Os comunistas portugueses estão cada vez mais fossilizados nas ideias
marxistas-leninistas herdadas do comunismo soviético que caiu
fragorosamente no fim do séc. XX. O tempo, para os comunistas, não
passou do mesmo modo que para as demais pessoas sem compromissos
ideológicos semelhantes. Na realidade nem passou, porque aconteceu isso
mesmo: fossilizou, em âmbar ideológico de cor marxista.
No último número da revista O Militante ( Março-Abril 2013 ) o PCP enuncia clara e abertamente o que pretende para Portugal: O comunismo de 1975, tal e qual.
Enquanto o povo não lhe dá os instrumentos para alcançar o poder e uma vez que abandonaram há muito a ideia de conquista de poder político pelo golpe revolucionário pela força das armas, o PCP vive das ilusões fossilizadas no âmbar da ideologia perdida, assegurando que "o comunismo não morreu" e até virá já a seguir...
Para além dos comunistas do PCP, fossilizados integralmente naquele âmbar de ideias em conserva, a revista Visão desta semana publica um artigo sem grande interesse ( porque não traz qualquer novidade ou acrescento ao que já se conhece) sobre os maoistas que "andam por aí" e que tomaram o poder político, porque foi isso que sempre pretenderam, na generalidade.
Estes, ao contrário daqueles, pretendiam o poder politico através das armas retóricas e em alguns casos bem reais.
Lendo o artigo da Visão percebe-se quem eram estas pessoas e como conseguiram adaptar-se à "democracia burguesa" que tanto criticaram e queriam apear do poder, tal como os comunistas ortodoxos fossilizados.
Adaptaram-se mas não renegaram explicitamente as ideias. Salvo honrosas excepções ( Saldanha Sanches, por exemplo) a generalidade nunca se arrependeu ou manifestou repúdio pelas palermices em que acreditaram. Pior: parece que o facto de terem pertencido a esses grupúsculos surrealistas constituiu cartão de apresentação para outros cargos e prebendas públicas.
Será essa, talvez, uma das razões para o predomínio da Esquerda, ideologicamente, em Portugal.
26 comentários:
Saldanha Sanches foi de facto um homem incomum, no bom sentido. A ressalva é justa.
na ar berram a mesma cassete pirata índios à beira duma apoplexia e damas histéricas.
a pobreza de espírito aflige-me de tal maneira que sinto pena de tanta manifestação ridícula.
aquela bancada parece saída dum filme de Fellini.
ficaram assim depois da implosão da urss e da queda do muro.
os 'manholas' maoistas andam pelas tvs e blogs ou por Bruxelas
mas politicamente não passam duns 'montes', como se dizia no meu tempo de liceu.
Com a falência da casa-mãe, quem financiará o folhetozinho publicitário desta sucursal no cu-de-judas ( em relação ao "sol da terra",tá bem de ver...)?
"Detêm e executam"
Começaram cedo.
Imagine-se que atingiam o poder.
Este "executam",não ficava melhor "assassinam"?
Nem o tal fassismo,que era tão terrível,os executou a eles.Receberam meras penas de prisão por assassínio de um agente ou informador da PIDE.
Como a linguagem pode lavar a cara a estes "democratas".
A Maria José Morgado fica consternada ao lembrar-se que foi Maoista, ouvi-a e vi-a a dizer isso mesmo.
Não sei se é só impressão minha ou não são apenas os comunistas que andam fossilizados (sendo certo que devem ficar felizes por ainda serem o bicho papão de muita gente sem que nada, hodiernamente, o justifique).
Tentando ultrapassar 1975 e o PREC, diria que os assuntos tratados ontem (15.03.2012) pelo Gaspar teriam interesse: desde o não acertar uma única previsão desde que está no cargo até ao desvalorizar das próprias previsões pelo PM (valorizar para quê? nunca acertam!)
Isto parece-me relevante e, pasme-se, actual ainda que possa ser menos romântico do que o papão bolchevique.
O problema não é o "papão" que de facto nem isso é.
O problema são os papinhas que foram concebidos pelo grande papão que durante décadas formigou ideologicamente o ideário nacional.
A Esquerda rules.
Para desconstruir este discurso é preciso ser "reaccionário", como os mesmos dizem, para que se entenda como fomos ludibriados com casca e tudo.
Olhos de mercador.
Não se trata de discordar das apreciações à esquerda, com as quais, na maioria das vezes, concordo.
Trata-se de lhe dar tanta importência - quando não é o mais importante, agora - que soa a escamotear o dia-a-dia.
Crítica parecida à que è feita, por exemplo, à Ana Lourenço e aos Louçãs desta vida.
Se os fóruns de discussão se limitam a groupies, deixam de o ser, por definição.
"Se os fóruns de discussão se limitam a groupies, deixam de o ser, por definição."
Estes lugares de discussão pouco mais são que isso- se é que o são...
Não há verdadeira discussão entre entendimentos diversos sobre a base da ideologia. É como a religião: torna-se estéril uma discussão com um convertido a propósito da natureza da conversão.
A única coisa que ainda pode adiantar será a pequena divergência entre "groupies" que pode afinal ser uma grande divergência.
A Ana Lourenço e os Louçãs e os comunistas são os exemplos mais concretos de uma ideia mais geral: estamos a ser conduzidos por um panurgo que não tem forma, mas apenas ideia. E essa ideia que aqueles tributam, vem de longe, de muito longe.
E andou o tempo todo na crista mediática, para aqui chegar.
Parece-me importante entender tal coisa para perceber o Portugal de hoje.
A tal Lourenço é apenas uma jornalista que é paradigma de um certo jornalismo que tomou conta disto. Se a Lourenço sair vem outro, tipo Nuno Santos ou assim.
Será que se percebe melhor, assim?
Nunca é tarde para mudar e felizmente muita gente mudou. Outros, infelizmente permaneceram estacionados noutros séculos. Mas ainda assim, a esquerdopatia parece ser um mal crónico que nos atinge.
É sabido que os psicopatas são isentos de culpa e de remorso. Um psicopata não sente empatia pelo seu semelhante, jamais se coloca no lugar do outro. Esse necessário sentido de justiça é que faz entendermo-nos como humanos.
Assim, o psicopata não reconhece a humanidade do outro, o significado das palavras compaixão e piedade não constam no seu léxico emocional. A culpa é sempre das suas vítimas, merecedoras do mal que ele lhes impõe, porque, para ele, no fundo, elas queriam ser molestadas.
Na política, a equivalência da psicopatia, no caso, manifestado não como um tipo de personalidade de um indivíduo, mas como um grave desvio (patologia) colectivo e ideológico: o esquerdopata, ou fascista de esquerda, é caracterizado, entre outras coisas, por ter sempre uma justificação para os malefícios da sua tribo. É natural, afinal o fascismo e o comunismo não têm mesmo como matriz ideológica e psicológica, o apreço pela democracia.
Mas esse lado ainda não define um comunofascista de forma inteira. Além da justificativa, tentam convencer-nos de que o crime responde aos anseios dos “oprimidos” e por isso é libertador. Como o psicopata, o seu padrão moral é flexível o suficiente para justificar qualquer coisa, desde que ajude a atingir os seus objectivos ou os da sua tribo.
A exemplo do psicopata, é imperioso que o seu adversário seja esvaziado de qualquer humanidade e seja transformado num ser detentor de todos os males, para assim poder ser eliminado (mesmo que uma eliminação política ou moral) sem constrangimento e acusado de ser o verdadeiro responsável por todo o mal que o atinge.
Isso explica por que os comunistas cometeram tantos crimes.
Eles reiteram, sem ruborizar, que “apenas”pretendem impor-nos a sua visão do mundo como a expressão do “bem”. Os seus adversários fazem escolhas ideológicas; eles estão imbuídos do superior propósito de “salvar” a humanidade.
Na cabeça destes valentes, milhões não são pessoas, mas “categorias”, e morreram porque representavam entraves à criação de um “novo homem” e ao avanço da história. Se essa “criação” custou mais de 100 milhões de vidas, qual é o problema?
O José tem absoluta razão em considerar a ideologia escardalha como o pensamento que domina Portugal porque foram eles que tomaram conta disto.
E é válido para tudo. Cada vez me apercebo mais como não há sector algum onde este pensamento único não esteja presente.
E tenho como exemplo até a minha área. No caso da História é mais que óbvio mas mesmo na História da Arte são apenas os "desconstrucionistas" escardalhos que ainda contam.
Não se fala de mais nada; não se dá um único autor diferente, em parte alguma.
Comecei eu a falar diferente e é às escondidas. Às escondidas para não me chamarem reaccionária e facista e ter meio mundo a morder as canelas ou pior...
E pergunto-me como será em Filosofia onde agora é moda duas imbecilidades- o velho e fossilizado positivismo e a estupidez de ateísmo militante e cientoino que passa na dita ""epistemologia".
São os murchos que fazem lei e o resto ainda é marxismo ou hegelianismo mascarado.
E andei longe disto tudo por me ter refugiado na boa da Idade Média.
Meti a cabeça de fora para me afoitar noutras coisas e foi esta evidência que saltou à vista- só se fala ainda em "deleuzes e guattaris e internacionais situacionistas mais o Walter Benjamin.
Em saindo disso vão para o mainstream aparvalhado dos bestsellers que acham que o movimento gay é que a modernidade- à Peter Sloterdijk.
Mais o Zizek. Outro palerma que é lei por cá.
E pior, se quiser falar disto com algum colega, não tenho.
Porque nem sei se existe alguém que se dê conta que é assim e que isto é fóssil e pensamento único escardalho.
Cara Zazie
o nosso Amigo tem razão quando diz que vivemos dominados por esquerdalhos na comunicação socialista.
os donos do pensamento único insultam quem não seja da cor.
o Judeu Benjamin e um dos outros mataram-se e tornaram-se mártires.
o Judeu é intragável.
sempre tive muito interesse pela idade Média quanto à enorme evolução científica. há dias chamaram-me FdP por ter publicado
a evolução da moda (fashion) no séc XII.
o meu trabalho sobre a condição humana dos contemporâneos e companheiros de Jesus, se conseguir terminá-la, não encontra nicho de mercado.
o tratamento dos temas e a maior parte dos comentários inserem-se no campo da psiquiatria.
isto continuará como 'manicómio em auto-gestão' até se acabar o 'pilim' com o fim do euro.
Este gajos do tudo e do seu contrário deveriam ser todos presos e comer só o que produzissem nas cadeias.Na I república fizeram-nos entrar na guerra para garantir o ultramar.Depois começaram a doutrinar que sem o entregarem não se consegui desenvolver a piolheira e finalmente feito isso andam a colonizar-nos massivamente como sendo uma riqueza cuidar dum milhão de pobres.Mas ninguém é traidor no meio disto tudo...
A manada jornalística tem sua influência mas não tanto quanto se julga. O que verdadeiramente marcou e ainda marca a atmosfera lusitana com a fragância sinistra foi a geral ocupação da universidade pela esquerda. Convém não esquecer que houve saneamentos em 75-76 e que só alguns dos saneados voltaram, mas completamente mudados, quedos e mudos, inofensivos. Durante os anos 80-90, mais de 80% dos professores na universidade portuguesa eram de 'esquerda', fizeram escola, poucos escaparam, puderam ou quiseram escapar, a essa influência. Por isso a escola, da primária aos mestrados, nas disciplinas de humanidades se tornou mera propaganda. Por isso vicejam os estudos contemporâneos na história, na literatura, as economias, sociologias, linguísticas e outras inutilidades. Além de mais fáceis, também permitiam fazer um continuum entre 'investigação' e 'transformação social', ciências sociais, portanto, o tipo de saber que enche milhares de cabeças ocas com poder.
É o ISCTE über alles.
No meio de tanta gente que sabe tanta coisa, parece-me estranho que se estranhe que a esquerda se impregnou no tecido português: foi uma reacção à direita autoritária que a precedeu; é uma "normalia" histórica e não o seu contrário.
A esquerda dos BEs e PCP alimenta-se da direita e vice-versa e quando se puxa demasiado para um lado a força tranfere-se, por resistência.
Seria de aprender alguma coisa com o enquadramento histórico senão seremos todos uns peixes de aquário que esquecem tudo passado 3 segundos (ou peixes de aquário ou Camilos Lourenços).
Nada disso. A academia esquerdista não é da direita que se alimenta, mas de... privilégios. Aqui de forma mansa, na América latina de forma furiosa (por isso está-lhes a custar muito este papa, dos pobres e anti-ideologia de género, da justiça e contra os 'direitos reprodutivos').
http://ideologiacomunismo.blogspot.pt/
realizações do comunismo pelo mundo
1)estupro de 5.000.000 de mulheres pelos comunas(comunistas)
2)assassinato de 100.000.000 de pessoas pelos comunistas
só isso é o suficiente para mostrar que comunismo não presta
Enviar um comentário