Das 5.008.652 famílias portuguesas que declararam os rendimentos anuais às Finanças em 2015, quase metade, cerca de 48%, não pagaram IRS: mais de 2,4 milhões de agregados do universo total que declarou IRS. Os restantes 52% agregados suportaram o pagamento de mais de 10.088 milhões de euros, numa receita para o Estado que representa menos 437 milhões de euros face a 2014 devido às alterações introduzidas pela reforma do IRS como a introdução do quociente familiar e o aumento dos limites das deduções à colecta em 2015.
De acordo com os dados estatísticos divulgados pela Autoridade Tributária, cujas estatísticas reportam sempre ao penúltimo ano de entrega do IRS, cerca de 48% dos agregados, ou seja, 2.415.729 famílias ficaram isentas de pagar esse imposto. Enquanto 2.592.923 agregados suportaram o pagamento do imposto em 2015, registando um decréscimo de 3,9% – menos 105.602 famílias a pagar IRS “em grande medida” explicado pelas alterações introduzidas pela Lei da Reforma do IRS como a introdução do quociente familiar, em substituição do coeficiente conjugal e ao aumento dos limites de algumas deduções à colecta.
Já a restante receita provém dos agregados com rendimentos acima de 50 mil euros. Em 2015, o imposto pago por famílias com rendimentos anuais brutos entre 100 mil e 250 mil atingiu os 4.395milhões de euros (44% do imposto liquidado. Os agregados com rendimentos superiores a 250 mil euros pagaram 471 milhões de euros de IRS.
Segundo as estatísticas da AT, entre 2014 e 2015 registou-se, em termos globais, um decréscimo de cerca de 2,23% no número de agregados que entregaram declaração.
11 comentários:
o entertainer querr acabar com os sem-abrigo nos próximos 6 anos
pelo menos 1/3 da economia privada funciona 'no paralelo'
como disse SL há compra e venda de politicos,
provavelmente mais fácil que vender hortaliça
ninguém se indignou
a classe média é na sua maior parte de dependentes do estado
a dívida aumenta
"pelo menos 1/3 da economia privada funciona 'no paralelo"
E eu a pensar que se tinha gasto dinheiro a mais em asfalto
A triste realidade e que se essa dita economia paralela pagar impostos a miseria ainda sera muito maior.
Dou o exemplo das mulheres a dias. Cobram 5 a 6 euros a hora, mas em locais do interior cobram 4 euros. Se cobrarem mais que isso, nao terao clientes. Se pagarem impostos sobre esses rendimentos, pagarao seguranca social, IRS e IVA. Os 5 a 6 euros a hora converter-se-ao em 3 euros. Perderao metade do rendimento, a troco de que?
Na Suecia ou na Dinamarca podem lidar com essa economia paralela de modo distinto pois sao paises ricos. Em Portugal tal nao e possivel. Se entrarmos numa perseguicao a feirantes, mulheres a dias, vendedores ambulantes, artesaos, trolhas, etc., a miseria do pais explodira.
Dou um exemplo. Ha uns meses fui ao mosteria de Leca do Balio falar com o paroco, e estive a espera. Estava tambem la uma senhora de aspecto humilde, que comecou a conversar comigo. Fiquei saber que estava desempregada, que tinha tido umas desavencas com a Seguranca Social e que uma "doutora" queria tirar-lhe os filhos para entragar a uma IPSS. E ela estava la para pedir ajuda ao padre. Ora fiquei a saber que tinha sido feirante. Fazia bordados em casa, e vendia em feiras. Contudo, teve de desistir. Consta que numa feira da Maia tinha de pagar 10 euros por dia. Como tinha de comprar os materiais, que estavam caros, e ainda tinha de pagar ao dia para poder vender, mais as perseguicoes dos fiscais da camara, o negocio deixou de render, e ela passou a ser dependente do Estado Social.
Portugal nao tem uma estrutura economica que permita o Estado Social que tem.
Em Inglaterra ao andar na estrada vejo porcos, ovelhas e agricultura em todo o lado. Vejo terras com cercas com centenas de porcos e de ovelhas.
Na minha zona nas aldeias criavam-se porcos, ovelhas, cabras. Nao era uma criacao moderna, produtiva, como tem os ingleses. Mas os ingleses antes de terem este tipo de producao tambem tiveram agro-pecuaria de subsistencia. Pois na minha regiao nas aldeias ja nao ha gado. Nem ha populacao nem jovens.
E este o grande drama de Portugal. O interior despovoado, sem nada produzir, e o Litoral Norte a puxar pelo pais, juntamente com o turismo do Algarve, Madeira, Lisboa e Porto, enquanto uma "corte" mama tudo o que o pais produz, que e pouco, muito pouco, face as suas capacidades.
Nos vamos falir, se nao tivermos defice zero anos a fio Portugal vai falir, e uma questao de tempo. O sistema de pensoes que temos e incomportavel, continuamos a ter um grande excesso de funcionarios publicos, os portugueses continuam a consumir excessivamente, ha um Estado Social paralelo chamado IPSSs e Fundacoes que depende praticamente na totalidade do Estado, a natalidade e suicida e a segunda ou terceira mais baixa do mundo, a emigracao de jovens e assustadora, ha uma clara falta de concorrencia em alguns sectores que sao propositademente regulados de forma perversa para favorecer interesses encostados aos principais partidos.
As pensoes precisam de um corte de pelo menos 10%. Passar a pensao media de 1300 euros para menos de 1200. Mesmo assim podera nao ser suficiente.
Enquanto o PS estiver no poder tal sera impossivel. E o PS so perdera eleicoes com uma bancarrota, tal como Socrates so perdeu com o pedido de ajuda ao FMI.
Os portugueses nao tem cultura financeira e so aprendem com a desgraca. Enquando a realidade nao surge com toda a sua brutalidade continuam a viver na ilusao do credito.
Não pagam irs ou não recebem reembolso? Gostava de saber qual a realidade, é que muitos que não recebem reembolso durante o ano pagaram irs. Ou seja pagaram adiantado.
Com mais de 50% que não "contribui" é fácil lá semear a feitura da raça mista que é em resumo: o mundo agora é um só e por nossa conta.Sabendo claro à partida que não vão pagar nada.Se fosse ao contrário.Há x para dividir e digam lá com quantos o querem fazer outro galo cantava...
Quando a coisa rebentar vai ser uma explosão à Lamego em grande ponto.
Essa "explosão" de emprego é maioritariamente o Estado e as autarquias a contratarem mais pessoal das limpezas.Ou seja devem andar a endividar-se...
Mas prontos o que interessa é termos "igualdades" desde que se nasce até que se morre...e com os únicos "espertos" a dedicarem-se ao governo estilo olhos nos olhos...
Falidos já nós estamos, Zephyrus... Se nos não emprestarem dinheiro, nem às despesas ordinárias podemos acudir...
Se não fosse o custo político de deixar cair um país da UE, creio que nos não emprestariam mais sem uma "troika" permanente ou sem um ministro das finanças plenipotenciário nomeado pelo estrangeiro.
A situação é perigosa porque, por ora, existe esse custo político, mas tudo pode mudar muito depressa. E, ao contrário da Grécia, que é efectivamente tampão militar contra a Turquia, e gasta muito dinheiro com isso, nós não temos outra relevância para quem nos vai sustentando, é bom que se note...
E ainda há quem se recuse a ver o inevitável: a união vai desagregar-se. Já era previsível, mas com o Brexit é inevitável pois os ingleses não vão descansar enquanto a não fizerem em cacos.
muita personagem quando se menciona pesquiza de nichos de mercado e gestão de armazenamento para os seus produto
respondem que a contabilidade paralela resolve tudo
em certas profissões liberais é tudo lucro
os fundos comunitários tem estórias do arco-da-velha
isto é o cu de judas
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