terça-feira, março 19, 2013

Calma! Trata-se provavelmente de corrupção, mas é em França...

Expresso online ( que escreveu "branqueamento de fraude fiscal", o que denota o habitual jornalismo para quem é...bacalhau basta...):

O Ministério Público francês abriu esta tarde um processo por "branqueamento de fraude fiscal" no qual é visado o ministro socialista do Orçamento, Jérôme Cahuzac, suspeito de ter tido, até 2010, uma conta secreta num banco suíço.

Os magistrados consideram que existem indícios suficientes para investigar as acusações contra o ministro lançadas há mais de três meses pelo site "Mediapart", dirigido pelo antigo diretor do jornal Le Monde, Edwy Plenel.

Mediapart tinha designadamente divulgado uma gravação de uma conversa telefónica atribuída a Cahuzac, na qual este evocava inquietação com a existência de uma sua conta no banco UPS, em Genebra.

O Ministério Público francês indicou que, depois de diversas investigações, a gravação é autêntica e que é "provavelmente" a voz de Cahuzac que nela se ouve.


Jérome Cahuzac sempre desmentiu as acusações de "Mediapart". "Ele mente desde o princípio e deveria já ter-se demitido", declarou Edwy Plenel, esta tarde.

Segundo o site de informação, a alegada conta na Suíça do atual ministro foi fechada em 2010 e o dinheiro transferido, através de uma complexa montagem financeira, para Singapura.

A conta teria vários milhões de euros e teria sido alimentada por diversos laboratórios farmacêuticos. Cahuzac, que é milionário, foi cirurgião (medicina estética) antes de optar por uma carreira política. 


ADITAMENTO:

E... realmente quem se enganou desta vez fui eu. Trata-se mesmo de "blanchiment de fraude fiscale", conforme  um comentador/a indicou na caixa dos ditos.
Assim, desta vez a cretinice é minha e l´arroseur est arrosé.
Pardon, messieurs.

12 comentários:

Floribundus disse...

no rectângulo socialista dos brandos costumes
não há, nem podia haver, casos destes porque contra os socialistas só existem cabalas.

ninguém sujas as mãos nos dinheiros dos contribuintes ou de privados

também nunca existiram gravações autênticas

ninguém foge; vão passar férias fora ou trabalhar para as farmacêuticas

a culpa do estado actual é do Governo, do PR, da Sra Merkel, dos Mercados, ...

ana disse...

Inveja

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3118232

Vivendi disse...

Aqui o supremo mandou retalhar um processo sobre escutas. É que nem no tempo da inquisição.

Floribundus disse...

premiaram a dama Almeida com pontapé para cima e por unanimidade.

parece votação do comité central do pcp

porque o ps, segundo MRS, tem duas metades de secretário-geral

josé disse...

"Aqui o supremo mandou retalhar um processo sobre escutas. É que nem no tempo da inquisição."

Não foi o Supremo: foi o Pinto Monteiro...que foi juiz do Supremo e depois PGR por indicação de um tal Proença de Carvalho.

Vivendi disse...

Mas o pequenote achou piada n foi? N andava por aí em bicos de pés?

Essa do pontapé para cima foi demais...

De uma forma suprema agora é que Portugal é um país livre de corrupção. Está tudo limpinho. Há só por aí umas dívidas para pagar, nem que os portugueses tenham de passar fome, mas corrupção não há.

Gigi disse...

É mesmo "blanchiment de fraude fiscale", lido no Le Monde. Assim:
Qu'est-ce le blanchiment de fraude fiscale ?
"Le blanchiment consiste à réinjecter dans l'économie le fruit d'une opération illégale, en l'occurrence des sommes d'argent gagnées grâce à de la fraude fiscale", explique au Monde.fr Vincent Drezet, secrétaire général de Solidaires Finances public, principale organisation syndicale de Bercy.

"Si, sur un revenu de 100 euros, on ne déclare que 20 euros, dissimulant le reste par des opérations opaques, en le plaçant par exemple dans un paradis fiscal, on soustrait donc des sommes à l'impôt. A un moment, ce revenu ressort, pour acheter une voiture ou un appartement, et on a donc de l'argent qui a été blanchi parce qu'il a toutes les apparences de la légalité, alors qu'il est issu d'une fraude fiscale."

Paradoxalement, le "blanchiment de fraude fiscale" ne nécessite pas forcément que la personne ait été condamnée initialement pour fraude fiscale. "Il suffit que soient établies les éléments constitutifs de l'infraction initiale ayant procuré les sommes litigieuses." Dans le cas présent, il faudra que l'enquête apporte tout de même la preuve que Jérôme Cahuzac a bien détenu un compte en Suisse (ce qui n'est pas illégal), et qu'il s'en est servi pour faire de l'évasion fiscale.

Pourquoi ne pas enquêter directement sur la "fraude fiscale" ?
"Pour une question de procédure", répond un avocat fiscaliste, qui souhaite garder l'anonymat. Pour poursuivre quelqu'un pour fraude fiscale, il faut que l'administration à Bercy saisisse la commission des infractions fiscales et constitue un dossier. Cette commission donne ensuite un avis favorable ou non pour saisir les autorités judiciaires.

"Dans cette affaire, l'administration n'a pas fait ce travail", reprend le spécialiste en fiscalité. "Il est difficile pour eux de réunir un dossier sur leur propre ministre. Le seul moyen pour court-circuiter la procédure habituelle, c'était d'ouvrir l'enquête sur le motif du blanchiment."

La manœuvre est fine. L'enquête ne porte qu'indirectement sur la fraude fiscale, et le préalable reste d'établir l'existence ou non d'un compte suisse, ce que le ministre dément formellement.

josé disse...

De facto tem razão. E vou corrigir.

Kaiser Soze disse...

PC intentada contra o Seara foi deferida...
One down!!

Manuel Queiroz disse...

Peço desculpa mas ontem, como hoje, acedi ao blog através do computador da minha mulher e por isso saiu assinado gigi. Mas de facto, a comentadoria é de Manuel Queiroz, jornalista.

Karocha disse...

E a madame FMI, José?

josé disse...

Madame FMI está a ser alvo de um inquérito por suspeitas de favorecimento de Bernard Tapie, durante o consulado de Sarkozy.

Lagarde apenas deu luz verde à intervenção de um tribunal arbitral, em detrimento dos tribunais comuns e que se preparavam para atribuir ao tal Tapie uma indemnização muitíssimo inferior à que o tribunal arbitral concedeu.

É só isto.

Por cá, em Portugal, coisas destas foram mato. Jorge Coelho por exemplo, saberá explicar várias.
Se lhe perguntassem e indagassem quero eu dizer.

O Público activista e relapso