Esta notícia do CM de hoje dá conta da história de uma das vítimas mortais do lar de Reguengos. Uma mulher ainda jovem, cuidadora no lar foi infectada e o médico que a acompanhou "só lhe dizia para ficar deitada e tomar ben u ron que aquilo passava", segundo conta o marido.
Se isto for assim e a simplicidade da história for esta, parece que haverá negligência médica, grave. Parece porque com o jornalismo do CM nunca se sabe e isso é outro infortúnio. O rigor deste jornalismo tipo pente-fino é sempre para desconfiar e não tomar como certos estes factos. É o jornalismo do género para quem é, bacalhau basta.
A sensação acima de tudo. Neste caso a de acusar os médicos de actos negligentes, graves. E este acto de acusação é também grave pelo que significa, mas este jornalismo nunca é punido por estas coisas. A sensação ganha sempre.
Assim:
Se estes factos forem verdadeiros e a explicação para o que aconteceu se ficar por aqui, sem mais, o que aliás duvido, devido a este jornalismo, resta dizer que há indícios de crime e responsabilidade de médicos. E não se trata de cobardia mas de algo pior.
Quanto aos políticos e ao seu chefe máximo, no Governo, a responsabilidade é também simples de analisar: o manhoso que governa não percebe nada de medicina ( entre outras coisas), confunde vírus com bactérias e fica tudo dito, por aí. Porém, tem a responsabilidade máxima de escolher quem saiba das matérias que governa e são muitas.
Se escolher mal e os serviços respectivos estiverem mal organizados por causa dessas escolhas, a responsabilidade pertence-lhe por inteiro e não se deveria descartar com a facilidade com que o faz.
Se os médicos do referido Lar não deram assistência que podiam e deviam dar, a responsabilidade individual pertence-lhes. Se foram escolhidos por um poder político que escolheu mal, a responsabilidade é de quem o fez, ou seja uma ARS ou outra entidade dependente do Governo do manhoso que agora está lá.
Veremos como isto se resolve e se o jornalismo afina estas penteadelas.
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