Fernando Lopes e Vasco Pulido Valente eram ( este ainda será) clientes assíduos do restaurante Gambrinus, um sítio da baixa lisboeta onde se come bem e muito, muito caro. Fui lá uma vez, merendar qualquer coisa. Não paguei mas quem pagou avisou que os preços no local são "estupidamente caros".
Fernando Lopes ou VPV provavelmente teriam preço de amigo e de clientes fiéis. Doesn´t matter.
O que interessa é a vida gastronómica passada no Gambrinus destes dois habitantes de Lisboa que provavelmente pouco viajaram pelo país. Talvez seja por isso que VPV mal conhece Portugal para além do que a vista lhe alcança.
No entanto, relativamente a Fernando Lopes lembro-me de ver um filme dele, dos anos setenta, chamado Nós por cá todos bem, uma charge às mensagens televisionadas dos militares que combatiam nas províncias ultramarinas e que pelo Natal mandavam aerogramas e mensagens para a família e amigos em filmagens massificadas de comunicações com imagens de alguns segundos.
Gostei desse filme que mostra uma matança do porco à antiga portuguesa e outras coisas.
De Fernando Lopes guardo também uma recordação: a revista Cinéfilo cujo primeiro número ( imagem abaixo) saiu em 30 de Setembro de 1973. No Público de ontem, um crítico ( Augusto Seabra) dizia que nunca mais houve nada igual em Portugal. E tem toda a razão. A Cinéfilo foi uma revista de uma excelência notável e o seu directo era precisamente Fernando Lopes. A revista durou uns poucos meses porque o advento do 25 de Abril extinguiu a ideia, infelizmente.
Se por mais não fosse Fernando Lopes merece ser recordado por isso.
3 comentários:
Os "motores" dos "avanços" enquanto tratam de salvar o planeta por nossa conta, nivelando-nos por África, só funcionam a caviar...
Para eles a "extrema-direita" é o enxofre do diabo porque representa o fim da "festa"...
Agora percebi: "ficar enxofrado".
Isso do Gambrinus é um mito urbano, que interessa a todos... O VPV vai mais à Rua da Palma.
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