:


Porque é que este artigo é indecente? Explico:

MJM mostra-se comovida com o arguido Rui Pinto e escreve-lhe a missiva pessoal publicamente mostrada. Promete voltar ao tema sempre estafado da corrupção quando "se sentir mais livre" porque agora está como magistrada do MºPº no STJ e não pode dizer mais.

Ora bem, digo eu.

MJM foi designada como PGD de Lisboa em 2015. O que é uma Procuradora-Geral Distrital e o que faz? Manda, dirige a estrutura do MºPº na área respectiva do distrito de Lisboa. Enquanto tal faz parte do CSMP onde se discutem assuntos de todo o MºPº.

O  "caso Rui Pinto" tem anos em cima, como se pode ler. Há anos que se sabe ser Rui Pinto um "hacker" que teve acesso de modo ilegal a documentos importantes relacionados com a alta corrupção de certos finórios do regime e instâncias adjacentes.

O que fez o MºPº particularmente o lugar que MJM ocupava? Nada, a não ser perseguir criminalmente Rui Pinto, acusando-o de crimes graves e infindáveis.

Foi preciso um movimento de solidariedade que passou ao lado, completamente, deste MºPº para se poder olhar com alguma atenção para o estatuto informal deste cuidador de coisas públicas, mormente relacionadas com a corrupção, tema sempre querido da referida comovida e que não se cansa de comentar, sempre em estilo críptico e generalista nas páginas do Expresso.

Será preciso escrever mais, explicando que esta senhora comovida nada fez quando podia e devia fazer e agora aparece assim, tão comovida e a escrever cartas abertas ao dito cujo?

Até fico indignado com este carácter porque é disso que se trata. Miserável é o termo que me ocorre.

Sem comentários:

O Público activista e relapso