Para que isto noticiado pela Sábado de hoje tenha acontecido, foi preciso haver contactos pessoais, por telefone e por mensagem. Foi preciso que quem teve o poder de contratar em nome da instituição o fizesse, seguindo procedimentos adequados, mormente escritos e por apreciações curriculares por uma ou várias pessoas.
Há portanto pessoas que saberão como foi que isto sucedeu e quem disse o quê, a quem e onde e como é que esta coincidência de nomes de pessoas gradas a um partido foram contratadas para trabalhar onde trabalham.
De resto, a arqueologia da investigação de tráfico de influências é sempre um deserto de esqueletos em armários esquecidos.
É por isso que somos um país em que a corrupção é difusa e em que os seus lutadores mais proeminentes, de todos conhecidos, podem falar de cátedra sem se envolverem demasiado em casos concretos, resultando os seus discursos moralistas em nada de nada com uma mão cheia de coisa nenhuma.
Afinal estes casos tiveram a transparência derivada em muitos casos de "admissão que teve como critério a avaliação curricular e o perfil para um trabalho de contacto directo com os cidadãos e as estruturas do poder da cidade". Perfeito!
Por isto e pelo mais que anda associado e tem precisamente a mesma matriz, somos o que somos, sem pudor e sem vergonha.
Podem vir as leis que quiserem de enriquecimento ilícito que este tipo de esquemas não precisa delas para nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário