A inefável Ana Lourenço , agora na SICN, convidou para comentar o caso "das secretas", levantado publicamente pelos media da Impresa, Henrique Monteiro, antigo director do Expresso e António José Teixeira, comentador na SICN e da casa. Ambos da Maçonaria boa, comentam que o caso do "espião" ter enviado sms a indivíduos como Miguel Relvas é "muito grave".
O dito António José Teixeira resumiu que o caso foi descoberto devido à comunicação social. Nuance! O caso foi descoberto pelo Expresso porque houve toupeiras nos serviços de informação que violaram segredos de Estado para darem ao Expresso munições para a guerra particular e privada que mantém com a empresa OnGoing.
Nenhum dos comentadores na Maçonaria boa se lembrou de mencionar tal facto. A inefável apresentadora em vez de moderar acrescenta argumentos para cimentar a ideia básica: a violação de segredos de Estado é para os outros...e a violação de segredo de justiça e outras coisas é assunto de somenos.
Henrique Monteiro deu uma explicação para o caso: não foi guerra nenhuma entre a Impresa e a OnGoing mas apenas jornalismo do Expresso. E ainda bem porque o tal Carvalho serviu o governo de Sócrates e agora aprestava-se a servir o senhor que se seguiu, Passos Coelho. Tudo através de amizades espúrias e com epicentro numa loja maçónica ( a loja dos maus).
Foi assim que Monteiro, o mação bom, explicou o assunto, enaltecendo o bom jornalismo do Expresso.
A historieta continua...
Também disseram que é muito grave que alguém tenha guardado nomes e referências pessoais que abrangem gostos de género e opções de vida. E que tal revelaria uma actividade de espionagem ilegal. Na verdade pode revelar o que se quiser. Desde que o detentor de tais dados não faça uso dos mesmos para chantagear ou usar contra alguém, tendo-os obtido de modo legítimo ou pelo menos isento de ilegalidades, nada haverá a comentar . Há quem se divirta a coleccionar selos ou cromos; outros coleccionam informação pessoal sobre os outros. Nada a fazer, a não ser ter cuidado e denunciar o eventual abuso de tais informações. Geralmente quem o faz acaba por ser vítima de tal actividade...agora, associar tal actividade a perigos sérios de um estado totalitário só mesmo para quem é do establishment e subserviente ao patrão. Ou seja, quem revela sabujice para além do tolerável.
11 comentários:
José,
Deixemo-nos de "chove e não molha" e vamos à substância:
Não o preocupa que um serviço de informação do estado, ande a bisbilhotar a vida privada de um jornalista?
Não acha estranho que um ex-director de um serviço destes, continue a receber informação reservada?
Não considera surrealista, que um sujeito espalhe informação recolhida num serviço do estado, por uma lista de personagens da nossa triste politica?
Não o preocupa a candura do ministro Relvas ao divulgar que recebia SMSs, mas não lhes dava resposta? e, o que fez então?
só falta dizer que o Relvas é que nomeou o 'ex-pião' para o cargo.
história de segredos com e sem avental.
a sic e o 'ex-presso' são trinuais de 2ª instância.
condenam sem direito a recurso para o supremo
sinto que estou cada vez mais a caminho do Zimbabué
"Não o preocupa que um serviço de informação do estado, ande a bisbilhotar a vida privada de um jornalista?"
Preocuparia se assim fosse mas não é.
O indivíduo não actuou como agente do SIED mas a título individual e se registou dados pessoais só podem ser os obtidos legitimamente.
Se os obteve de modo ilegítimo, poderá ter cometido um crime. Duvido até prova em contrário, mas para mim é claro que não o poderia fazer enquanto dirigente do SIED e não poderia usar esses dados enquanto dirigente do SIED.
Por outro lado, apreender-lhe o telemóvel para comprovar a prática de eventual crime de violação de segredo de Estado é demasiado. É overplay.
Se o telemóvel de muitos políticos fosse apreendido seria relativamente fácil tentar comprovar a prática de crimes de tráfico de influência, por exemplo. Ou corrupção, mediante uma construção teórica forçada.
Este caso tal como outros está eivado de motivações políticas:
O tal Carvalho trabalhou para o governo de Sócrates ( é preciso não esquecer que este tinha lá um tal José Almeida Ribeiro do SIS que numa acção de campanha eleitoral foi visto - eu vi- a sair do carro do governante.). Ninguém se incomodou com tais coisas e só agora aparecem estes jornalistas a tentar arranjar um caso que não é o caso que pretendem que seja.
Aqueles com o Sócrates eram mesmo...mas ninguém cuidou de tal coisa.
O que acho extraordinário é essa gente entreter-se e querer entreter-nos. Um dia qualquer a barraca vai abaixo e não há aventais que lhes valham. Mesmo a esses que andam a roubar desde 1834. A ilegalização dessas lojas cumerciais é uma exigência democrática, como a proibição de claques de futebol.
Refiro-me aos dados que guardou sobre várias pessoas e não ao caso do jornalista. Neste caso obteve a lista de telefonemas recebidos pelo jornalista através de "jeito" que lhe foi feito por outrém numa operadora de telemóvel.
Pode sempre defender-se que o fez para evitar que a violação de segredo de Estado continuasse, tal como ocorreu.
a promiscuidade entre serviços de informação e poder económico não é de agora e ão me parece que vá parar.
Na verdade, quando este tipo de relação existe para facilitar o trabalho ou ajudar empresas nacionais com intenção de investir no estrenageiro não me incomoda e até me parece razoável.
Agora, quando a coisa é usada dentro de portas deve ser firmemente repudiado e castigado, independentemente do quadrante político.
Aliás, por muito que se diga, a diplomacia económica, para mim, é um eufemismo para espionagem ou, para ser mais brando, recolha de informações.
Este tema dos servicinhos é como a conversa do bule de chá na loja de porcelanas onde está o elefante.
Sabem qual é o animal que ladra e tem uma folha de couve na cabeça? O cão. A folha de couve é só para disfarçar...
B P N
Quando os crápulas começam a ficar saturados da paisagem prisional, há que os pôr cá fora antes que comecem com delírios explicativos!...
Carlos
Se não me falha a memória, nem a Badoz pode ir!
Karocha, eu a este erudito, em vez da pulseira electrónica, era capaz de lhe oferecer uma viagem ao Brasil.
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