terça-feira, julho 16, 2013

O nó górdio da política nos anos oitenta

Em finais de 1979, com a vitória da AD e de Sá Carneiro em particular, a Esquerda que tinha nacionalizado a Economia, temia mudanças estruturais.  Que aliás eram anunciadas, na medida em que o país caíra no charco económico e na bancarrota efectiva que obrigara à intervenção do FMI que ainda se faria sentir por muito tempo.

Álvaro Cunhal empenhou-se nessa altura num combate semelhante ao de 1975. E em entrevista ao Jornal de 14.12.1979 dizia isso mesmo. E tinha uma arma importantíssima: a Constituição, a qual era e continua a ser o reduto do PCP e  que nem sequer em 1982 conseguiu ser revista conforme podia e devia, ficando-se por umas alteraçoes cosméticas no campo da organização económica e ocupando-se mais do aspecto político, designadamente do papel do PR e do Conselho da Revolução que foi extinto.

No entanto, o problema central, para além da Constituição, era a mentalidade dominante, ainda de esquerda como prova este escrito no Jornal de 3 de Abril de 1981, em pleno governo de Balsemão e que mostra à saciedade as contradições que nos conduziram directamente à segunda bancarrota dali a dois ou três anos, com governos de bloco central.

As nacionalizações continuavam "irreversíveis" porque o PS não queria perder eleitores à Esquerda e por isso, até ao final da década foi um calvário para a Economia. Como é que os "investidores" tentavam contornar este problema? Assim, como mostra o mesmo número do Jornal:


Já aparece o nome de outro bloco-centralista de alto coturno: Artur Santos Silva. Está na Gulbenkian. Portugal tem sido isto durante as últimas décadas.

11 comentários:

Portas e Travessas.sa disse...

Quem disse:

"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."

Portas e Travessas.sa disse...

"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."

Quem o disse o Estadista dr. Coelho

josé disse...

Eu lembro-me de um Inenarrável que prometia em cartazes "criar 150 mil novos empregos".

Claro que esse não conta...

Unknown disse...

O link seguinte, está relacionado com esta questão, designadamente, a carga ideológica da CRP...

http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/07/afinal-em-que-pais-alguns-pensam-que.html

"Podem chamar-lhe Constituição, podem chamar-lhe Lei Fundamental, mas a um documento que começa assim, não fará mais sentido chamar-lhe Registo de Propriedade?"

Portas e Travessas.sa disse...

Atualmente, vai a caminho dos 20% - é certo, que o governo anterior ficou nos 8,32% no desemprego.

O desemprego é a maior "chaga" de qualquer País.

Este Governo, cada dia que passa ameaça com mais desemprego...é obra

Portas e Travessas.sa disse...

"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."

Disse o dr. Coelho licenciado na universidade da "Gandaia"

josé disse...

Os 20% são fruto directo da demagogia, irresponsabilidade e gestão criminosa de quem nos atirou para a bancarrota.

Ou seja, o Inenarrável que prometeu mais 150 mil empregos para chegar ao pote. E chegou. Rapou-o.

Daí os 20% de agora porque não se gastou agora o que então se delapidou.

josé disse...

Como se o Inenarrável, se lá tivesse ficado conseguisse fazer melhor, com as suas promessas de TGV aeroporto e mais estradas!

Como se a inteligência para se verem estas coisas fosse difícil de arranjar.

Só mesmo uma esquerda embotada consegue cegar de todo e deixar de ver o mal que fizeram, atirando culpas para quem, melhor ou pior tenta remendar o mal feito.

É preciso ter lata ou ser muito, muito limitado de entendimento.

Portas e Travessas.sa disse...

Sócrates? foi o melhor 1º ministro depois da abrilada do Spinola, chamado o 25 Abril.

Desculpem, é a minha opinião

josé disse...

Bem me parecia...que a cegueira era pior que a de nascença.

muja disse...

Ahahahah!

O melhor? Pois sim, disso não há dúvida!

A questão é: melhor, para quem?

O Público activista e relapso