sexta-feira, julho 26, 2013

A corrupção é um pivete inodoro, em Portugal


Dos jornais de hoje. O Correio da Manhã, sobre o caso BPN apresenta um episódio relacionado com a venda de imóveis pertencentes ao então SGPS, do grupo IPE, do Estado e que foi extinta em 2002, no governo de Durão Barroso. Segundo conta o CM, Arlindo de Carvalho e um sócio, enquanto administradores do IPE e da SGPIS, propuseram-se comprar imóveis dessas empresas do Estado, integrando-os numa empresa que formaram, Pousa Flores e obtiveram um crédito avultado para tal, do BPN.
Na altura, na administração do IPE encontravam-se Castro Guerra que depois foi secretário de Estado da Indústria no tempo de José Sócrates e também Maria José Constâncio, mulher do dito e ainda Arlindo de Carvalho e José Neto. Foram estes dois que se propuseram comprar e o governo de então ( Ferreira Leite) aceitou a venda. Agora diz que "o processo foi altamente escrutinado". Por quem, já agora? E como, pode saber-se?  As tais "auditorias internacionais" sabiam quem era o BPN? Ferreira Leite sabia com toda a certeza...

Não se sente o cheirete a corrupção porque é inodoro, mas tudo o que mete BPN pelo meio vem com pivete. Não necessariamente criminal, mas moral e de uma gigantesca falta de vergonha.






















No i de hoje, outro caso: o do piano do pianista amador Domingos António que em tempos ( 2004) foi louvado publicamente por Duarte Lima que se tornou então uma espécie de protector do mesmo. Comprou-lhe um Steinway e ofereceu-lho. Sabe-se agora que quem o pagou foi um empreiteiro que tinha negócios na Câmara da Amadora e que era presidida por um certo Raposo. Segundo conta o jornal, em 2005, no âmbito de uma investigação criminal a PJ, em 2005,  sugeriu ao MºPº do DCIAP a detenção de algumas pessoas relacionadas com tal empreiteiro e por causa de um aterro ilegal mas que aidna assim gerou mais de dois milhões de euros para os beneficiários. O DCIAP não aceitou a sugestão por "carência de indícios suficientes" da prática de corrupção e acabou por arquivar o processo em Dezembro do ano passado.

Ainda aqui, o pivete a corrupção, sendo mais intenso não logrou causar cheirete no DCIAP e tudo ficou em águas de bacalhau, segundo o jornal. Raposo, esse, continua na maior.
O DCIAP, segundo o Diário de Notícias de 2013, que analisou o despacho de arquivamento, achou tudo muito natural...e nada de cheirete. O Raposo safou-se.






2 comentários:

lusitânea disse...

O Raposo como eminente salvador de África , mas por nossa conta,pode fazer o que quiser...

aragonez disse...

A corrupção não um pivete inodoro!
A corrupção empesta as narinas dos não corruptos.
Mas para o "sistema" a corrupção deve cheirar a notas acabadas de imprimir.
É assim um odor ensinado a esta malta para que possam seguir os maços.
Como dão a cheirar cocaína aos cães de controlo...e depois os recompensam.

O Público activista e relapso