terça-feira, julho 07, 2020

Filão Sócrates: a EDP veio no pacote.

Em tempos que já lá vão e em que a TVI ainda não tinha lá o pau-mandado que ficou até um dia destes, publiquei um postal que referia uma reportagem de uma equipa que entretanto saiu da estação.

Foi em 8 de Novembro de 2014:

 Ainda a propósito da passagem de testemunho do jornalista José Alberto de Carvalho para o jornalistazinho Sérgio Figueiredo será bom recordar coisas antigas e que mostram o lodo em que nos encontramos na informação e não só.
Em tempos ainda não muito recuados, no ano de 2012, a TVI, pela mão do repórter Carlos Enes, entretanto saído da estação de tv, transmitiu esta reportagem, hoje virtualmente impossível sobre as barragens.



O tema, muito simples, resumia-se a uma pergunta ainda mais simples: porque é a electricidade tão cara? E dizia-se:
"Portugal vai fazer 9 barragens novas, que vão gastar mais electricidade do que produzir. Quem vai pagar são os consumidores, nas facturas. Saiba porque a electricidade é tão cara, no Repórter TVI. «Facturas de Betão» é uma Grande Reportagem do jornalista Carlos Enes, com imagem de Carlos Carvalho e montagem de Miguel Freitas."


 Em complemento informativo sobre o petit journaliste, tornado funcionário da Fundação EDP, na secção de Produção.
A TVI é do grupo Prisa do célebre conde Amaral, onde estagia também, na Administração, uma certa Rosa Cullell.

Esta doña Rosa é nada mais nada menos que administradora de uma outra empresa que a EDP conhece muito bem. De facto, em 2013 comprou parte do capital: a Hidroeléctrica Del Cantábrico S.A. (“HC”).
 Doña Rosa Cullell é naturalmente "consejera" de tal empresa desde 1999.

A TVI está para a EDP como o BES para a PT, neste aspecto.
O que é que o petit-journaliste vai fazer? A vontade de quem manda...

O assunto tinha ver com outra reportagem, já de 2012 do mesmo jornalista- Carlos Enes, entretanto saído da TVI- sobre a EDP e as barragens fantásticas e as rendas ainda mais mirabolantes...



Depois disto tudo e desta pouca-vergonha que muitos já esqueceram, mas o Ministério Público ainda lembra para o tribunal analisar e decidir em conformidade, podemos ver esta falta de pudor de um advogado do escritório de Vieira de Almeida ( mas o advogado Magalhães e Silva, da mesma estirpe, defendeu na Tv a mesmíssima coisa há bocado... e até alvitrou que o mal reside no TCIC e no facto de haver só um juiz, veja-se o topete!) :

Sem comentários:

A obscenidade do jornalismo televisivo