quarta-feira, abril 05, 2017

"Para si, minha senhora": acendam as luzes!

No jornal O Diabo de ontem, um artigo de Soares Martinez sobre a Idade Média e o Iluminismo.


No Diário Popular de 27 de Setembro de 1973 uma pequena notícia sobre o modo de lidar com a pequena criminalidade. Hoje, seria impossível esta notícia...


 Na última página do jornal um anúncio a "cursos superiores de jornalismo"  na Escola Superior de Meios de Comunicação Social, pelo 3º ano. Cursos de três anos...



Diário Popular de 3.5.1973, suplemento de Quinta-Feira à tarde: os comunistas já estavam em todo o lado...



Lembrei-me disto porque andei à procura de algo assinado por Maria Antónia Palla, no suplemento literário das Quintas-Feiras desse jornal e não encontrei. Aparece lá o nome de Agustina Bessa Luís, Ruben Andresen Leitão, Manuel Poppe, J. Sarmento de Beires, João Gaspar Simões e outros, mas Palla não há. Há uma tal Renata que escreve sobre as mulheres, no suplemento "Só para si, minha senhora"...mas não deve ser essa a desdita. É certo que depois passou para o Século Ilustrado. Mas ainda assim...

Aqui ficam duas páginas da revista do Expresso desta semana que mostram o que foi a evolução iluminista da mãe do actual primeiro-ministro e o conceito que tem de separação de poderes em democracia e ainda a subida ideia de diplomacia que cultiva. Sobre José Sócrates, é um tratado que já está escrito há muito nos anais do PS.
"É que nem a PIDE fazia destas coisas", diz a senhora...


Como se pode ler, a Palla começou a escrever "na página literária do Diário Popular" ( "detido por Balsemão", segundo indica).  Ora nessa página literária, em 1971 e até 1970 nada encontrei, a não ser a tal Renata na secção "Para si, minha senhora".
Mistério.

9 comentários:

zazie disse...

Serviço Público, o do Martinez

..................

Será que a Palla aldrabou?

josé disse...

Não sei. Não aparece na "página literária" com o nome dela, em 1970 ou 71. Pelo menos nos exemplares que tenho.

Aparecem Ilse Losa e Maria Lúcia Lepecki. E outra que não fixei o nome. Palla, nada.

Tem uma reportagem sobre Raul Lino, no Século Ilustrado que conto publicar um dia destes.

zazie disse...

Que estranho...

Floribundus disse...

o monhé não consegue ir além da mentalidade do Intendente

hoje no Grão Ducado do Luxemburgo portou-se vergonhosamente sobre o presidente do Eurogrupo e levou a resposta conveniente do Alto Dirigente presente na coferência de 'imprensa'

nunca li nada da intelectual palla

adelinoferreira disse...

"A caixa dos rodovalhos"

É o nome do meu arquivo onde guardo os recortes de páginas amarelecidas pelo tempo que aqui são publicados. Daqui a uns tempo farei uma consulta e a corrida de touros a favor da fundação Salazar me fará sorrir novamente



josé disse...

Não sei se ainda irá a tempo. Burro velho não toma andadura.

Floribundus disse...

Alentejo doutras eras

'burro velho não aprende línguas'

não por ser velho,
mas porque é burro

PJMODM disse...

Numa frase todo um programa de alguém que opina sobre tudo e um par de botas e acha que sabe muito (revelando a cada passo a fragilidade da saliva com que cola ideias importadas de sítios avulsos com fontes várias do seu catecismo pagão).
«Não (...) quero (...) saber se é inocente ou culpado». De quem fala, do antigo chefe do seu partido, do homem de quem o seu filho foi n.º 2 ao qual se imputam crimes graves de corrupção e branqueamento de capitais no período em que foi primeiro-ministro do país da entrevistada. A entrevistada não quer saber se ele é inocente ou culpado pela prática dos ditos cujos crimes... Realmente uma irrelevância, até porque se o juiz aplica medidas previstas na lei (e confirmadas por todos os tribunais superiores) certamente não é por haver indícios sobre a inocência ou a culpa, mas porque «não gosta do nariz da pessoa» (será que o nariz é o único defeito que a entrevistada entrevê na dita "pessoa"?)

josé disse...

A Palla tem palas nos olhos há muitos anos que não lhe deixam ver a realidade isenta de preconceitos políticos. E fica quase tudo dito. Espero que não as tenha passado ao filho por via uterina.

A obscenidade do jornalismo televisivo