domingo, abril 30, 2017

O jornalismo do Expresso recende a madrassa antifassista

Segundo aqui se anuncia, o Expresso escreveu sobre a visita do Papa Paulo VI, ocorrida em 13 de Maio de 1967, isto:

Salazar, em 1967, era chefe do Governo quando, pela primeira vez, um Papa visitou o país. O ditador decretou um dia de feriado nacional a 13 de maio e permitiu uma amnistia geral. Mas recusou encontrar-se com Paulo VI, depois de o Papa ter recebido, em Roma, representantes dos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas de África.

Em três parágrafos duas asneiras, para além das expressões   -"ditador", "movimentos de libertação" em si mesmo asnáticas.

Salazar, em 1967 encontrou-se com Sua Santidade o Papa Paulo VI, como se dá conta nestes recortes originais:

Segundo o Diário de Lisboa, Salazar até se comoveu com a visita do Papa. E na Flama de 19 de Maio desse ano, mostra-se uma foto que não engana: Salazar esteve na tribuna na recepção a Paulo VI. De resto a visita era de Estado [ corrijo: a visita do Papa foi como "peregrino" e não formalmente como representante do Estado do Vaticano, embora tal distinção seja algo supérflua] e por isso foi recebido pelo então presidente da República, Américo Tomás.


A outra asneira reside no facto de se dar como explicação para o fantasioso não encontro a circunstância de Paulo VI ter recebido antes, representantes dos movimentos de independência das províncias ultramarinas, por nós então chamados de terroristas e não de "libertação".

Tal facto ocorreu em 1970 e a Flama de 17 de Julho desse ano dava conta do  episódio e do modo como o Estado português e o Vaticano lidaram com o assunto delicado:


Quando os jornalistas se formam nas madrassas do ensino jacobino e anifassista é no que dá...

Questuber! Mais um escândalo!