domingo, março 28, 2021

Mais uma entrevista do juiz da ASJP

 O juiz Manuel Soares, presidente da ASJP, "dá" uma entrevista ao Jornal de Notícias de hoje em que fala de dois assuntos que merecem comentário. 





O primeiro diz respeito ao TCIC. Manuel Soares continua na mesma posição: os dois juízes que lá estão- Carlos Alexandre e Ivo Rosa- não asseguram a boa imagem da justiça ( não vejo outra razão para o acirrado entendimento que me parece algo esdrúxulo) e por isso confia que o Governo vai resolver o problema. Como? Colocando lá mais juízes ( mesmo que não sejam precisos para nada senão isso...) Enfim já nem comento mais porque é fastidioso repetir argumentos que nada valem perante a obstinação irracionalmente jurídica sobre tal assunto.

O segundo diz respeito ao juiz de Odemira que foi suspenso pelo CSM. Manuel Soares acha que o CSM neste caso andou bem. 

Não sei se andou bem e até me parece que andou mal, por razões de prudência institucional. Portanto era escusado comentar e não devia pronunciar-se na qualidade de sindicalista. De quê, afinal? 

De resto quanto à questão de fundo, ou seja que um juiz pode exprimir opiniões pessoais sem que tal lhe acarrete processos disciplinares, estou de acordo. 

Tal como estou de acordo em que um juiz não deve armar-se em activista seja do que for, tal como este o fez, organizando grupos de acção contra isto ou aquilo. 

E se o fizer deve arcar com a responsabilidade e consequência. Se foi por isso que o CSM actuou, compreendo e não critico a não ser a suspensão a reboque das notícias. Se foi por causa da pressa em responder ao cerco mediático fez muito mal e provocou mais danos à imagem da Justiça do que a que pretendia preservar com tal actuação. 

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O Público activista e relapso