Este entrevistado é o bobo dessa corte, mas ao contrário do que diz na entrevista não afronta tal corte, nunca afrontou e o seu humor idiossincrático fica pelas franjas do politicamente correcto e é precisamente o contrário do que pretende fazer crer.
A "corte" a que se refere o palhaço é apenas um ersatz, um artifício para se dar ares e a expressão de que " o nosso tema são as pessoas que têm poder" é mesmo humorística, involuntariamente. Diz que tal "dessacraliza o poder", outra ridicularia. E ainda mais: "que é próprio da democracia que as pessoas se possam rir dos seus dirigentes e que o poder seja dessacralizado". Isto dito por um indivíduo que se pretende votante no PCP do qual já foi simpatizante ou militante de juventude é isso mesmo: ridículo, mas de riso amarelo e sem graça.
A sobrevivência deste palhaço e a sua conservação de estatuto de "rico", real e tangível, apenas seria possível deste modo: fazer de conta que afronta os poderes quando apenas pretende afrontar quem verdadeiramente afronta os poderes que existem, para sua própria protecção e interesse.
Não tenho respeito algum por falsos palhaços e por bobos que são hipócritas, como este.
Raras vezes me ri com este desgraçado e se lhe reconheço algum valor ( se não nem estaria aqui a dar pontapés neste tipo de cães do regime) é para denunciar a extrema hipocrisia que exala em piadas porcas, indecentes, pelo conteúdo correcto para com os diversos poderes "democráticos" que afinal respeita e nunca afronta nas entrevistas, confessadamente.
Prefiro mil vezes um Hermann José, com todos os defeitos que tem, a este palerma e por uma razão que é simples de explicar: este bobo parece-me apenas mais um cabrão arrogante de merda, para o insultar em retórica. A arrogância é a característica distintiva mais clara e notória deste indivíduo que se reflecte na expressão pretensamente humorística e de trocadilhos besuntados que exibe.
Hermann José aprendeu desde muito novo uma humildade que se transmite e lhe dá humanidade e por vezes graça. É um egocêntrico, mas genial no modo como improvisa, inventa e até inova, no nosso pequeno meio do circo mediático.
Este é apenas mais um filho da puta, na acepção que lhe deu Alberto Pimenta. Precisava de uma lição de vida para lhe tirar a arrogância e lhe devolver alguma humanidade. Se é que a tem.
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