De um jornal regional de ontem, uma pequena história acerca de métodos de disciplina no Ensino, pouco tempo antes de 25 de Abril de 1974.
O estabelecimento em causa era uma Escola Comercial e Industrial e o director que relata a história é artista plástico e começou a trabalhar no ensino no Alentejo, sendo colega de Júlio Resende, entre outros.
O episódio terá ocorrido em período de aulas nocturnas, para "estudantes-trabalhadores", como dantes se dizia...e o episódio seria completamente impossível, hoje em dia. Dá para meditar no que se transformou a sociedade e pensar qual seria melhor.
20 comentários:
Se fosse hoje a professora tinha de lhes pedir desculpa por só ter dado para os joelhos e pernas. E teria obviamente de preencher inúmeros formulários. E director se não se pusesse a pau ainda apanhava no focinho de algum pai mais exaltado.
actualmente os índios filhos e pais batem na professora
Blog Desvio Colossal
sabia que peso do BCE nos fluxos de financiamento brutos do Estado era considerável, mas confesso que não tinha bem noção das proporções. Em 2016, por exemplo, foi o sector que mais dívida pública adquiriu – mais de 10 mil milhões de euros.
Tão ou mais curioso é o comportamento do sector externo e do sistema financeiro nacional. Os bancos portugueses, que tinham vindo a reduzir a exposição ao sector público desde 2013, fizeram inversão de marcha em 2016. E o ‘exterior’ (investidores estrangeiros) fez o percurso inverso: aumentou a exposição em 2014/2016 e desatou a vender títulos em 2016. Alguma história para dar sentido a este conjunto?
É complicado.
Quando fui para o 7º ano calhei numa turma terrível. Tinha 5´s a tudo e fui destruído.
Os pais não tinham noção. Pensando nisso...
De quem é a culpa?
Da escola?
Do professor , que não tinha autoridade?
Como se destrói assim uma vida?
Lembrei....
Foi escolha a dedo, por razões sócio-económicas. Vai-se lá saber nessa idade...
...
Nem só, tem muitos professores que são fracos por natureza, não conseguem impor autoridade. Não é preciso cachaços. Tinha professores, mesmo nessa turma, que bastava o olhar. Ninguém piava.
São necessários exames psicológicos e avaliação de personalidade, não basta o curso. Não se pode colocar "bananas" a dar aulas. Um banana é gozado por qualquer tipo de "puto".
Disto que ninguém fala...
Eu conheço o caso concreto da crónica porque me foi contado na altura, aí por 1972, por amigos meus que andavam nessa escola.
Não era caso único e a professora em causa, em horário nocturno, era ainda nova e jeitosa. Também a conheço.
O que acontecia, porém, era a rebeldia da época, da malta estudante que também trabalhava. Se fossem alunos diurnos, tal era impensável, acho.
No entanto, os cachaços são um eufemismo porque o director em causa, a quem chamavam "garrafão" por ser muito baixinho, era dos duros e não ficava pelos cachaços.
Também julgo que a violência física não é meio para resolver estas questões, mas dantes era assim.
E resultava, muitas vezes.
Resulta sim. Mas uma boa personalidade evita logo à partida tudo isso.
Ontem e hoje.
Ser professor, exige-se muito mais que o conhecimento das matérias.
É necessário vida.
Andei numa escola industrial e comercial e aprendi. Dadas as voltas da vida, fui obrigado a lembrar e aprender mais qualquer coisa. Nesses tempos a disciplina era intuitiva, bastava a presença. A educação vinha de casa. Havia respeito, o ensino era de qualidade e aprendia-se a trabalhar. Deve vez em quando, levava uns calduços, como qualquer adolescente, tinha a mania que era atrevido.
Quase cinquenta anos depois, agradeço esses calduços, fizeram-me bem.
Creio que hoje os professores, tanto podem dar aulas, como trabalhar num lagar de azeite, e os centros de formação, substituíram o estado na escola profissional, de onde muitos saem sem saber fazer nada.
Não tem problema, o estado deve ter um subsidio qualquer e o resultado está á vista.
a rebaldaria ou bandalheira começa nos partidos de esquerda,
passa pela geringonça,
pelos funcionários públicos
lamento não poder reproduzir um cartoon
uma árvore com ramos em pirâmide
o dirgente cimeiro defeca nos do ramo inferior e assim até aos contribuintes
a democracia descendente de esquerda recebe a designação de ditadura
prefira a directa em substituição da representativa
porque não precisa de votos partidários
no ensino actual o prof entra na jaula dos tigres sem chicote e perde 80% de tempo a mandar calar e por fora da sala
felismente para ela a minha 2ª mulher é dura de roer
e já receou levar na tromba
José,
http://observador.pt/opiniao/ser-liberal-em-portugal/
Vivendi:
Já li ambos os artigos ( do Alberto Gonçalves e do Vítor Cunha). Sabem-me a pouco.
A insistência de ambos no aspecto "liberal", na palavra em si, é motivo de reticências.
Gostaria de elaborar um pouco mais mas preciso de pensar.
Se chegar a alguma conclusão escreverei.
No entanto, o segredo para a compreensão do que somos está no passado. E parece-me que nem um nem outro querem perceber esse passado.
É pena.
Ainda só li o do AG (o do Vitor Cunha li o da semana passada e estava com piada) e o artigo é ideológico.
Não faço a menor ideia em que se pode traduzir este chavão: "aos portugueses falta-lhes liberalismo" e ele diz isto como se fosse uma coisa que se podia adquirir indo à missa ou comprando na farmácia.
E falta para quê? para se ser feliz?
E aos portgueses falta essa coisa de "liberalismo, por causa do Salazar, que também não lhes dava a poção mágica liberal?
Que raio de treta. Esta malta tem um grande problema geracional- acham que o mundo começou com o "Liberalismo" (estrangeiro, imagino, porque do tricolor que tivemos no passado nem tocam) e Portugal no dia em que nasceram.
O VC tem piada quando vira de pernas para o ar toda aquela deferência pelas causas e pelo politicamente correcto. E não é jacobino.
Vou ver se escreveu mais alguma coisa hoje.
Em relação ao artigo, a questão não é o cachaço que não se dá. É darem dantes e os alunos deixarem sem lhes enfiarem uma faca na barriga, como já fazem em Inglaterra.
O que mudou não precisa de se ver nas salas de aula. Vê-se naquilo que mais me encanita e acerca do qual não vejo grande indignação nem preocupação em travar por lei- a porcaria dos riscos nas paredes em tudo quanto é sítio.
Esse vandalismo é que é viral e incentivado até por Câmaras e palhaços de esquerda. Tolerar isso é estar a criar marginais sem terem sequer essa noção.
Nos dias de hoje já se vê como é: temos «diretores», «interrutores», e a «luz eléctrica» reluz como erro de ortografia. De boçalidade e reitores desagravando a honra está tudo dito.
Cumpts.
"Interrutores" mete impressão. Esta porcaria do dito acordo, não se limita a alterar a grafia- altera a forma como se dizem as palavras; inventa até palavras. Eu não sei o que é um "interrutor".
E depois ainda têm a lata de argumentar que foi feito para se escrever como se fala.
"No entanto, o segredo para a compreensão do que somos está no passado. E parece-me que nem um nem outro querem perceber esse passado.
É pena."
http://o-tradicionalista.blogspot.pt/2017/04/os-homens-que-marcam-os-seculos-sao.html
Ainda sobre a tertúlia:
https://medium.com/@joopereiradasilva/conformismo-socialismo-conservadorismo-e-liberalismo-990e2539f79a
"O segredo para a compreensão do que somos está no passado."
Talvez haja aqui uma nuance pois o passado, o nosso passado, explica o que poderíamos ser, o que somos compreende-se pelo que desgraçadamente fazemos no presente.
Por lapso ficou curto o Jesus. É Luís Palma de Jesus
Bate certo. Do que fomos e somos...
Nos 40 anos do 28 de Maio o embaixador Franco Nogueira resume o que Salazar disse do passado: «Não só a a administração era vítima da política» como entre a política e o agregado nacional se criou um fosso que tornava inoperante a governação quanto a outro grandes interesses nacionais. Deste modo, «até a Nação seria abandonada ao seu próprio envilecimento, senao entregue a factores que trabalhariam na sua desintegração».
E explica melhor:
Convém meditar e sublinhar esta frase crucial de Salazar, que envolve este conceito profundo: quando em Portugal o Estado é fraco, e há carência de autoridade, a Nação «envilece», e Portugal, que é fragil, fica então à mercê de factores, internos e externos, que querem a sua desintegração e nesse objectivo trabalham logo activamente.
(Salazar, vol. VI, O Último Combate (1964-70), Civilização, Porto, 1985, p. 184.)
Camões compôs doutro modo: «o fraco rei faz fraca a forte gente».
Não será por falta de diagnóstico que que chafurdamos na «apagada e vil tristeza».
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