Em 22 de Julho de 2009, o jornal i publicou em duas páginas o essencial do caso Dias Loureiro/BPN. Não foi preciso o despacho de arquivamento agora conhecido nas transcrições adequadas à indignação hipócrita, para se saber o que pendia sobre Dias Loureiro. E foi o Sol que até aventou a hipótese de "corrupção". O mesmo Sol que agora, sob a direcção de Ramires rasga as vestes de indignação hipócrita pelo teor do despacho...que viola a presunção de inocência.
Para entender todo o contexto deste assunto, porém, é preciso ir um pouco mais atrás, cerca de dez anos antes, como mostrava o Público de 31.5.1998:
O caso Dias Loureiro/BPN começou aí e não necessariamente em modo criminal. Mas o alfobre e o adubo para o que sucedeu a seguir está aí bem explicadinho pelo comunista Carvalhas. Para alguma coisa servem os comunistas...
ADITAMENTO em 10.4.2017:
Afinal o caso não foi arquivado de vez. O Público de hoje retoma o assunto e as suspeitas do costume. Ainda por cima mete Trump o que é garantia de que tem pés para andar, esta "investigação" de Cristina Esteves.
Se calhar depois disto ainda vão escrever que as considerações no despacho de arquivamento foram "excessivas" e que portanto, arquive-se seria o verbo necessário e suficiente:
2 comentários:
os sociais-fascistas pretendem o monopólio dos cargos sociais
o mérito não lhes interessa
entraram em pânico nos governos de CS
e nunca largaram a 'berguilha' ao dito
net
A revista Sábado teve acesso ao despacho de indiciação do Ministério Público (MP) com que Sócrates foi confrontado, durante o interrogatório do passado 13 de Março.
Na sua edição desta quinta-feira, a publicação revela o conteúdo do documento com 105 páginas, onde 103 incluem os indícios de crime imputados a Sócrates que deverão ser usados contra ele, aquando da formulação da acusação.
Os procuradores Rosário Teixeira, Filipe Preces e Filipe Costa, e o inspector das Finanças Paulo Silva terão confrontado Sócrates com esses indícios, acusando-o de ter escondido “luvas” pagas pelo Grupo Lena, pelo Grupo Espírito Santo e pelos responsáveis do Empreendimento Vale do Lobo, no Algarve.
Durante um interrogatório de cinco horas e meia, Sócrates exaltou-se em muitas ocasiões, chegou a “levantar a voz” e a ser “agressivo” para com os inquiridores, negando todos os indícios, conforme relata a Sábado.
O ex-primeiro-ministro acusou os investigadores do MP de puro delírio, argumentando que as insinuações contra ele são “falsas e mentirosas”, segundo nota a publicação.
127 entregas em dinheiro
No despacho a que a Sábado teve acesso, há novos dados sobre as entregas em dinheiro que Santos Silva terá feito a Sócrates. Em vez das 40 entregas em dinheiro vivo citadas inicialmente, o MP defende agora, que foram “pelo menos” 127.
Santos Silva terá feito 127 levantamentos bancários de dinheiro vivo, num total de 993 mil euros, “todos eles ocorridos na sequência de solicitação do arguido José Sócrates e/ou realizados no interesse deste”, defende o MP.
Os investigadores notam que os levantamentos começaram em Dezembro de 2010, quando Sócrates ainda era primeiro-ministro, e que as entregas eram feitas em envelopes em quantias entre os 10 mil e os 100 mil euros.
As despesas pagas pelo amigo de Sócrates
Além disso, Santos Silva também terá pago várias despesas de Sócrates, desde viagens e férias, passando por gastos com a casa e dentistas, até obras de arte.
No despacho, enunciam-se essas despesas, sendo que algumas delas são as seguintes, segundo cita a Sábado:
– 2,8 milhões de euros na compra de apartamento em Paris;
– 480 mil euros em obras e arquitectos no apartamento em Paris;
– 428 mil euros em viagens e alojamentos;
– 334 mil euros em honorários pagos à ex-mulher Sofia Fava;
– 200 mil euros em obras de arte;
– 173 mil euros em pagamentos a João Perna, motorista de Sócrates;
– 143 mil euros em férias com a ex-namorada Fernanda Câncio em Menorca (Espanha, 2008), em Veneza (2008/2009) e em Formentera (Espanha, 2014);
– 114 mil euros em exemplares do livro “A Confiança do Mundo” que foi escrito por Sócrates;
– 98 mil euros pagos a Ana Bessa, mulher do ex-ministro Pedro Silva Pereira;
– 95 mil euros a Domingos Farinho que terá ajudado Sócrates a escrever o livro “A Confiança do Mundo”;
– 92 mil euros em mobiliário e despesas de condomínio do apartamento de Paris;
– 92 mil euros pagos a Sandra Santos, amiga de Sócrates;
– 80 mil euros pagos ao blogger António Peixoto por, alegadamente, ter defendido Sócrates na Internet;
– 58 mil euros em viagens e gastos de alojamento de Sócrates;
– 37 mil euros com o funeral do irmão de Sócrates, António Pinto de Sousa;
– 6 mil euros em consultas em dentistas de Sócrates e seus familiares;
O MP argumenta que alguns destes pagamentos foram combinados telefonicamente e com recurso a palavras em código, onde ficaria patente que o tom de Sócrates não era o de quem pedia dinheiro ao amigo, mas antes, o de quem dava ordens
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