domingo, março 14, 2021

O comunismo descobriu o anti-colonialismo nos anos sessenta...

 Este artigo de Manuel Loff, no Público de hoje é uma ignomínia do princípio ao fim e por isso só ponho as duas primeiras páginas. 

É exemplar do modo como os comunistas encaram o patriotismo: sempre do lado da ideologia e subsidiário desta.  No caso o desgraçado até compara o caso de Angola com o da Argélia, como se fosse vinho da mesma pipa colonialista. 

É o que se chama um artigo merdoso porque é sujo e cheira mal. 



A ideia é muito simples e é sempre a mesma: o Portugal colonial do tempo do fassismo cometeu crimes de guerra na ofensiva contra os movimentos de libertação das colónias, verdadeiros heróis e vítimas da opressão colonialista operada por Portugal relativamente a Angola e às suas colónias em África. 

Vai buscar argumentos ao cu de judas, para justificar que em Portugal há má consciência porque nem se fala nos crimes de guerra nem sequer na guerra que foi colonial. 

E este salafrário quer desenterrar a memória de crimes de guerra cometidos pelos portugueses nessa guerra colonial, sem mais nem aquelas. Os portugueses colonialistas durante a guerra praticaram actos de matança de guerrilheiros que os matariam a eles, se pudessem; que incendiariam as suas casas se pudessem e que eliminariam todos os portugueses colonialistas se pudessem e o Loff aplaudiria, sem rebuço e até lhes poria medalhas ao peito, a tais heróis, sendo apesar de tudo português e da família dos colonialistas. 

Quem começou a guerrilha, quem incentivou a guerrilha, quem alimentou a guerrilha e quem beneficiou com a guerrilha não lhe interessa para nada. Apenas o incomoda que não se fale nos crimes de guerra, na violência colonial contra os movimentos de libertação, por sinal comunistas, como ele. 

Ora...isto merece sequer ser considerado como sério e de um indivíduo que se considera historiador ( é assim que assina o artigo por ter licenciatura a preceito)  e muito lá da casa deste Público do Carvalho?!

Até compara Angola com a Argélia para dizer que fomos uma das "metrópoles coloniais que se envolveram em guerras de resistência dos povos colonizados", ou seja, resistimos de modo violento à legitimidade de independência manifestada pelos partidários de movimentos políticos de povos colonizados.

 Nós portugueses, parte ilegítima e eles, povos já com independência na lapela nativa e ideológica, com toda a legitimidade para guerrear e fazer o que quisessem, massacrar, bombardear, sabotar, etc., numa guerra sui generis em que apenas uma parte tem direito ao uso da violência sem reprimenda política ou ideológica que se possa equacionar sequer. 

Por sinal,  essa parte e esses movimentos políticos eram tributários de ideologias comunistas, as mesmas que o tal Loff defendia e defende, ainda hoje para o nosso país. Em boa lógica, se um partido ou movimento de cá entender, como aliás entendia a ARA ou as FP25, usar os mesmos esquemas de guerra ao poder fassista ou cripto-fassista está legitimado ipso facto, como aliás esteve, por este mesmíssimo Loff e voltaria a estar se os tempos fossem de feição.

Como não são, limita-se a topar estas questões para minar e armadilhar ideologicamente qualquer discussão sobre o tema, esquecendo tudo o resto. 

É este o argumento central deste "historiador" de pacotilha a quem advêm teses deste tipo de mijo ideológico. 

Para se ver a categoria intelectual do artista basta ir à Wiki, sem necessidade alguma de frequentar cursos de universidade ideologicamente paralela neste comprometimento e saber o que foi o colonialismo francês e o que foi a nossa gesta no Ultramar e se afinal será comparável para tais efeitos. 

Sobre a Argélia e o colonialismo francês, poucas linhas bastam para arrasar este tipo de reescrita da história.  



Esta História aliás é de concepção recente e foi aprendida toda nos anos sessenta durante a ofensiva ideológica do comunismo de interesses e que se constituiu verdadeiramente como a metrópole dessas colónias  da mentalidade totalitária, numa invenção conceptual que ficou conhecida como terceiro-mundismo, ou seja, um comunismo de cor à la carte. 
O que se passou em Angola depois de os portugueses  que lá estavam terem regressado com uma mão atrás e outra à frente é exemplar da violência deste pensamento esquerdista dos Loffs e quejandos. Essa é que seria a indagação e sindicância a fazer para ver se eram corridos do espaço mediático para sempre, como já deveria ter acontecido há muito. Para se compararem as violências do comunismo real com as do fassismo colonialista português e se chegar a alguma conclusão que parece aliás evidente. 

Sobre Angola e os portugueses que lá foram, lá ficaram e de lá voltaram a toque de caixa por causa da ideologia comunista dos muitos Loffs patriotas como só eles sabem ser: 





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