sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Memórias de uma infâmia

O jornal Sol e cinco jornalistas já tinham sido absolvidos em primeira instância, do crime de violação de segredo de justiça, no caso Face Oculta. Agora foi a Relação a confirmar tal absolvição.
Ou seja, com a publicação de notícias relativas ao processo Face Oculta, inclusivé sobre o teor de escutas telefónicas nesse processo, o jornal cumpriu a sua missão de informar e em serviço público, como aliás até já fora reconhecido no processo cível em que foi paradoxalmente condenado.

Essa condenação, seguida a providências cautelares instauradas oportunamente, constituiu, a meu ver, a maior machadada na liberdade de imprensa de que há memória em Portugal. Obrigou o jornal a mudar de dono, motivando até uns apartes de um dos arguidos, autor nessas acções, no sentido de ficar com o jornal, adquirindo-o assim por tuta e meia.
Tendo em conta o que se passou, talvez tivesse sido melhor assim: entregar ao herói do dia, o despojo da sua conquista.
Veremos como se irá comportar no dia em que for sentenciado no processo Face Oculta.
Cá estaremos, se Deus quiser, para comentar.

Questuber! Mais um escândalo!