Manuel Pina, o cronista que escreve no Jornal de Notícias há vários anos e que aí foi jornalista e segundo se consta fazia títulos de primeira página, na época em que o jornal não não tinha sido comprado pelo investidor Oliveira que fez fortuna com o futebol, é entrevistado hoje no i.
Na parte transcrita, sobre " a relação entre os intelectuais e os políticos", conta como José Sócrates lhe telefonava "muitas vezes", a partir de certa altura. A propósito de uma crónica sobre Camacho, treinador do Benfica, José Sócrates telefonou-lhe uma primeira vez. Tendo em conta a data em que o treinador passou pelo Benfica deverá ter sido em 2008.
O telefonema foi para convidá-lo a almoçar. E a conversa deu frutos, pelos vistos, para outros telefonemas.
Não sei o que tratou a primeira conversa, porque Pina não conta, mas em 2008, o caso da licenciatura de Sócrates estava já ligeiramente arrefecido, mas não esquecido. Com certeza que não constou do menu...
O que me surpreende na entrevista é a candura de Manuel António Pina a falar do telefonema e seguintes, das citações de Ruy Belo, e de Eduardo Prado Coelho, também outro dos convidados para almoçar e que morreu antes disso.
Uma coisa parece certa: o convite para almoço não foi por amizade, curiosidade ou simpatia particular. Foi certamente por interesse em catar um intelectual, para um círculo de giz protector.
Manuel Pina diz que depois de distanciou de Sócrates quando descobriu por si que era um mentiroso. Não disse assim, mas vai dar ao mesmo.
Devia ter percebido logo aquando do primeiro telefonema quem era a pessoa em causa. Até porque já havia muitos a dizê-lo e com provas do carácter pinoquial.
Estas coisas são sempre uma pena porque denotam penosamente um traço: o poder, quando quer, compra amizades ou, melhor dizendo, compra neutralidades críticas. Neste caso, fazendo aconchegar os egos de quem escreve ou catando as pulgas de sempre para que não se tornem carraças.
Manuel Pina, infelizmente, caiu na armadilha.
Na parte transcrita, sobre " a relação entre os intelectuais e os políticos", conta como José Sócrates lhe telefonava "muitas vezes", a partir de certa altura. A propósito de uma crónica sobre Camacho, treinador do Benfica, José Sócrates telefonou-lhe uma primeira vez. Tendo em conta a data em que o treinador passou pelo Benfica deverá ter sido em 2008.
O telefonema foi para convidá-lo a almoçar. E a conversa deu frutos, pelos vistos, para outros telefonemas.
Não sei o que tratou a primeira conversa, porque Pina não conta, mas em 2008, o caso da licenciatura de Sócrates estava já ligeiramente arrefecido, mas não esquecido. Com certeza que não constou do menu...
O que me surpreende na entrevista é a candura de Manuel António Pina a falar do telefonema e seguintes, das citações de Ruy Belo, e de Eduardo Prado Coelho, também outro dos convidados para almoçar e que morreu antes disso.
Uma coisa parece certa: o convite para almoço não foi por amizade, curiosidade ou simpatia particular. Foi certamente por interesse em catar um intelectual, para um círculo de giz protector.
Manuel Pina diz que depois de distanciou de Sócrates quando descobriu por si que era um mentiroso. Não disse assim, mas vai dar ao mesmo.
Devia ter percebido logo aquando do primeiro telefonema quem era a pessoa em causa. Até porque já havia muitos a dizê-lo e com provas do carácter pinoquial.
Estas coisas são sempre uma pena porque denotam penosamente um traço: o poder, quando quer, compra amizades ou, melhor dizendo, compra neutralidades críticas. Neste caso, fazendo aconchegar os egos de quem escreve ou catando as pulgas de sempre para que não se tornem carraças.
Manuel Pina, infelizmente, caiu na armadilha.
7 comentários:
apressou-se a divulgar o encontro antes que alguém o fizesse.
deve ter sido indicado pelo amigo joaquim
parte da corja começa a dizer que foi enganada
Pois, "Caíu na armadilha"... Esta notícia entristece-me...
Que maravilha de título.
Trata-se de um retinto jacobino. A coluna no jornal, que não compro pois não vale o dinheiro, é a primeira que eu sei de antemão não irei ler.
Sempre o disse e mil vezes o escrevi.
A propósito de palavras como "espe(c)tador", vale a pena ler este brilhante texto de José Gil http://educar.files.wordpress.com/2012/02/jgilao.jpg
«Manuel Pina, o cronista que escreve no Jornal de Notícias há vários anos e que aí foi jornalista e segundo se consta fazia títulos de primeira página...»
Será verdade que não se lembra mesmo? Será, então, por isso que passa tantos factos significativos em vão?
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