quarta-feira, abril 19, 2017

A nostalgia do PCP: guerra civil e luta de classes

"O PCP reafirma a solidariedade com a Revolução Bolivariana e o povo venezuelano" e mostra-se contra os ataques à "soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela", lê-se em comunicado.

Os comunistas portugueses condenam as "ameaças de intervenção militar do comando sul norte-americano, a manutenção pela Administração dos Estados Unidos da inaceitável ordem executiva de 2015 que considera a Venezuela uma 'ameaça incomum e extraordinária' e a "ingerência da OEA e do seu secretário-geral, Luis Almagro, procurando promover a ingerência externa".

A Organização de Estados Americanos (OEA) condenou esta quarta-feira a decisão do Governo venezuelano de entregar armas aos civis e pediu a Caracas que proteja o direito dos venezuelanos a defender a democracia e liberdade.
 
A oposição venezuelana anunciou para hoje uma grande manifestação de protesto, no mesmo dia em que o governo prometeu uma "marcha histórica", para assinalar o 207.º aniversário da 'revolução' de 1810, que levou à independência do país.

A intenção dos opositores do Presidente Nicolas Maduro é realizar a "mãe de todas as marchas", em todos os 24 estados do país.

Os protestos são contra a alegada ruptura constitucional e contra duas sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento, onde a oposição detém a maioria.

Antecipando o protesto dos opositores, o Presidente ordenou às (FAB) que se dispersem por todo o país e anunciou que aprovou um plano para aumentar para 500.000 os membros da Milícia Bolivariana que, armados, serão enviados "em defesa da moral, da honra, do compromisso com a pátria"
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33 comentários:

muja disse...

A hipocrisia destes artistas.

Imagine-se o que não diriam de alguém que afirmasse ser pela defesa da moral, da honra, do compromisso com a pátria... portuguesa!

Fachiiiista!

muja disse...

Comunistas - os patriotas da pátria alheia!

Unknown disse...

Ladram de longe.
Um erro colossal o 25 de Novembro não ter ido até ao fim.

josé disse...

O erro foi anterior e pertenceu à Censura do anterior regime.

O fruto proibido tornou-se mais desejado. Esse foi o erro.

Zephyrus disse...

E curioso que aqui em Inglaterra as livrarias tem em stock e bem visiveis inumeros livros sobre o comunismo. Costuma haver um conjunto de prateleiras dedicadas ao tema. Mas sao livros serios, sobre a verdade historica da porcaria. Em Portugal nao se ve nada assim nas nossas livrarias. O desconhecimento da populacao em geral sobre a verdade do comunismo e gritante. Abundam os licenciados que nada sabem sobre a Uniao Sovietica. Existe a nocao romantica da sociedade sem classes onde todos sao iguais. No nono e comum repetir-se ate a exaustao os crimes de Hitler, Franco ou Mussolini mas nada se diz sobre a China ou a Russia. O comnunismo foi a ideologia que mais mortes causou no seculo XX, que trouxe mais sofrimento e pariu os Regimes mais totalitarios do seculo passado. Mas para a larga maioria dos jovens portugueses o pior que houve foi o nazismo ou o fascismo...

Zephyrus disse...

Ate em Franca que e um pais muito mais culto o comunismo soma e segue com o Melechon quase em terceiro lugar nas sondagens, perto dos 20%. O imbecil quer taxar os ricos a 100%! Tem um programa economico que nao so tiraria a Franca do euro como estoiraria a economia do pais em tres tempos! Mas mesmo assim quase 20% do eleitorado parece acreditar na ilusao, como e possivel?

Zephyrus disse...

Os paises da America Latina so conseguem ter crescimento economico notorio e estabalidade com governos autoritarios de Direita. A Historia prova-o. Sera esse o fim da Venezuela, e tambem sera o de Portugal se a Europa nos tirar o tapete. Mas antes de virar a Direita, Portugal ainda virara primeiro muito mais a Esquerda ate chafurdar bem na m@rd@.

lusitânea disse...

Os nossos comunistas alegadamente "defensores" dos operários e camponeses só têm contribuído com a sua utopia traiçoeira para a desgraça da nação.Originaram um milhão de expulsos e confiscado em África, estão contra os Portugueses na Venezuela.E contra todos os Portugueses de Portugal por defenderem o fim das fronteiras e a divisão e nacionalização dos que cá consigam meter um pé...venham eles donde vierem...

muja disse...

O José gosta muito desse argumento, mas ele serve para qualquer proibição e é, para mim, mais como o das soluções mágicas para a guerra que todos conhecem mas ninguém revela.

Mais uma vez, a falta de censura não impediu o Maio de 68 em França. Nem a liberdade de subverter, agitar e conspirar contra a ordem pública; de apelar à deserção e à traição dos soldados ou à desobediência dos cidadãos; à queda ou à revolução do Governo e do Estado, impediria alguma coisa, antes pelo contrário.

Também não impediria nem mudaria um bocadinho que fosse o discurso do fachismo, da ditadura, da liberdade e da opressão.

Essa gente é especialista em arranjar opressão para lhe servir de pretexto à imposição da sua. Basta olhar à nossa volta hoje em dia: nunca houve tanta liberdade - libertinagem, melhor dizendo - e, porém, pululam e vicejam como nunca as organizações, associações, conjuntos e movimentos ditos anti-opressivos de todas as cores e matizes. Quem os escutar dirá que vive num mundo negro de total opressão, sob todos os aspectos.

Não sejamos ingénuos...

Nem é coerente queixarmo-nos de como é ainda possível o comunismo, e o esquerdismo em geral, convencerem alguém, quando somos os primeiros a convencer-nos de que o que eles dizem é verdade e que o dar-lhes o que pretendem e reivindicam faria, faz ou fará alguma coisa que não seja encorajá-los a pretender e reivindicar mais, a tornarem-se ainda mais ousados, exigindo o braço após a mão após o dedo até se apoderarem do corpo todo...

muja disse...

O mais provável é nem mais nem menos censura fizesse alguma diferença.

Em última análise, é da integridade dos homens que tudo depende. E os homens seriam os mesmos.

A liberdade e falta de censura impediria certos militares de se deixarem convencer ou iludir sobre o real poder que detinham face à organização clandestina comunista? Alteraria em alguma coisa as ilusões de outros em relação a essa ideologia? Faria patriotas dos traidores? Tornaria bons os homens vis?

josé disse...

"a falta de censura não impediu o Maio de 68 em França."

Bem, a França de 1968 era a de De Gaulle, um conservador no seu tempo e que foi herói da Resistência...ao nazismo e também à solução do género Geringonça.

Porém, nos anos sessenta, a Censura em França não era muito diferente da de cá, apenas com uma nuance ( et pour cause): politicamente era possível ler na imprensa relatos sobre os malefícios do comunismo sem provirem de fontes oficiais do regime. Por cá, tal não acontecia por dois motivos. O primeiro e principal era que os comunistas estavam já instalados em alguns jornais, como redactores e repórteres. Comunistas e socialistas eram a maioria dos jornalistas nessa altura de 1968, apesar de as direcções dos jornais não o serem completamente. Mas eram coniventes pela camaradagem típica. Os comunistas individualmente são pessoas de bem com quem se convive muito bem, na maior parte dos casos...

O segundo é que por causa disso, a crítica ao comunismo ficava a expensas do regime e dos seus apaniguados, incluindo na tv os que se sabia que eram próximos e defensores do mesmo regime. Por exemplo, João Coito ou António Lopes Ribeiro e outros José Hermano Saraiva.

Assim, a informação sobre os países de Leste poderia ler-se na Reader´s Digest e era abundante ( e eu lia); nalguns artigos traduzidos do francês da L´ Expresse e pouco mais, publicados no Diário Popular, por exemplo.

Quando sucedeu a invasão da Checoslováquia pelos tanques soviéticos, por cá, houve reportagem no Século Ilustrado e na Vida Mundial, por exemplo. E também nos jornais, mas neste caso tudo filtrado pela censura que autorizava as notícias oficializadas e que deixavam muito a desejar.

A tendência para capar as notícias era permanente e nisso constituía a Censura. Por isso mesmo as notícias não eram credíveis e suscitavam as reservas que depois foram fatais, em 1974.

Quem via Marcello Caetano na tv ou lia o que o mesmo escrevia dava conta perfeita do que era o regime comunista, mas a fonte de onde tal provinha retirava-lhe ipso facto a presunção e credibilidade da isenção que a imprensa livre goza.

É esta a minha interpretação.

josé disse...

A cultura portuguesa de finais dos sessenta estava já imbuída de esquerdismo, algum dele mesmo militante.

Basta ver quem eram os jornalistas e cronistas ou críticos nos principais jornais e revistas.

Praticamente eram todos opositores ao regime vigente e viviam a Censura em modo permanente de dissimulação do que escreviam, num constante jogo do gato e do rato.

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa era um dos ratos, nessa altura e fugia como podia, sendo certo que conhecia pessoalmente os que faziam a Censura.

Por isso faz agora o que faz e não admira: nunca foi de direita.

josé disse...

"A liberdade e falta de censura impediria certos militares de se deixarem convencer ou iludir sobre o real poder que detinham face à organização clandestina comunista?"

Não percebo muito bem isto, mas julgo que será útil dizer que os militares não estavam "politizados" ideologicamente, mesmo em 1974. E foram-no à pressa, precisamente por isso.

Só liam a Bola e viam a tv do regime...

Floribundus disse...

os sociais-fascistas sempre estiveram bem presentes na vida portuguesa desde os anos 40

prometiam o paraíso que nunca tivemos
nem iremos ter

as sereias, desde Homero, sempre encantaram os navegantes
com excapção de Ulisses-Odisseus

cada povo tem a merda que merece

já temos sarampo
mas não se fala da hepatite A dos paneleiros

as elites vivem sempre das sobras dos bimbos ricos ou do estado

joserui disse...

José eu por acaso considero que essa do fruto proibido é apenas residualmente verdade e em retrospectiva. A Zita Seabra também falou nisso, que neste país nem se podia ler nem nada. A ela só lhe deu para ler livros proibidos pelos vistos. E a censura era tanta que fiquei a saber que a Unicep já existia antes do 25A — que eu saiba sempre foi um ninho de comunas, julgo que foi lá que comprei livros de cálculo e física russos, da editora Mir.
Normalmente na estupidez, as razões surgem por si… se era proibido liam e tornaram-se comunistas, se não era liam e tornavam-se comunistas… não lhes dava para ler outro tipo de livros, por exemplo os que já na altura denunciavam a verdade do comunismo.

josé disse...

A ver se me faço entender:

A proibição de algo, por exemplo sobre a verdadeira essência e realidade do comunismo suscita curiosidade. Como em Portugal suscitava.

O PCP da clandestinidade não era constituído por monstros, apesar de alguns saberem que nos anos trinta houve canibalismo na Ucrânia por causa de Estaline e a fome, o Holodomor. Os comunistas da estirpe de um Cunhal e de um Francisco Rodrigues que esteve lá, em Moscovo nesse preciso tempo, sabiam isso muito bem ou eram estúpidos que nem portas.

O PCP da clandestinidade e o de agora acha que a teoria marxista-leninista sobre a História e sobre a organização político-económica será a verdadeira expressão da democracia porque eliminaria a exploração do Homem pelo Homem e estabeleceria as bases para uma fraternidade universal e uma paz perpetua, na medida em que se iria buscar de cada um segundo as suas possibilidades para dar a outrém segundo as suas necessidades.

Esta teoria geral finca-lhes uma superioridade moral porque as demais ideologias não têm essa pretensão totalitária ao Bem e à Felicidade na terra.

A generalidade das pessoas quando lhes contam estas balelas acreditam piamente porque é demasiado bom para acharem que será mentira e como a propaganda lhes dizia que assim era, contradizendo precisamente os inimigos dessa concepção, acreditaram nisso e acreditam.

É tudo uma questão de fé, portanto.

A ideia do fruto proibido é uma explicação para o fenómeno da atracção psicológica que as ideias exercem sobre as pessoas quando se apresentam de feição e permitem acreditar nelas.

Se a par disso for diabolizado quem as renega como malfazejas para a Humanidade, mostrando que afinal o Bem é Mal e o Mal é Bem, temos meio caminho andado para que o comunismo exerça fascínio garantido em certas mentes propícias.

Afinal, defender os pobres e os explorados...quem será capaz de não o fazer, sem ser vilipendiado por isso?

muja disse...

Bom, mas se vamos por aí, então podemos dizer que isso é consequência da tara da igualdade. Ou, melhor dizendo, da ideia - errada, porquanto contraditória e absurda - que é o liberalismo enquanto política ou ideia, ideal ou doutrina política; ou seja, enquanto concepção da Autoridade.

E, nesse sentido, os comunistas são coerentes: a democracia, liberal, é um passo para o comunismo - "verdadeira" democracia.

Porque, sendo o liberalismo a política que tem como objectivo, ou um dos objectivos, a máxima liberdade política individual, é fatal que engendre o igualitarismo - a noção da igualdade intrínseca, ou absoluta, dos homens.

Mas como os homens não são, na realidade, iguais, a não ser em relação a outra coisa fora deles próprios - Deus, Lei, etc -, o igualitarismo engendra forçosamente a criação de um super-homem, que é igual entre os seus pares - em relação a outra coisa, nomeadamente, o infra ou sub-homem que é o objecto da desigualdade impossível de eliminar na prática. Varre-se a desigualdade para o sub-homem para garantir a igualdade ao super-homem.

Depois o critério que na prática define o super-homem pode variar: aleatório ou económico, no caso das democracias liberais; político e económico no caso dos comunismos; ou racial ou etno-folclórico no caso do nazismo. A contradição, porém, persiste sempre: a procura da máxima igualdade política - entre os super-homens a expensas dos sub-homens.

Tipicamente o que acontece depois é evoluir o critério - o liberalismo, propriamente dito - no sentido de conter os efeitos deletérios das suas contradições internas, em particular, da violência que fatalmente engendra contra o infra-homem.

Da violência financeira e social da democracia liberal sai o comunismo, ao comunismo reage o fascismo ou o nazismo, a estes aniquila-os a democracia liberal renovada, e por aí em diante, nas mais das vezes aproveitando-se o super-homem do liberalismo precedente para servir de infra-homem do sucessor.

Em cada iteração do ciclo redobra (para usar um eufemismo) a violência. Basta ver, com olhos de ver, que a violência que os Aliados empregaram para destruir os nazis, ultrapassou, em várias ordens de magnitude, a que estes empregaram para destruírem os seus respectivos sub-homens.

Porém, a contradição permanece sempre. Pois se a Autoridade é a capacidade moral de compelir quem lhe esteja sujeito a escolher uma coisa em detrimento da outra; e, se Governar é, por definição, discriminar em função de uma concepção particular do que é Bom, com base numa Autoridade, então torna-se evidente que uma doutrina política cujo objectivo seja evitar ou minimizar toda a discriminação propriamente dita, tem forçosamente de ser disfuncional, irrealista e contraditória, pois se nega a si própria em princípio, e com a agravante da esquizofrenia, pois se vê forçada a praticar o contrário do que preconiza principalmente, para poder subsistir no real.

joserui disse...

Eu não digo que o fruto proibido não suscite curiosidade, mas quantos nazis se formaram na Alemanha e Áustria pelo A Minha Luta ser um livro proibido? No caso dos comunistas portugueses, explica uma ínfima parte. E a Zita Seabra ainda diz uma coisa evidente, mas interessante: Que nem ela, nem Cunhal eram filhos do proletariado. No fundo eram uns privilegiados
e deu-lhes para a fé comunista.
A Igreja também tem uma doutrina de defesa dos fracos e oprimidos, já cá anda há 2.000 anos e os comunas acabados de chegar já lhe são moralmente superiores. Aliás a do ópio do povo é conhecida.
O que me intriga é que a fé continue a atrair jovens, aparentemente cultos. Aliás a cultura é um must da esquerda, infelizmente. Mas sobre isso tenho para mim há anos que a culpa é da direita bronca.
Hoje passou-me pelos olhos uma tal de "CULTRA - Cooperativa Cultura Trabalho e Socialismo" de Lisboa (continua um bom ninho, a capital)… Não há na direita nem pouco mais ou menos, a capacidade de infiltração que os comunistas têm.
Muja, acabei por me perder algures :) .

zazie disse...

Não foi os que se formaram mas o magote que apoiou. Foi a esquerda portuguesa e isso foi demasiada gente sem contraditório.

A pergunta é outra- a probição facilitava o contraditório que não fosse governamental ou criou mártires e vítimas.

As vítimas+por Bem +pelos coitadinhos.

O José explicou bem: «Afinal, defender os pobres e os explorados...quem será capaz de não o fazer, sem ser vilipendiado por isso?»

zazie disse...

Não há direita porque ela não se massificou. Porque ser perseguido fala mais alto que estar do lado dos qye perseguem e encareram.

Os media trataram do resto e até as modas hippies e pops vindas de fora eram de esquerda. Não era só o Maio de 68 que por cá passou ao lado. Foi a música da guerra do Vietnam.

Só que nos outros locais havia isso e mil e uma coisas pelo meio. E críticas sem serem propaganda governamental. Por cá faltou todo esse campo intermédio. Foi tudo tomado até mais pela extrema-esquerda que pelo PCP.

zazie disse...

A "cultura" atrai a esquerda por causa dos financiamentos estatais. Tão simples quanto isto.

A esquerda deixou o anarquismo há muito. Vive pendurada no Estado.

muja disse...

Mas onde é que há direita seja onde for?

A única coisa que distingue a dita direita são certas medidas económicas que se pautam sempre pela mesma bitola: na dúvida, favorecer as multinacionais, mercado livre a qualquer custo, destruir o que resta da previdência social.

Resumindo, mundialismo.

No resto são iguais à esquerda, em particular no "societal" do mundo às avessas.

Aliás, a esquerda dita liberal está a adoptar essa doutrina económica.

É globalismo integral.

muja disse...

Porque os comunas podem ser muito maus, mas substituí-los por um boneco ao estilo Macron, como alguém referiu noutro comentário, é pior a emenda que o soneto.

muja disse...

De resto é o que eu digo acima: querelas entre liberais:

- O meu super-homem maçónico-burguês é que é verdadeiramente igual!
- Não, senhor! O meu homem novo comunista é que é o mais igual de todos!

muja disse...

Já agora, o terrorista do atentado de ontem em Paris esqueceu-se de um documento identificador no veículo.

Qual era a explicação que circulou por aqui há tempos? Nervosismo? Para o caso de serem parados pela polícia? Tendo em conta que desta vez foram eles que pararam a polícia, se calhar deve haver outra explicação... digo eu, que sou maluco das conspirações...

Acho que não me lembro do último atentado, particularmente em França, sem que o, ou os facínoras se tenham "esquecido" de um documento.

Quantos serão precisos para se poder afirmar o óbvio: que os documentos são lá deixados propositadamente?

muja disse...

Aliás, deve haver um curso de terrorista lá algures porque parecem tirados a papel químico: incluindo o aspecto de serem todos conhecidos da PIDE/DGS francesa e terem ficha S - ou seja, sujeitos a vigilância.

josé disse...

A direita não se massificou porque lhe faltou e falta o húmus ideológico bem definido.
Há ainda carência acentuada de líderes ideológicos com autoridade suficiente, no país.

Um Pedro Soares Martinez, evidentemente um líder desse género nem sequer é lido para além do que publica no O Diabo, nem citado por niguém. Aliás, é um fascista, para a generalidade da komentadoria residente, o que dá bem a noção do tal húmus cultural que aduba a sociedade portuguesa.

O hibridismo das soluções económicas, num país pobre, dependente de muito Estado e condicionado na cultura de massas pela sobrevivência dos media, ajuda a essa desgraça.

O Expresso reflecte uma cultura esquerdista porque sempre assim foi, apesar de ter sido um rebento de uma primavera marcelista que não era de esquerda essencialmente.

joserui disse...

Pode ser que me engane, mas o Pedro Soares Martinez intitula-se ele próprio como fascista. Acho que é caso único.
Esqueci-me de perguntar uma daquelas "jurídicas" que me fez lembrar a das enfermeiras que não podiam casar. Eu não dou valor a estes "fun facts" porque os considero um reflexo da época. Mas, diz a Zita Seabra que nas idas ao Corte Inglès de Vigo, a mãe tinha de ir ao notário para tratar da autorização do marido — e claro, ela como comunista, lutou contra isso e blá, blá… Isso era assim e durou até ao 25 de Abril?

joserui disse...

O problema não é só ter-se massificado ou não… o fim da segunda guerra, tornou muito difícil ou impossível a existência de direita. Hollywood fez o resto.
A direita que singrou foi a do capital, do darwinismo social, do mercado, sem valores, bronca, anti-ambiental, anti-cultura, anti-ciência… Isso para mim não é direita nenhuma. Só é direita porque a esquerda precisa de alguma coisa daquele lado.

zazie disse...

Autorização do marido para ir aos caramelos?

Está maluca a mulher. Treta.

josé disse...

Nunca vi o Pedro Soares Martinez intitular-se fascista. Talvez monárquico ou avesso à democracia.
E é católico, parece-me. O que exclui essa tal faceta fascista.

joserui disse...

Devo ter isso algures… mas sei lá onde! É literatura underground subversiva :) .
A mulher está maluca Zazie, mas quatro luminárias no programa e aposto que nenhum pestanejou sequer (não vi, só ouvi). Pode-se dizer tudo sobre o Estado Novo, que se for mau, é verdade.
Mas gostava de ter a certeza.

joserui disse...

Entretanto, na Venezuela, mais uma vez as belezas do socialismo (The Atlantic).

O Público activista e relapso