A revista Sábado começou no passado dia 21 de Janeiro a publicar uma série de quatro artigos de um "ensaio" tirado de um livro a sair, da autoria de João Pedro George, acerca do fassismo, neste caso da "guerra colonial".
Essas partes do ensaio são consagradas a demolir moralmente a figura de António Mega Ferreira, apresentado como mais um oportunista do 25 de Abril, antigo apaniguado do regime anterior que virou casaca no dia a seguir. Logo na introdução do "ensaio" o autor qualifica-o como "pedante, habilidoso e pouco transparente, ávido de conquistar poder e prestígio social, em suma, alguém que se move apenas na mira de grandes ganhos".
Na série dos quatro artigos não há um que esqueça o tal Mega Ferreira, sempre para o denegrir, o que suscita alguma perplexidade e interrogação acerca dos verdadeiros propósitos do vilipêndio.
Para além da revelação extemporânea acerca do perfil moral do dito Mega Ferreira no capítulo dedicado a explorar uma dita "história secreta da propaganda do regime", sobra como motivo de desconfiança de tal empenho inusitado o conhecimento do verdadeiro motivo da empreitada de demolição moral de alguém, cujo papel foi certamente menor do que o apresentado em letras maiúsculas e parágrafos de ignomínia.
Até se conhecer a verdadeira razão do exercício que me parece rasca, ficam algumas páginas exemplares do assassinato de carácter digno das manobras estalinistas de antanho:
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