domingo, fevereiro 07, 2021

A decadência do país tem imprimatur esquerdista

 Artigo de Helena Matos no Observador, impressionista sobre a decadência do país em quatro décadas de socialismo e social-democracia sem meios para tal. 







A comparação da competência do Estado em montar planos de acção concretos para tarefas precisas e determinadas é uma boa ideia. 

Comparar o Portugal que vinha do Estado Novo, sob Salazar e Marcello Caetano, tem sido feito sempre para denegrir esse tempo de fassismo e colonialismo e exaltar as virtudes da democracia que o substituiu e tem sido sempre governado por gente à esquerda do espectro político, com ideias directamente inspiradas em soluções marxistas quando não de extrema-esquerda neo marxista.

O resultado de tais ideias está à vista e o "declínio" é notório para quem quiser ver. 

Ao contrário do que escreveram luminárias do tipo Eduardo Lourenço ou o outro Eduardo, filho de um professor universitário do tempo de fassismo de apelido Prado Coelho, a identidade nacional não foi do género etéreo e romanesco, cimentada a mitos cujo contorno inventaram, baseando-se nos escritos de autores nacionais que romantizaram tais ideias, como Camões, Pessoa ou  Pascoaes. 

A identidade nacional passou certamente por fenómenos bem mais complexos e que a meu ver radicam todos na Educação, na Instrução que houve e deixou de haver em determinadas alturas dos nossos séculos.

Aqui há umas semanas, num programa de rádio na Antena 2 foi entrevistado um historiador que dizia ter Portugal ficado para trás na História a partir do momento em que se acabou com o ensino dos jesuítas, a partir do século XVII, com o grande desastre que foi o ensino oficial começado no tempo de Pombal que, tal como o socialismo, prometia mundos e fundos e só ofereceu misérias práticas. 

Há um exemplo concreto que permite entender melhor este fenómeno e curiosamente tem a ver com o ensino religioso, mormente o de jesuítas. 

Na edição de 27 de Janeiro de 2021 do jornal esquerdista JL, havia está página assim: 


 A ideia é simples e noutros países já a puseram em prática: o ensino do latim, no secundário ajuda a criar "competências" reais e não apenas as imaginárias na retórica educativa dos diversos matarruanos que temos na governança da Educação. Portugal gasta balúrdios no sistema educativo com resultados pouco prometedores, segundo estatísticas internacionais e rankings variados que incluem a imagem notória da decadência das nossas universidades. 

No século XVI éramos os maiores do mundo no avanço científico do conhecimento dos mares e da navegação. Hoje somos uma sombra do que éramos ainda há 50 anos, no tempo do tal fassismo sempre vituperado pelo esquerdismo comunista e socialistas que só nos tem desgraçado. 

Em França a ideia acima expressa também tem eco, assim, como mostra a edição especial da Le Point de Janeiro-Fevereiro deste ano: 


 

Como é que se ensinava latim há um pouco mais de 50 anos? No Secundário ensinava-se no 6º e 7º anos e nos seminários, com livros de jesuítas,  era assim, logo desde o 1º ano do ensino preparatório, a seguir à 4ª classe: 

Uma Selecta de textos literário, compilados por Álvaro Ascensão e José Pinheiro, S.J. já dos anos quarenta do nosso "fassismo": 


E uma Gramática, também de um eclesiástico, P. Manuel Francisco de Miranda, esta já dos anos sessenta, ainda do tempo do "fassismo":



Quanto ao número de horas que se dedicavam por semana a tal estudo, era extenso: 


E quanto ao calendário diário das tarefas e ocupações dos alunos de tais instituições de ensino religioso também é elucidativo mostrar como era, para se ver como foi que se conseguiu educar muitos milhares de alunos que depois se tornaram adultos formados, professores e profissionais dos vários ofícios que depois faziam o que agora não se consegue fazer. 

Nenhum dos actuais ministros do governo, nem sequer o primeiro-ministro tiveram uma educação assim como a que se expõe neste plano horário da semana num Seminário no ano de 1969-70. 
Nem sequer tiveram a educação que então os liceus ministravam, com outro grau de exigência e rigor que desapareceu logo, em 1974-75 com o papel inacretiável dos ruis grácios que apareceram e estragaram tudo o que tinha sido feito antes e era para continuar, não fora a emergência de tais ideias socialistas e comunistas que se impuseram no país como praga que ainda não foi eliminada. 

E isso, essa ausência de educação e preparação nota-se muito no país...claro, na impreparação, incompetência e desgraça que tais governantes derramam sobre os seus concidadãos que votam neles porque também foram educados na deficiência e na impreparação. Um círculo vicioso...que esta disciplina aqui exposta de algum modo evitava, em vários níveis. 


Esta será uma das razões, a meu ver, pelas quais os actuais governantes são tão incompetentes. Aliás, julgo que nem terão a noção da própria incompetência...e não se espere que este António Costa o entenda. 

Quanto aos "aerogramas" agora os mesmos que arruinaram isto fazem o historial do fenómeno mas sem compreenderem a essência do assunto, porque só lhes interessa denegrir o "fassismo" e nada mais...a não ser contar histórias de corrupção que lembram o que se passa hoje com as vacinas....mas que eram tratadas de outra forma que hoje. Não era preciso criminalizar condutas que sempre foram a da chico-espertice. Mesmo em forma de rolha...

Sem comentários:

O Público activista e relapso