Revista L´Histoire deste mês:
Tudo se resume em poucas palavras:
" o tratamento extremamente severo dos prisioneiros de guerra soviéticos pelo regime estalinista responde a uma lógica dupla. Uma lógica política, marcada pela vontade de ocultar as responsabilidades do regime no desastre do início da guerra.
A captura de milhões de combatentes apontava para erros monumentais cometidos pelos dirigentes políticos e militares. Era necessário fazer crer que eles tinham sido feitos prisioneiros por causa da sua cobardia, se não da sua traição.
Uma lógica económica: para reconstruir o país era necessário, no espírito dos dirigentes estalinistas, dispor de importantes contingentes solidamente enquadrados, de mão de obra forçada. Como o efectivo de detidos no Gulag se derreteu em metade durante a guerra, na sequência de uma mortalidade record, os prisioneiros de guerra deveriam substituí-los na tarefa."
A tragédia russa e o verdadeiro genocídio engendrado pelo estalinismo só tem paralelo com o que aconteceu na Alemanha de Hitler e com o nazismo.
Pois o nazismo, na Europa, é doutrina proibida, sendo mesmo proibido até falar nisso em tom apologético, nos media, sob pena de perseguição criminal.
O comunismo, esse, doutrina igualmente devastadora e odiosa nos efeitos provocados, particularmente na vertente estalinista, é por outro lado, elogiado como grande ideologia favorável aos trabalhadores e digna de apreço, sendo seguida por partidos legalizados e com assentos parlamentares, como é o caso de Portugal.
Há qualquer coisa de muito grave que falha nesta lógica e a torna uma batata.
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