sábado, fevereiro 11, 2012

Um epitáfio para o regime que temos

Estas duas imagens de jornais de hoje conferem o nosso epitáfio colectivo em relação ao regime que temos.
Na primeira, como explica o jornal i, citando o cripto-jacobino José Adelino Maltez, mostra-se claramente o que é a crise do euro e o lugar de Portugal na Europa e particularmente perante a Alemanha: de submissão e de total perda de autonomia soberana como dantes existia. É uma imagem deprimente pelo seu significado profundo de desgraça colectiva que nos atingiu. Por dantes quero dizer antes de 25 de Abril de 1974 e é preciso debater a questão claramente. Difícil será com os media que temos, mas lá iremos porque a História é um carro alegre, cheio de um povo contente que atropela, indiferente, todo aquele que a negue, no dizer cantado de um artista brasileiro ( Milton Nascimento, no caso).

Na segunda, Vasco Pulido Valente, no Público, conta o que muita gente ( a maior parte das pessoas dos media) não entende ou prefere não entender: "O Estado falhou no essencial e foram eles que falharam". E explica: "cá dentro houve um pacto para não se falar do passado, ou seja, para nunca se apurarem as culpas do sarilho em que nos meteram."
Et pour cause, claro, uma vez que estão todos no mesmo barco da desgraça de terem sido os coveiros do país. É exactamente por isso que o actual governo não quer fazer balanços e apurar responsabilidades e a PGR também prefere nada fazer a propósito de assuntos abertamente criminais que com isso mexem, como é o caso das parcerias público-privadas renegociadas.
E no entanto, não foi o povo que votou quase às cegas nos nomes que lhe propuseram. Foram eles, aqueles nomes e não outros. E havia outros...porque o país não é apenas constituído por mentecaptos, oportunistas ou incompetentes que entendem o regime como coisa sua e lhe sugaram as entranhas enquanto dava para tal.
Alguém acredita que é um Montenegro ou um Magalhães, lá nas lojas maçónicas onde jacobinam que vão agora contribuir para salvar o país? Alguém acredita ainda neste regime que nos legaram anos a fio e nos conduziu até aqui?
Alguém acredita, como escreve VPV, que as pessoas se vão esquecer deles quando soar a hora do verdadeiro aperto, e não lhes irão pedir contas, ao emigrado de Paris e a outros? " Como se vai vendo, a vontade de as pedir aumenta dia a dia e acabará inevitavelmente por se tornar geral. "
Um recado para essa gente, portanto: ponham as barbas de molho! O epitáfio já está escrito.

Questuber! Mais um escândalo!