sábado, setembro 12, 2020

O jornalismo da esquerda, os seus mitos e os sabidolas de sempre

A morte de Vicente Jorge Silva continua a suscitar obituários e referências esparsas que mostram bem o que era o país há cinquenta anos e como evoluiu.

Hoje no Público aparece o sabidolas de sempre que paira acima do vulgo para escrever merdas como esta, eivadas de imprecisões e manipulações de cariz ideológico ( a menção aos "Beatles, em particular" é exemplar):


Portanto, VJS é apresentado como o mentor do CF, o jornal cor de rosa de imitação estrangeira. VJS era, por isso,  o "dono" do jornal que aparentemente venderia mais de dez mil exemplares, o que é extremamente duvidoso, apesar de o verdadeiro dono ser outro.

O jornal vinha do Funchal, era publicação muito antiga  e na reencarnação do final dos anos sessenta tinha VJS como um dos "principais animadores", a par de outros.


A consulta de fac-simili publicados aqui, mostra que era um jornal de esquerda e que esta esquerda vivia das contradições que assolavam esse tempo  de Maio de 1968: a questão de classe. Ser ou não comunista era a questão...e estes exemplos são de 1973 altura em que VJS ainda nem era director do jornal. Tal só aconteceu depois de 1974 e por pouco tempo, porque o jornal foi assaltado pela extrema-esquerda como aconteceu no República no início do PREC.

Estes artigos são típicos.



Por outro lado o ambiente de intrigas entre jornalistas e facções torna-se evidente com este artigo de ataque ao jornalismo do República, também de 73:


Este CF era um viveiro destas merdices esquerdistas que o sabidolas do Público exalta como se fosse o supra-sumo do jornalismo nacional e com o timoneiro Vicente ao leme. Patético, como sempre, este tipo de escritos que mostram sempre uma ideia falsa da realidade, sempre mirolha e do lado esquerdo canhoto.

O que sucedeu ao jornal depois de 25 de Abril foi o mesmo que tinha já sucedido ao sabidolas: entregaram-se de corpo e alma penada ao esquerdismo maoista. Patético a dobrar. E não tem vergonha disto, o sabidolas. Eu metia a minha cara num saco...


Portanto este jornalismo ainda foi a "escola" de alguns formandos da nova geração que deixou de ser rasca para ser apenas o que sempre foi: ignorante.

Leia-se porque vem na última página do Público de há uns dias atrás. É de um jornalista que não foi engenheiro químico, tirou um curso de comunicação social à pressa e tornou-se sabidolas de tudo e do par de botas. Diz-me com quem aprendeste...:



Quem conheceu bem o finado foi o actual director do Sol. E escreveu este obituário muito menos encomiástico e provavelmente mais realista e verdadeiro.
VJS não merece atenção alguma especial e o melhor seria deixar estes mitos no caixote de lixo da história. Não têm valor para mais, por isto:



O Expresso também traz obituário, de outro sabidolas, um tal António Araújo. É tão sabidolas que afiança ser a tiragem muito duvidosa de 15 mil exemplares, como sendo algo representando "vendas astronómicas".


Único comentário: pobre coitado, com este recorte de um estudo sobre tal assunto:


Com isto escrito deparei com mais dois obituários no mesmo Expresso.

Um deles é do Sousa Tavares que mostra bem o que pode ser e muito pouco do que era o finado a não ser que era bem capaz da Censura que criticava ao fassismo e que afinal nem era assim tão tolerante para com as ideias alheias...


O outro é ainda mais inacreditável e insuportável, mostrando bem o que seria o ambiente fétido de uma redacção articulada com o regime ( eram visitas de Nafarros, a casa de Mário Soares e nem pudor existe em revelar tal coisa que fede a promiscuidade que até tresanda) :


Com tudo isto lembrei-me de Vasco Pulido Valente e fiquei a imaginar o obituário. Só me ocorre uma palavra para o texto que VPV se calhar nem conseguiria escrever: mediocridades.

O finado afinal era um jornalista deste calibre:


Não percebo por isso porque se perde tanta cera com este defunto.

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